O mundo dos animes é recheado de histórias que variam os gêneros, desde super poderes a investigações criminais. Os animes são populares em diversas categorias de idades, com séries e filmes infantis, e também, com histórias mais voltadas para adultos. Nesse último caso se encaixa a série lançada em 2018 no Crunchyroll, Goblin Slayer, que possuí uma temática voltada as campanhas de RPG, num mundo sombrio e sanguinolento, o que faz a série ter uma classificação 18+.
A série é baseada num light novel do mesmo nome, e no momento possuí 12 episódios de sua primeira temporada. Neste artigo, vamos falar um pouco sobre o enredo e ambientação da história, além das polêmicas e os fatores que fazem a história ser interessante.
Sinopse e ambientação
Goblin Slayer ou Orcbolg se preferir, é um solitário caçador e matador de Goblins. Com o único objetivo de destruir a raça dos verdinhos, o guerreiro recolhe todos os tipos de missões na guilda de aventureiros, desde que as mesmas envolvam matar Goblins. A história muda quando Orcbolg se junta a um grupo de aventureiros para cumprir missões da guilda e descobre que os goblins fazem parte de algo maior.
O mundo onde a história se ambienta é bastante diferente dos demais vistos nos animes já conhecidos, aqui, os Deuses antigos decidiram o futuro da vida no planeta num jogo de dados. O mundo sofre pelos ataques de monstros do exército do Demônio Rei, mas é defendido por bravos aventureiros que destinam suas vidas em missões oferecidas por Guildas.
É bastante perceptível a presença de elementos do RPG, de clássicos como Dungeons and Dragons (D&D) ou o brasileiro Tormenta, cada personagem tem a sua classe, seja Elfo, Anão, Mago, Sacerdote ou Guerreiros, etc… Além de que eles têm vulnerabilidades e limites como por exemplo, a magia só pode ser usada 3 vezes por dia por determinados personagens, o que lembra a mana das partidas de RPG, e difere de histórias conhecidas da cultura POP onde a magia é infinita e pode ser usada a qualquer momento.
Isso tudo nos faz perguntar em vários momentos no decorrer da temporada, se tudo não se passa em uma partida de RPG, pois há muitas coisas que levam a esse pensamento, por exemplo quando um personagem derrota um Ogro, ele diz que sua Deusa deu a dádiva de um novo poder a ele, outra evidência de que comprova a ideia de tudo se passar em uma partida de RPG. O que é muito legal de imaginar, uma nova perceptiva de contar histórias.
Polêmicas
Embora o anime possua uma boa história, e um potencial enorme de se tornar uma grande franquia desde que tenha moderação em sua trama, o único problema se encontra no exagero em mostrar partes dos corpos femininos em muitos episódios, o que causa um certo desconforto em determinado tipo de público. Isso inclusive levou a diversas discussões entre fãs de animes, gerando polêmica questionando os autores da série.
Esse estereótipo usado em muitos animes antigos onde sexualiza mulheres deve ser corrigido, já estamos em uma nova época e esse tipo de conteúdo é inadequado em qualquer classificação de idade.
É bom?
Mesmo com a polêmica, o anime conta uma boa história com um bom visual e ótimas cenas de lutas, além de apresentar personagens interessantíssimos, e a forma de usa-los na história, como a Sacerdotisa que aparentemente seria a “dama em perigo” mas no fim se mostra totalmente diferente, ou o Anão que não pega no machado para descer a porrada nos inimigos, mas usa magia, diferenciando-se dos anões que estamos acostumados a ver normalmente na cultura pop em geral.
Vale a pena acompanhar a história do Cortador de Barbas e seus companheiros aventureiros nas missões para derrotar Goblins e outros monstros, porém não deixando de criticar as atitudes machistas que já deviam não ser frequentes. Esperamos que na já confirmada segunda temporada isso melhore, pois o universo construído nessa história, tem muito potencial para se tornar uma grande franquia.