Código Nerd
  • Notícias
  • Especiais
  • Filmes
  • Séries
  • Literatura
  • Podcast
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Código Nerd
  • Notícias
  • Especiais
  • Filmes
  • Séries
  • Literatura
  • Podcast
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Código Nerd
Anúncio

Início » Variedades » Entenda o mundo dos cosplayers [entrevista]

Entenda o mundo dos cosplayers [entrevista]

Ale De Souza Por Ale De Souza
10:05 dom, 25/05/2025
em Variedades
Tempo de leitura: 12 mins
A A
Cosplay

Cosplayers/arquivo pessoal

Atualmente, vemos pessoas fazendo cosplay — vestidas como personagens — de filmes, séries, animações, jogos e animes em diversos eventos. Alguns são mais bem-feitos, outros mais simples e alguns mais cômicos, mas você sabia que essa atividade, entretanto, é também uma forma de arte?

O que é cosplay?

Cosplay é a junção de palavras inglesas costume (fantasia) e role play (encenação). Essa prática é bastante comum em diversos eventos ao redor do mundo. Alguns desses eventos, inclusive, acontecem competições com direito a prêmios para cosplayers.

Além disso, algumas pessoas levam a prática como profissão, sendo contratadas para participarem de feiras de convenção, lançamentos literários, de filmes, etc.

Onde tudo começou

O primeiro registro de pessoas caracterizadas como personagens de uma produção foi em 1939, no 1º World Science Fiction Convention (WordCon) em Nova Iorque, o casal de amigos Forrest J. Ackerman e Myrtle R. Douglas se vestiram como personagens do longa de ficção científica Daqui A Cem Anos (Things To Come) de 1936.

O casal fez tanto sucesso nesse evento, que nos anos posteriores outros frequentadores também começaram a se caracterizar. Até que por volta de 1980 o japonês Nobuyuki Takahashi foi a uma dessas convenções e levou a ideia para o Japão, e a partir daí a prática do cosplay se popularizou.

Conversando com cosplayers

 

1 de 1
- +
Cosplay

Para comemorar o dia do Orgulho Nerd, o Código Nerd conversou com cosplayers para conhecermos um pouco mais dessa cultura muito presente atualmente.

[Código Nerd]: Como vocês começram no mundo do cosplay?

[Thiago Franco]: Em 2003, conheci o cosplay indo em eventos pequenos, logo no meu primeiro evento comprei um boné do Ash e já me senti o próprio e eu tinha apenas 8 anos.

[Francisco Edjalma]: Tudo começou na festa a fantasia da empresa onde trabalhava. O tema era super-heróis e resolvi fazer o meu primeiro cosplay, que foi o Justiceiro.

[Kárita Oliveira]: Quando tive a oportunidade de ir pela pela primeira vez na Comic Con, em 2017. Eu não queria ir para um evento tão incrível como um civil qualquer, eu queria ir de Cosplay.

[Ally]: Na verdade, eu comecei como artista cover (que é parecido, mas ali a gente recria performances, coreografias, shows além do visual e dos figurinos). Cheguei a fazer turnê, dançar na TV, foram anos aprendendo coisas como fazer meus figurinos, ter presença de palco e interpretar. E então, em 2017, comecei a fazer cosplay levando a sério (em 2015 eu só fazia cospobre para ver como ficava) e trouxe o que aprendi no cover para o meio cosplay..

[Lucas]: Comecei com um personagem de um jogo por gostar muito dele, e por sempre ir em eventos que tinham cosplay.

[CN]: Qual foi vosso primeiro cosplay? Por que escolheram esse para ser o primeiro?

[T.F.]: Meu primeiro cosplay foi do Ash, mas considero o Harry Potter o que eu realmente me dediquei como o primeiro.

[F.E.]: O Justiceiro. Na verdade, a escolha foi pela falta de tempo hábil para confecção de outro personagem.

[K.O.]: Mulher maravilha do filme Batman vs Superman. 

[A.]: O primeiro a sério foi a Sara Lance, a Canário de Arrow. Eu só gosto de fazer personagens que amo, que eu me identifico de alguma forma, independente se é famoso ou não. Sou meio obcecada com o Arrowverse, então teve isso também.

[L.U.]: Meu primeiro cosplay foi a personagem Caveira, do jogo Rainbow Six Siege. Escolhi por ser um personagem de um jogo que gosto e por ser relativamente mais fácil de conseguir as roupas e acessórios para o cosplay.

[CN]: Vocês costumam fazer cosplay de diferentes personagens? Se sim, contem-nos como funciona essa escolha.

[T.F.]: Sim, eu só faço personagens que tenho afinidade e sinto que tenho uma semelhança de história.

[F.E.]: Me baseio em personagens icônicos sem muita popularidade, mas que tenham um apelo marcante e uma estética diferenciada.

[K.O.]: Sim, sempre escolho personagens que gosto muito ou que se relacionam de alguma forma comigo e, claro, que estejam dentro do orçamento.

[A.]: Sim. A maioria é heroínas, porque é o que eu mais curto de todo universo geek, mas, às vezes, mato a vontade de fazer algum fora disso. Teve uns que achei que ia gostar e detestei. Geralmente a escolha é feita pelo quanto gosto daquele personagem, a ponto de perder dias e dias montando o cosplay.

[L.U.]: Sim, faço cosplay de vários personagens, geralmente escolho um personagem de algum lugar que gosto — anime, jogo, série — e vejo o quão difícil vão ser os acessórios e roupas, e se consigo ficar parecido, fisicamente, com o personagem.

[CN]: Vocês fazem as próprias roupas e acessórios? Como aprenderam? Se não são vocês, é alguém que costuma fazer roupas para cosplayers?

[T.F.]: Eu mesmo faço, pois [no começo] não tive condições para comprar feito, então tive que me virar e aprender com o tempo.

[F.E.]: Sempre tive boa habilidade com as mãos e tenho um bom conhecimento técnico de projetos e fabricação. É só deixar a criatividade rolar!

[K.O.]: Não! Faço pequenos ajustes, pinturas, coisa bem simples, mas confecção não. Não tenho habilidade com modelagem, então sempre uso o trabalho dos nossos amigos cosmakers.

[A.]: Sim. Com o cover. A primeira roupa que recriei foi com roupa de brechó e papel laminado — eu tinha um cover misto de Nsync e recriei as roupas da turnê No Strings Attached. Depois fiz cover de Rebelde, aí fui me aprimorando e aprendendo mais. Quando fiz cover de High School Musical (eu era a Sharpay), Little Mix (eu era a Perrie) e da cantora Cheryl Cole, foi quando comecei a observar minha mãe costurando — ela sempre me ajudava quando eu ainda não sabia. E de olhar, fui aprendendo a fazer molde e a costurar tudo à mão — ainda tenho receio de mexer com máquina de costura, então ela ajuda nessa parte. Só não lido muito bem com armaduras, mas um dia aprendo. 

[L.U.]: Sim, algumas coisas sou eu que faço, outras são meu pai, aprendemos tudo vendo vídeos, testando e discutindo ideias sobre como poderia ficar tal coisa.

[CN]: Qual cosplay mais difícil que vocês já fizeram, e por quê?

[T.F.]: Harry Potter, o uniforme de quadrilbol do segundo ano. Foi a primeira vez que usei corino, e costurar corino à mão não foi fácil.

[F.E.]: Nova (Richard Rider). Muitos detalhes e iluminação!

[K.O.]: Mística [X-Men], porque é bem difícil acertar a pintura do rosto com o suit que uso no corpo 

[A.]: O da Feiticeira Escarlate, da série WandaVision. Havia acabado de sair o último episódio onde ela aparece pela primeira vez com a roupa, eu dei pausa e recriei o desenho — ainda não sei como fiz isso porque eu não sei desenhar. Só que tinham peças complexas do peitoral e do quadril. Era tipo um saiote. Catei folha de sulfite, coloquei em mim e fui desenhando e ampliando o desenho que havia feito. Isso foi pouco antes da pandemia. Acabou o material, fechou tudo e tive que esperar. Quando abriu, o material que eu estava usando sumiu das lojas, então tive que refazer tudo. 

[L.U.]: O cosplay mais difícil creio ser o do Todoroki, pelo personagem ter poder de gelo e de fogo — que são coisas difíceis de se fazer para a realidade [do cosplay] —, fora o cabelo e a maquiagem. Mas o braço do Soldado Invernal e a cabeça de pássaro do Tokoyami, de My Hero Academia, também foram bem difíceis.

[CN]: Para criar os visuais do cosplay vocês costumam se inspirar em algo específico, como fanart, HQs, filmes e jogos?

[T.F.]: Sempre procuro muitas imagens de referência. Porém, hoje em dia busco criar um diferencial, imaginando como se fosse um live action com forte inspiração, mas com meu toque.

[F.E.]: O universo nerd é o limite!

[K.O.]: Meus cosplays, na maioria, são de heróis, então me baseio no visual dos filmes. Já os de jogos, escolho minhas versões preferidas, as que gosto de jogar.

[A.]: Gosto de ser fiel ao cânone com alguns personagens, e com outros gosto de encontrar versões diferentes. Por exemplo, com a minha Supergirl da quinta temporada da série com um macacão. Eu tentei fazer igual da série, ficou horrível! Então, quando a série acabou, divulgaram a arte conceitual daquela roupa, que era muito mais bonita do que o que fizeram na série. Por isso decidi fazer essa versão, ficou maravilhosa. Até o ator que fez o Superman na série ficou chocado quando viu — tirei foto com ele na CCXP. Isso me mostrou que, às vezes, sair um pouco do padrão dá muito certo. O mesmo foi com minha Ravena, que é a versão New Earth. 

[L.U.]: Sim, sempre busco inspiração para algo que seja mais parecido com o real, tento trazer ideias novas quando começo a pesquisar e algumas fanart ajudam nisso.

[CN]: Contem-nos um momento marcante que vocês viveram em um evento em que estavam caracterizados.

[T.F.]: Já tive a oportunidade de fazer muitos eventos fantásticos, como o Tudum (Netflix), em que encontrei o elenco da série live-acton de One Piece. O lançamento de filmes de Harry Potter, onde encontrei alguns atores. E, recentemente, uma apresentação no Anime Friends, que eu fiz com o Bando do Rei e todos os dubladores de One Piece. 

[F.E.]: Momento marcante é sempre quando, nos eventos, o público reconhece o seu personagem e elogia o trabalho bem-feito, além das fotos.

[K.O.]: Ahhh! Em 2022, fui finalista de um concurso Cosplay de um evento chamado Ucconx; fiquei entre os 10 finalistas da apresentação. Era um evento grande e, apesar de não ter tido outra edição, foi uma das minhas melhores apresentações. Fiquei muito nervosa e estar entre os 10; foi uma sensação incrível!

[A.]: Foi online. Eu tinha enviado fotos para o DCFandome de 2020, mas não tinha dado em nada. Na CCXP Worlds de 2020, no painel de Mulher-Maravilha 1984, a diretora do filme escolheu duas fotos de cosplayers brasileiras para o elenco analisar. Ela pegou as fotos do mesmo portal onde enviamos as do Fandome, mas eu nem fazia ideia. Tava no PC, editando coisas e assistindo ao evento na TV, e, do nada, minha foto aparece no painel, com todos eles elogiando e dizendo que parecia arte de estúdio — eu trabalho com edição de áudio, foto e vídeo, então eu fiquei muito feliz de ouvir isso. Mas o que mexeu comigo foi que eu odiava aquele cosplay daquela foto, porque eu não achava que tinha ficado bom. Eu via todo mundo conseguindo fazer e eu não conseguia de jeito nenhum — armadura me dava dor de cabeça — e quando vi elogiarem, eu aprendi a dar um pouco mais de valor para as coisas que eu faço; porque, às vezes, apesar de eu não enxergar que está bom, não significa que está ruim. Eu me toquei, ali, que eu sou muito dura comigo mesma e me cobro demais, e que isso não é nada saudável.

[L.U.]: Algo bem marcante foi quando subi em um palco para concurso/desfile pela primeira vez. A sensação foi bem diferente.

[CN]: Já tiverem alguma situação inusitada, engraçada ou constrangedora como cosplayer?

[F.E.]: Na verdade, não.

[K.O.]: Bom, sempre que saímos para algum evento, tentamos nos prevenir de tudo: tempo, materiais para ajuste de última hora, até lanche costumamos levar. Nunca tive problemas nesse meio. Tenho amigos maravilhosos, pessoas do bem, que realmente vão aos eventos pra se divertir e nos encontrar pra fotos e dar risadas.

[A.]: Fui fazer uma sessão de fotos na Avenida Paulista, vestida de Captã Marvel, e uma criança me chamou de Capitão América. 

[L.U.]: É sempre muito engraçado quando você acha algum personagem relacionado no mesmo lugar, principalmente quando os personagens são parceiros ou muito ligados. E também quando você encontra o mesmo cosplay que o seu, só que feito de jeitos diferentes. Sempre rende risadas ou fotos legais

[CN]: Contem um pouco sobre a recepção do público quando encontram vocês caracterizados; como é a reação de crianças ou fãs?

[T.F.]: Sempre muito emocionante, com certeza, é o que me faz continuar. Mesmo sabendo que é difícil no Brasil viver de arte. O brilho no olhar me enche de vida.

[F.E.]: As reações são muito variadas, mas sempre positivas. O público é sempre acolhedor em todos os eventos.

[K.O.]: As pessoas elogiam bastante os trajes quando nos encontram, os adultos adoram, acham o máximo! As crianças curtem também, mas a recepção muda de acordo com o cosplay, por exemplo: Quando vêem a Mulher Maravilha correm pra abraçar, e dizem “eu te amo” — é uma festa! Mas quando vêem a Hela, não são tão receptivas. Porém, de modo geral, são sempre muito elogiados.

[A.]: As crianças são a melhor parte de fazer cosplay, porque elas acreditam que estão vendo seus personagens favoritos. Então, é muito lindo vê-las felizes e empolgadas, pedindo abraço e dizendo que te assistem. Com adultos também acontece, o pessoal se empolga, pede foto, é bem legal. É muito bom quando a gente consegue trazer um pouco de alegria para o dia de alguém.

[L.U.]: O público sempre acha muito legal poder ver o personagem que gosta ali. Sempre pedem para tirar fotos e [ficam] elogiando ou fazendo algum comentário sobre o personagem dentro da obra.

[CN]: Para finalizar, o que “cosplay” representa para vocês?

[T.F.]: O melhor de mim!

[F.E.]: Representa a capacidade de realizar, e a sensação de dar vida a um personagem que gostamos! 

[K.O.]: É uma terapia, a válvula de escape do dia a dia. Não é um hobby barato, nem sempre fazemos o cosplay que queremos, e nem vamos a todos os eventos, mas é sempre uma alegria vestir os personagens e curtir com pessoas que tem a mesma vibe que a sua. Eu amo!

[A.]: Uma possibilidade de aprender, crescer, usar a criatividade, trocar experiências, criar comunidade e fugir um pouco do mundo real — que é cruel. É como entrar num portal para um mundo mágico. A saúde mental agradece, porque também funciona como terapia, uma forma mais legal de socializar e conhecer pessoas com os mesmos interesses.

[L.U.]: Representa alegria e momentos bons, com pessoas que amo e pessoas que não conheço ficando felizes por tirarem fotos e conhecerem um personagem que gostam em um evento.

Fontes: Origem do Cosplay (1); (2); (3).

EnviarCompartilhar212Tweet133Compartilhar
Anúncio
Ale De Souza

Ale De Souza

Apaixonada por cinema e livros, e escrevendo sobre isso.

Artigos relacionados

Superman

Crítica | Superman (2025)

Élio

Crítica | Élio (2025)

Pecadores

Crítica | Pecadores (2025)

EM ALTA

  • Superman

    Crítica | Superman (2025)

    544 Compartilamentos
    Compartilhar 218 Tweet 136
  • Sandman | Saiba quem é Hécate, as Três Bruxas

    4335 Compartilamentos
    Compartilhar 1778 Tweet 1065
  • Overlord: quais são os seres supremos que já apareceram?

    5766 Compartilamentos
    Compartilhar 2307 Tweet 1441
  • O Tigre de Willian Blake e a Existência do Mal

    4915 Compartilamentos
    Compartilhar 1973 Tweet 1226
  • Conheça 10 dos maiores assassinos em série dos EUA

    16686 Compartilamentos
    Compartilhar 6702 Tweet 4156
Anúncio
Instagram Twitter Whatsapp Facebook Youtube

© 2025 Código Nerd — Feito com 💛 por nerds do 🇧🇷, 🇵🇹 e 🇺🇾.

Olá (de novo)! 💛

Acesse sua conta

Esqueceu sua senha?

Recuperar senha

Por favor, informe seu nome de usuário ou email para repor sua senha

Entrar
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Home
  • Landing Page
  • Support Forum
  • Buy JNews
  • Contact Us

© 2025 Código Nerd — Feito com 💛 por nerds do 🇧🇷, 🇵🇹 e 🇺🇾.

This website uses cookies. By continuing to use this website you are giving consent to cookies being used. Visit our Privacy and Cookie Policy.