Código Nerd
  • Notícias
  • Especiais
  • Filmes
  • Séries
  • Literatura
  • Podcast
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Código Nerd
  • Notícias
  • Especiais
  • Filmes
  • Séries
  • Literatura
  • Podcast
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Código Nerd
Anúncio

Início » Críticas do CN42 » Críticas de Filmes » Crítica | Pinóquio por Guillermo del Toro (2022)

Crítica | Pinóquio por Guillermo del Toro (2022)

Karlos Eduardo Por Karlos Eduardo
22:03 seg, 13/03/2023
em Críticas de Filmes, Filmes
Tempo de leitura: 4 mins
A A
Divulgação / Netflix

Divulgação / Netflix

Em 2008, o cineasta Guillermo del Toro anunciou que seu próximo filme seria uma adaptação sombria de As Aventuras de Pinóquio. Essa história em particular sempre o encantou, e ele era apaixonado na ideia de fazer um filme à sua visão. Tendo a ideia de fazer uma animação em stop-motion, del Toro também trabalhou em artes conceituais com os visuais dos personagens.

Contudo, esse foi um projeto que ficou engavetado por muitos anos, já que nenhum estúdio estava disposto a financiá-lo, pois não seria rentável. Felizmente, em 2018, 10 anos depois da ideia original, foi anunciado que o filme havia sido revivido, agora, como uma produção da Netflix.

Pinóquio por Guillermo del Toro chegou recentemente ao catálogo da Netflix e já está sendo muito bem-recebido pelo público. Mas, o que exatamente podemos absorver de substância desta nova versão?

No filme, o grilo-falante (Ewan McGregor) narra a história de um pai solitário (David Bradley) que cria um boneco de madeira, cujo nome é Pinóquio (Gregory Mann). Após Pinóquio magicamente ganhar vida, ele fica confuso e deslumbrado por ser tão diferente de todas as outras pessoas, e quando recebe uma proposta irrecusável e finamente acha que se encontrou, tanto a sua vida quanto a de seu pai muda repentinamente.

A releitura de Pinóquio por Guillermo del Toro

Divulgação / Netflix

A história de Pinóquio é extremamente popular. E dentro de tantas versões já realizadas, como del Toro poderia inovar a história e cativar o público? Pois bem, somente ele mesmo poderia fazer uma releitura em stop-motion tão original, emocionalmente poderosa e que nunca perde os principais aspectos da história original. A começar com o visual e a movimentação propositalmente desengonçada do personagem, que, com sua aura inocente, logo conquista quem quer esteja assistindo. A própria concepção do seu nariz crescer em vários galhos, formando uma árvore, é uma ideia bem executada visualmente.

Dessa forma, estamos lidando com um filme que passeia por diversos gêneros. Enquanto temos uma proposta de história infantil, ela é expandida à diferentes camadas. A criação deste boneco é muito mais do que uma construção convencional, pois além de sua vida estar atrelada a uma situação completamente mística; o momento em que Gepeto lhe dá forma é transmitido com um momento de terror, onde parece que ele está gerando uma espécie de monstro ou aberração. Ainda assim, temos genuínos momentos musicais e a inserção de um contexto histórico que o del Toro geralmente adiciona em suas obras.

Nesse sentido, a história ser narrada do ponto de vista do grilo é outro grande acerto. Pois esse, além de ser um ótimo recurso cômico, traz o tom de fábula que essa história naturalmente demanda. Já o visual da animação traz minimalismos, que compõem um traço marcante desses personagens e desse mundo que eles vivem, com sequências de movimento fluidas. Além disso, o uso de cores, especificamente do azul, pode representar desde um aspecto mais melancólico até algo mais etéreo e surreal.

Temáticas poderosas

Divulgação / Netflix

Um dos fatores mais interessantes do filme é como ele trata de temáticas humanamente relacionáveis. Não é só a rejeição, mas, também, a projeção da perda e a inevitabilidade da morte. A ideia de um Gepeto que perdeu seu filho de maneira tão trágica e se afundou no álcool traz um inesperado tom adulto à trama. Quem diria que tudo se originaria por conta de um trauma suprido pelo lúdico? E o fato do Pinóquio ser puro por natureza, faz muito de seu arredor ser ainda mais soturno, visto que, novamente, se passa em um período de fascismo. As discussões de fundo da história a respeito da guerra têm consequências reais.

E este é um filme forte nas relações que cria. O amor gradativo por Pinóquio imposto a Gepeto faz nos importarmos com cada palavra dita, boa ou não. O peso do fardo, que é recorrentemente citado, leva a história a situações divergentes em que tudo se torna imprevisível, parecendo que não vai dar certo. Assim, escolhas que, até então pareciam fáceis, se dificultam. E não importa qual o nível de importância dos personagens, seja máxima ou mínima, todos passam por um aprendizado e saem dessa jornada diferentes (alguns apenas colhem o que plantam).

Portanto, Pinóquio por Guillermo del Toro já pode ser considerado uma das melhores produções originais da Netflix. Um idealizador tão apaixonado como del Toro utiliza do seu amor pelo cinema para reproduzir não somente um visual stop-motion marcante, mas também, uma história repleta de afeto, melancolia, amizade, tragédia, surrealismo e humanidade.

Ver trailer

Pinóquio por Guillermo del Toro

Guillermo del Toro’s Pinocchio

Ano: 2022
Duração: 117
Direção: Guillermo del Toro
Roteiro: Patrick McHale, Guillermo del Toro
Elenco: Ewan McGregor, Gregory Mann, David Bradley, Finn Wolfhard, Christoph Waltz, Tilda Swinton, Cate Blanchett

NOTA

EnviarCompartilhar234Tweet146Compartilhar
Karlos Eduardo

Karlos Eduardo

Apesar de ainda jovem e eternamente aprendiz, completamente apaixonado por toda a beleza que compõe o cinema. Tentando sempre expandir mais o olhar cinematográfico com minhas fontes de inspiração, seja nos próprios filmes ou em quem fala sobre eles.

Artigos relacionados

Confira todos os principais lançamentos da Netflix – Código Nerd CN

Confira os lançamentos da Netflix para setembro (2025)

Confira todos os principais lançamentos da Netflix – Código Nerd CN

Confira os lançamentos da Netflix para agosto (2025)

exterminador do futuro zero

Especial | Entenda Exterminador do Futuro: Zero

Comentários 2

  1. Josélio Bezerra says:
    3 anos atrás

    Parabéns pelo texto Kalos, ficou otimo.

    • Josélio Bezerra says:
      3 anos atrás

      Corrigindo a droga do teclado do celular.

      *Karlos.

EM ALTA

  • Mulheres-Aranhas da Marvel

    Quem são as Mulheres-Aranha da Marvel?

    5263 Compartilamentos
    Compartilhar 2106 Tweet 1316
  • Resenha | O Caso de Lady Sannox — Arthur Conan Doyle

    602 Compartilamentos
    Compartilhar 241 Tweet 151
  • Review | Horizon Chase 2 (PC)

    582 Compartilamentos
    Compartilhar 233 Tweet 146
  • Resenha | Destruidor de Mundos — Victoria Aveyard

    581 Compartilamentos
    Compartilhar 232 Tweet 145
  • Overlord: quais são os seres supremos que já apareceram?

    5850 Compartilamentos
    Compartilhar 2341 Tweet 1462
Anúncio
Anúncio
Instagram Twitter Whatsapp Facebook Youtube

© 2025 Código Nerd — Feito com 💛 por nerds do 🇧🇷, 🇵🇹 e 🇺🇾.

Olá (de novo)! 💛

Acesse sua conta

Esqueceu sua senha?

Recuperar senha

Por favor, informe seu nome de usuário ou email para repor sua senha

Entrar
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Notícias
  • Especiais
  • Filmes
  • Séries
  • Literatura
  • Podcast

© 2025 Código Nerd — Feito com 💛 por nerds do 🇧🇷, 🇵🇹 e 🇺🇾.

This website uses cookies. By continuing to use this website you are giving consent to cookies being used. Visit our Privacy and Cookie Policy.