Após anos de espera e um reboot que não foi bem recebido, Ghostbusters: Mais Além chega no circuito de cinemas e promete novo fôlego à franquia. Será que faz jus ao legado que dos Caça-Fantasmas? Nós conferimos e contamos tudo para você!
Mais Além
Após mais de 30 anos que os Ghostbusters salvaram o mundo, cada um deles seguiu seu caminho. Mas de todos, somente Egon Spangler (Harold Ramis nos originais) acredita que o planeta ainda pode sofrer algum ataque apocalíptico.
Então, ele pega todo o material dos Caça-Fantasmas e vai para o interior dos Estados Unidos, mais precisamente em Oklahoma, com a finalidade de desvendar mistérios originados por vibrações tectônicas, que não deveriam ocorrer neste local. Contudo, isso acaba lhe custando a vida.
Com isso, sua filha, Callie Spangler (Carrie Coon) herda a casa onde ele morava e, por não conseguir manter suas contas em dia, muda-se com seus filhos Trevor (Finn Wolfhard) e Phoebe (McKenna Grace) para a antiga casa de Egon, na esperança de conseguir algum dinheiro.
Mas nada é como aparenta ser: o pai tinha muito mais dívidas do que patrimônio e era totalmente desacreditado por toda a pequena cidade, que o consideram lunático e não levam a sério qualquer aviso que ele possa dar.
Nesse cenário, Trevor e Phoebe tentam se enturmar em sua nova realidade. O primeiro é um adolescente na puberdade enquanto a segunda é uma garotinha que demonstra ser um gênio. Todos eles não têm a mínima noção de quem realmente é o avô e o que ele representou o mundo.
Agora, uma entidade muito antiga colocará em risco a sobrevivência de toda a humanidade e requererá todo o conhecimento e coragem dessas crianças para poderem resolver o problema. Será que eles se provarão dignos, ou terão que ligar para alguém?
Um banho de nostalgia
A trama de Ghostbusters: Mais Além, não considera o segundo filme, mantendo conexões somente com o primeiro. Tanto em seu plot, que determina a continuação da história, como na evolução de personagens. Isso gera um carinho imediato dos fãs, já que as referências são muitas e a nostalgia bate forte no peito.
O filme não se apressa para que as coisas aconteçam, fator que não ocorre no longa de 1984. Ao contrário, o contexto vai sendo inserido com calma, contextualizando o espectador no universo, mostrando que o ceticismo dá lugar ao conformismo e com isso, a responsabilidade de que é necessário agir.
Talvez o enredo peque um pouco na trama, que se pode considerar repetitiva, mas é levado de uma maneira tão honesta que não conduz o espectador ao cansaço. Muito pelo contrário, pois a produção leva a nostalgia a sério. E essa questão nos conforta, pois, já sabemos logo de imediato que o material-fonte será respeitado.
Só o fato de entendermos que o primeiro personagem é um original, nos conforta e nos relaxa na poltrona para seguir em frente com um bom filme. Há, inclusive, um fantasma — apresentado nos trailers — que relembra o famoso Geléia (nome este dado pelo desenho animado), que recebe o apelido de Munchie.
Atuações
Finn Wolfhard, Carrie Coon e Paul Rudd estão extremamente competentes em seus papéis. Porém, quem rouba a cena é Mckenna Grace. A garota incorpora uma personagem da qual é impossível não se apaixonar.
Ela é dedicada, extremamente inteligente e busca seu lugar no mundo. Cada cena em que ela está é feita com extremo cuidado e assim acabamos por relacionar com o antigo cientista do grupo. É ela quem demonstra todo o interesse sobre o que está acontecendo na região para dar continuidade ao legado.
É possível dizer que, apesar da competência de todos os atores envolvidos, Grace leva o filme com graça e personalidade.
Conclusão
Enfim um filme dos Caça-Fantasmas que é digno de ser considerado uma continuação. Ghostbusters: Mais Além eleva o nível da trama iniciada em 1984. Consegue ser melhor ainda que seu original, em uma análise muito fria. Prepare-se para muitas referências mesmo, muitas risadas e fortes emoções, com pitadas de surpresas.
E deixe-se levar nesse enredo, que possui duas cenas pós-créditos e dá uma boa ideia de como será o futuro da franquia. Se continuar nesta toada, ela estará em boas mãos.
