Zach Cregger encontrou uma forma perfeita de misturar horror com expectativa do público. Seu filme de estreia, Noites Brutais, ainda é comentado com entusiasmo pelos fãs. E agora, Weapons (no Brasil, A Hora do Mal) consolida seu talento como um dos melhores novos diretores de terror da atualidade.
Assim como aconteceu em Noites Brutais, toda vez que achávamos ter descoberto o que estava acontecendo, o filme nos surpreendia. Em A Hora do Mal, o mistério do desaparecimento de uma turma inteira de crianças pesa sobre o espectador enquanto acompanhamos Justine (Julia Garner) tentando processar o que aconteceu com sua classe. Embora continue sendo assustador, o longa entrega uma experiência diferente de Noites Brutais, mas igualmente envolvente.
O filme de Cregger é contado em capítulos. Começa com a versão de Justine sobre o que aconteceu e depois passa para Asher (Josh Brolin) e outros personagens. Com nomes como Alden Ehrenreich (Paul) e o pobre diretor da escola interpretado por Benedict Wong, Weapons (A Hora do Mal) é um terror menos contido que o primeiro longa de Cregger, mas que se apoia fortemente na estranheza de sua premissa.
O problema em falar sobre Weapons (A Hora do Mal) é que tudo o que queremos é que o público experimente sua genialidade por conta própria. Entrar nesse filme com o mínimo possível de informações é a melhor decisão que alguém pode tomar. Ficamos tão cativados por tudo o que acontecia que nos deixamos levar pelo mistério, sem tentar adivinhar o que viria a seguir.
Mesmo quando o filme se torna estranho e fora da curva, ele tem muito coração e emoção. Especialmente com Archer tentando encontrar o filho e entender o que levou todas aquelas crianças a saírem de casa às 2h17 da manhã.
Cregger usa o humor de forma brilhante
Zach Cregger vem de um histórico na comédia e, embora Noites Brutais tivesse momentos mais leves, acreditamos que A Hora do Mal usa o humor de maneira ainda mais divertida e instigante. Com tanto mistério e escuridão na trama, é difícil encontrar leveza. Principalmente quando Justine tenta afogar as mágoas na bebida e Archer vê sua família e seu negócio desmoronarem.
Mas quand A Hora do Mal se permite brincar com o humor das situações, são justamente esses os momentos mais marcantes. Em certo ponto, Archer tenta escapar de uma briga e o outro personagem simplesmente continua voltando. O número de vezes que Cregger repete esse recurso dentro da cena é hilário e, ao mesmo tempo, humano, criando um contraste delicioso com a tensão do momento.
A Justine de Garner é um sopro de autenticidade: imperfeita, impulsiva e irritada, mas também uma professora tentando fazer o melhor que pode. Ver essa protagonista falha nos conduzir por um mistério tão envolvente e inatingível foi uma experiência incrível.
Tudo em A Hora do Mal nos cativou. Temos pensado nele desde que o assistimos e não conseguimos tirá-lo da cabeça, e é exatamente isso que torna o trabalho de Cregger tão especial. Seus filmes ficam com você.
A Avaliação
A Hora do Mal (2025)
Zach Cregger entrega um terror envolvente e imprevisível em A Hora do Mal, com Julia Garner em uma trama misteriosa e cheia de emoção.
Detalhes da avaliação;
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Nota




