O potencial para criar histórias únicas de Star Wars é quase ilimitado. A galáxia muito, muito, distante, criada e enriquecida ao longo dos anos se provou muito diversificada, tendo caçadores de recompensa, guerras e rebeliões, luz e escuridão. Portanto, é esperado que boas histórias fossem escritas ao longo das muitas décadas. Assim, focando em um dos personagens mais amados da saga: Han Solo.
Publicado originalmente em maio de 1997, A Armadilha do Paraíso é a primeira parte da Trilogia Han Solo, escrita pela talentosa escritora A. C. Crispin. Esta história de origem proporciona um cuidado impressionante com cada detalhe, cada frase, cada comportamento e trejeito de Solo; o resultado é uma das leituras mais fantásticas que o Legends pode proporcionar.
Narrativa
Han Solo cresceu nas ruas de Corellia como um batedor de carteiras para o temível, impetuoso e cruel Garris Shrike, um ex-caçador de recompensas que fundou sua própria organização nas ruas de Corellia. Assim, ao lado da sua tripulação, Shrike fez de Solo um pequeno ladrão urbano. Porém, Han nunca teve muita liberdade e era constantemente espancado por Garris para se manter na linha.
Assim, sabendo de suas habilidades como piloto e com o sonho de fazer parte da Frota Imperial, Han foge após uma tragédia envolvendo a tripulação. A partir daí ele aceita um trabalho como transportador para um culto religioso em Ylesia, mas começa a suspeitar que aquele lugar guarda segredos mais sinistros.
Mente de um canalha
Crispin faz um ótimo trabalho ao mergulhar o leitor na psique de Han Solo. Dessa forma, ao longo da história, aprendemos a respeitar e a calcular as ações de Han.
O livro também respeita os status do futuro contrabandista ao longo da trama, ele ainda não é um pistoleiro lendário, um herói, não. Han Solo, na verdade, enfrentas suas próprias áreas cinzas durante a aventura, e isso afeta o seu relacionamento com outros personagens.
Personagens
Aliás, falando neles, temos alguns personagens incríveis nesta jornada. Bria Tharen, o primeiro amor de Han, é a antagonista do livro; Muuurgh, um Togoriano contratado pelos cultistas de Ylesia para vigiar Solo, e os dois acabam desenvolvendo uma curiosa amizade. Sem falar, é claro, no próprio Garris Shrike, que assume uma complexa relação de pai abusivo com Han, e sua influência o assombra até o clímax da história.
Além disso, a obra entrega perseguições estelares e combates de naves de tirar o fôlego, pode-se perceber o carinho e o cuidado que Crispin teve para recriar o sentimento de adrenalina desses momentos dos filmes.
Vale a pena?
Portanto, A Armadilha do Paraíso tem uma identidade definida desde suas primeiras sentenças. É uma leitura agradável, com personagens bem-escritos e, é claro, uma incrível evolução de Solo ao longo da obra, tornando esta, a história de origem definitiva do contrabandista mais amado da galáxia.
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