Mais uma vez nas mãos de Sam Levinson, a segunda temporada de Euphoria se encerrou, tendo todos os episódios disponíveis no catálogo da HBO Max. Com recordes de audiência e uma terceira temporada confirmada, a série se consolida cada vez mais.
Nessa segunda temporada, Rue (Zendaya) precisa encontrar esperança enquanto tenta equilibrar as pressões do amor, perda e vício. Suas recentes decisões podem colocar todos ao seu redor em perigo. Com muitos personagens vivendo diferentes conflitos, a história irá se tomar rumos inesperados.
Mais intensidade em Euphoria

Euphoria sempre se mostrou muito delicada, mas, essa segunda temporada ressalta isso. Muitos desses novos acontecimentos são fortes e intensos, afinal, os personagens passam por problemas reais e da maneira mais crua possível.
Dessa forma, muitas cenas são de atmosferas tensas, onde você tem medo do que pode acontecer. Quando os conflitos são elevados à máxima potência, nós ficamos ansiosos, já que, atitudes serão tomadas e nos preocupamos com esses personagens.
Zendaya dispensa comentários, ainda sim, é impossível não dizer que ela é uma das melhores atrizes da nossa geração. Brilhante em cena, fazendo coisas que assustam o espectador. Além de todas as emoções incrivelmente manifestadas, há uma excelente entrega física.
Sydney Sweeney entrega tudo nessa temporada, também. Vemos isso desde o primeiro episódio, perdurando ao longo de toda a temporada. A personagem passa por uma situação lamentável, onde a atriz se doa completamente e sempre chama a atenção quando aparece, suas expressões e entrega do texto são impressionantes.
Em técnica, a série impressiona. Ela se mostra extraordinariamente bem filmada, transicionada e fotografada. É perfeito também, como as idealizações dos personagens são personificadas, já que a história sempre abordou muito disso.
Nesse sentido, a forma com que as referências artísticas são aplicadas saltam aos olhos. Representando o momento que aqueles personagens vivem, temos excelentes paralelos tomando forma, como por exemplo: Os Amantes, O Nascimento de Vênus, O Segredo de Brokeback Mountain e Titanic.
A falta de espaço na temporada

Mesmo que a história dê mais espaço para outros personagens (Lexi, Fezco, Cal, Cassie, Maddy), há outros que ficam completamente jogados. Onde está a Kat nessa temporada? O que aconteceu com o McKay?
A primeira temporada tinha uma estrutura interessante: cada episódio era sobre um personagem. E mesmo que a segunda usufrua um pouco disso, ela apenas cria mais situações e não resolve as pendentes. Às vezes, as próprias situações criadas agora não têm um efeito surtido.
Há situações completamente desoladoras na temporada anterior, que, aqui, sequer são citadas. Os personagens que mais tinham a acrescentar ou concluir, mal têm presença. E como os episódios não seguem uma estrutura fixa, horas mostram de mais e horas mostram de menos.
Portanto, a segunda temporada de Euphoria tem uma nítida falta de foco. Ainda sim, há momentos icônicos e que valem a sua atenção. Com mais profundidade no drama e mais sofisticação na estética, ela impacta. Aliás, vale uma menção honrosa para a sensacional peça da Lexi!
			

           
          


