O retorno dos autobots às telonas é apresentado em Transformers: O Despertar das Feras, o mais novo longa da franquia. No entanto, trata-se de um reboot, iniciado em Bumblebee (2018), e deixa para trás a saga do diretor Michael Bay.
Mas será que o filme traz uma nova cara a franquia? Nós, do Código Nerd, assistimos o filme a convite da Espaço/Z. Confira nossa crítica abaixo.
Transformers: O Despertar das Feras e o retorno do autobots
Cerca de 7 anos após a queda de Cybertron, os autobots se encontram na Terra procurando uma maneira de voltar para sua casa. No entanto, uma nova ameaça capaz de destruir todo o planeta, chamada Unicron, surge fazendo com que Optimus Prime e os Autobots se unam ao Maximals para salvar o mundo.
Diferentemente de Bumblebee, que possui uma trama bastante simplista, o novo longa mergulha no épico de batalhas dos Autobots, tal como a franquia se estabeleceu em suas animações clássicas.
Embora a diversão seja garantida para os fãs mais puristas dos personagens, o filme acaba por entregar um desenvolvimento demasiado frenético, sem tempo para desenvolvimento de seus personagens.
O núcleo de personagens humanos é totalmente afetado neste sentido. No longa, temos dois personagens humanos pouco desenvolvidos, apesar de serem importantes na trama.
Esse problema é ainda maior quando estabelecem uma certa importância ao personagem de Anthony Ramos, que não entrega uma performance muito boa.
Além disso, o longa tenta explicar sua importância nos minutos finais, o que pode agradar alguns, mas pode chocar outros.
No entanto, o filme tem momentos interessantes que o tornam um bom longa. Os efeitos visuais, por exemplo, são superiores aos longas anteriores.
Ao contrário dos filmes de Michael Bay, o diretor Steven Caple Jr. não abusa dos cortes, fazendo um ótimo uso das transações e movimentos. Assim, os personagens são mais reais do que em todos os demais longas da fraquia.
Entre erros e acertos
Embora o filme tenha alguns problemas de ritmo e narrativa, é um bom longa, levando em consideração a proposta.
Vale também pontuar o trabalho de vozes dos personagens. Peter Cullen traz mais uma vez, um excelente e imponente Optimus Prime, além disso, Pete Davidson traz bastante humor e alivio cômico como Mirage. Ron Perlman, Michelle Yeoh e Liza Koshy são muito convincentes em seus papéis.
O grande problema está no núcleo humano. Dominique Fishback e Anthony Ramos entregam atuações fracas e caricatas, e acabam sendo um peso na trama.
A trilha sonora de Boris Harizanov, por outro lado, realça o teor épico do filme, pois é poderosa e impactante. Além disso, as musicas escolhidas para o filme tornam mais imersiva a experiência.
Contudo, Trasformers: O Despertar das Feras é um bom retorno da franquia aos cinemas. Entre erros e acertos, o longa chega com a ideia de expandir ainda mais seu universo cinematográfico. Basta esperarmos para sabermos se desta vez não perderão o rumo.
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