A nova série de fantasia do Amazon Prime Video, A Roda do Tempo, concluiu sua primeira temporada.
Baseada na saga homônima de Robert Jordan, a série conta a história de um mundo fantástico que, na primeira vista, lembra bastante o universo de Tolkien em O Senhor dos Anéis, no entanto, com elementos tão interessantes quanto.
Na série, acompanhamos Aes Sedai Moraine (Rosamund Pike), que está em busca do Dragão Renascido, responsável por livrar o mundo das garras do Tenebroso, de acordo com uma profecia.
No entanto, Moraine se depara com um pequeno vilarejo, onde encontra cinco jovens com as características do herói profetizado. Agora, Moraine e os demais jovens, viajam ao Olho do Mundo, para tentar parar o Tenebroso e salvar o mundo das trevas.
A jornada épica de A Roda do Tempo
Histórias de fantasia são compostas por jornadas épicas, e em A Roda do Tempo, não é diferente. Este é um dos pontos mais interessantes da série em sua primeira temporada.
No decorrer dos episódios, a jornada de Moraine ao lado dos jovens heróis leva o espectador a conhecer mais do universo da série. Além disso, a mitologia da série é muito complexa e absurdamente interessante. Com certeza, fará os espectadores sentirem vontade de ler os livros da saga.
O visual, em alguns momentos, é belíssimo. No entanto, há momentos de extrema “breguice”, que nos tiram um pouco da narrativa de um mundo “sujo”, que se estabelece em alguns diálogos.
Já os efeitos especiais e CGI, decaem no decorrer dos episódios. No primeiro episódio há uma cena bem interessante com monstros deste universo, no entanto, no último episódio esses mesmos monstros aparecem com um dos piores CGI dos últimos tempos.
Narrativa inconsequente

A construção dos episódios é bem-feita, e um mistério é criado no começo da série e só é revelado no final. Se você não leu os livros, comprará facilmente este mistério. Além disso, a trama desenvolve bem os personagens, dando atenção a cada um deles.
Porém, há inúmeros momentos em que a narrativa é extremamente inconsequente. Isso tira um pouco do senso de urgência, que pode não surgir nas próximas temporadas, caso não seja bem trabalhada.
A atuação “meia-boca” de grande parte do elenco jovem, é outro grande problema para a construção da narrativa. Isso porque, há momentos em que certos personagens precisam demonstrar certas expressões para haver entendimento do grau da situação, mas é bem difícil aceitar.
O vilão, por exemplo, apresenta uma atuação tão esquisita e caricata que dificilmente passará a mensagem de “malvado”. Além disso, há vários momentos-chave na série que provavelmente prejudicarão a narrativa no futuro.
Conclusão
Mesmo com esses problemas, a série consegue cativar a atenção no decorrer de seus oito episódios, visto que a mitologia é muito interessante, além de personagens que devem trazer discussões mais reflexivas.
A política e a religião são muito bem trabalhadas na série, outro ponto interessante que faz valer apena acompanhar a primeira temporada.
A Roda do Tempo sofre de alguns problemas que muitas produções de fantasia sofrem, no entanto, existe muito potencial para o futuro.