O filme The Witcher: A Lenda do Lobo, distribuído pela Netflix, em formato de anime, explora o passado do bruxo Geralt, ao trazer a história de seu mentor Vesemir. Confira o que achamos do filme.
Para todo o fã de fantasia, sempre que um filme com a premissa de mostrar coisas do passado, ou ate personagens secundários, é sempre curioso e nos deixa empolgados com a produção. Ainda se for em um formato que permite mostrar situações onde uma produção com atores seria limitada, na animação não existe um limite para o impossível.
Vamos nos atentar a alguns pontos. A história tem como personagem central o bruxo Vesemir, onde conhecemos sua origem e todo o processo que levou a escolher o caminho da magia, assim como foi difícil se tornar um bruxo famoso. Quando olhamos só esse aspecto, o anime acerta lindamente, nós torcemos pelo personagem assim como choramos com ele.
Infelizmente existe um, porém. O anime peca ao apresentar antagonistas, um vilão por mais maligno que seja, não precisa sempre ter uma motivação para ser cruel, mas sua história precisa se enquadrar com os acontecimentos. Afinal se o objetivo é ele gerar um conflito todas as suas atitudes precisam refletir os sentimos dele, seja por uma injustiça, uma crueldade ou apenas vingança.
Nesse anime, os vilões são muito genéricos e sem motivações, existe apenas ódio mortal e trapaças, a vida das pessoas não importam, sejam humanos ou criaturas mágicas. O traço do anime é fantástico, toda a questão dos bruxos e da guilda é bem abordada, mas o que deveria ser conflito do filme, para trazer uma emoção e até comoção com o vilão, não tem, nisso a produção falha miseravelmente.
The Witcher: A Lenda do Lobo tinha muito potencial, mas deveria ter focado mais na magia. Só avisando caso você não esteja familiarizado com esse estilo de produção, tem muitas cenas gore, não se assuste ao ver sangue jorrar pela tela.