Dirigido por Bryan Singer, X-Men: Dias de um Futuro Esquecido surgiu como uma forma de unificar duas diferentes gerações dos X-Men. O longa considera todos os seus antecessores, inclusive, o Primeira Classe, que, até então, parecia ser um reboot.
No filme, durante a década de 70, O Dr. Bolivar Trask (Peter Dinklage) acredita que os mutantes são uma ameaça para a humanidade. Ele desenvolve robôs gigantes chamados de Sentinelas, que perseguem e exterminam os mutantes. Então, no futuro, Wolverine (Hugh Jackman) viaja no tempo para procurar os jovens Xavier (James McAvoy) e Magneto (Michael Fassbender) e impedir o acontecimento que leva à criação dos Sentinelas.
X-Men: Dias de um Futuro Esquecido e sua brilhante execução
O filme começa de uma maneira bem pessimista: o destino para os mutantes é seu extermínio. Então, o que levou a isso e como impedir? Isso já nos é contextualizado nos primeiros vinte minutos, a história não perde tempo. Aliás, essa visão de futuro é muito interessante, conceitual e visualmente falando.
Se na primeira trilogia tínhamos o Professor Xavier orientando Logan, aqui, é exatamente o oposto. O motivo para ele ser o escolhido na viagem faz sentido e, ficamos extremamente investidos nessa jornada, em presenciar a união do que parecia impossível e interações inimagináveis de ver em tela. Momentos emocionantes não faltam.
A história trabalha muito bem a questão de propósito e destino, sobre como isso perdura sobre nós. A missão é devidamente estabelecida e o passo a passo se torna divertido de acompanhar, mesmo que o tempo esteja correndo. O próprio motivo do Mercúrio estar no filme, se torna inteligente em como ele se insere, para assim, gerar sua grande cena.
E mesmo que não haja tanto aprofundamento nos eventos pós-X-Men 3, a continuidade pós-Primeira Classe é a base que sustenta grande parte do filme. Ver o triste caminho seguido e esses personagens tão abalados, nos gera essa dúvida de como as coisas podem resultar diferentes. E, talvez, essa seja a principal mensagem do filme: juntos, nós somos uma mesma força, mesmo estando quebrados.
A nova linha do tempo
O final abre uma ruptura nos filmes dessa saga. Um acontecimento no tempo torna-se crucial para os eventos futuros. Então, os filmes antigos aconteceram, mas, não aconteceram. Ainda assim, a cena final na mansão é o que queríamos.
No entanto, a franquia X-Men deveria ter acabado por aí. Mas, como o dinheiro fala mais alto, tentaram preencher essas novas lacunas entre o passado e o futuro. E, ao que parece, a ideia dos idealizadores era transformar a Mística na nova heroína desses filmes.
A sua virada no filme, faz sentido dentro da mensagem da história e condiz com o apresentado da personagem no filme antecessor. No entanto, é muito difícil desvincular essa imagem da Mística com a que temos interpretada por Rebecca Romijn, mesmo que essa nova história exija isso.
Até determinado ponto, ela caminhava para ser a mesma personagem que viríamos no futuro dessa história. Mas, assim como outros elementos que esses novos filmes estabelecem, parece destoar muito do restante. Porque mesmo que seja do mesmo universo e quase caminhe até lá, não parece. Por isso, essa nova geração merecia ser um reboot, as escolhas estão em uma diferente sintonia. E a última cena não faz sentido algum.
De qualquer forma, X-Men: Dias de um Futuro Esquecido é um baita filme. Os personagens marcam e têm seus momentos, além da forma com que o nosso emocional é desafiado. Mesmo que haja a resolução tão aguardada, nós não sabemos o que esperar da próxima etapa e, esse é o grande charme do filme.
A Avaliação
X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014)
X-Men: Dias de um Futuro Esquecido é um baita filme. Os personagens marcam e têm seus momentos, além da forma com que o nosso emocional é desafiado.
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