Já em 2018 se ouviam especulações sobre a nova geração de consoles, dentre eles “Playstation 5” e “Xbox Two”. A verdade é que a próxima geração já é uma realidade, já começou!
Uma prova disso é o calendário de lançamento dos jogos de 2019 ainda ser uma incógnita. Observando o ano passado, os jogos foram anunciados desde o início de março com datas de lançamentos bastante próximas, como os lançamentos em setembro com semana de diferença: Marvel Spider-Man e Shadows of The Tomb Raider e, no mês seguinte, dois lançamentos estavam programados: Assassin’s Creed Odyssey e o poderoso Red Dead Redemption 2. O mesmo não ocorreu em 2019, os principais lançamentos estão programadas para o primeiro semestre como Resident Evil 2 Remake, Kingdom Hearts 3, Anthem, Devil May Cry 5, The Division, Sekiro: Shadow Dies Twice, Mortal Kombat 11 e Days Gone. Poderiam ter adotado uma estratégia diferente, lançando jogos tão esperados ao longo do ano.
A maioria das empresas está de olho no quem na próxima geração. Jogos tão aguardados como Cyberpunk 2077, Halo Infinite, The Last of Us Part II, The Elder Scrolls VI, atualmente são praticamente crossgen por não terem data de anúncio definida. Essa ausência de data, provavelmente, em decorrência dos rumores de novos consoles em 2020 ou 2021.
É provável que as desenvolvedoras já estejam produzindo jogos para a próxima geração, em virtude do lançamento de poucos jogos no final da geração atual. Espera-se que a próxima geração de consoles terá início com uma vasta biblioteca de jogos, recheada de títulos de expressão e consolidados, assim como nos IPs.
Uma das promessas para próxima geração de jogos é o Streaming de games, nos moldes da Netflix. A ideia das empresas (talvez de forma mais intensa pela Microsoft) é adaptar o sistema de streaming de vídeos utilizado pela Netflix para games.
O Gamepass do Xbox talvez seja um protótipo dessa ideia. Por um valor mensal, você tem acesso a biblioteca de jogos, atualizada periodicamente e com possibilidade de download. O próximo passo desse sistema consiste na substituição do download por conexão com servidor, o que requer uma internet rápida e estável para o efetivo funcionamento.
Uma das empreses mais empenhadas em seu próximo console é a Microsoft. Na E3 2018, Phil Spencer já anunciou o desenvolvendo de consoles da próxima geração. O Xbox Scarlett é a primeira certeza da próxima geração, o primeiro passo e a primeira visão do que a marca verde prepara para o mercado. O Xbox Scarlett compreende uma trilogia de consoles, formada pelo Anaconda, LockHart e Maverick. Um mais potente, outro “comum” e um terceiro mais digital, respectivamente.
De olho no streaming de jogos a Microsoft lançará uma versão do Xbox One S sem o leitor de discos, um console totalmente dependente da internet, tal como eles queriam no começo da atual geração.
Uma parceria com a Nintendo também está nos horizontes do Xbox. Um possível acordo para inserir a Xbox Live no Switch já é comentado nos bastidores das empresas. Quem sabe um dia poderemos ver Zelda, Mario, Metroid e outros games “Nintendistas” cruzando para o lado verde dos games.
Na questão dos exclusivos, algo que muitos gamers sentiam falta no Xbox, Phil Spencer já deu amostras do que vem por aí anunciando uma leva de estúdios adquiridos pela Microsoft, como como Ninja Theory (Hellblade: Senua’s Sacrifice e DMC: Devil May Cry), Playground Studios (Forza Horizon), Undead Labs (State of Decay), Compulsion Games (We happ Few) e The Iniciative (novo). A dúvida que permeia é, será que estes estúdios já terão jogos lançados assim que o próximo Xbox for lançado?
No lado “Sonysta” a ambição é manter a liderança. O Playstation 4 largou na frente da concorrência, muito por causa da E3 de 2013 e da política “boa praça” com os consumidores. Porém, no final da geração, viu seu império começar a sofrer alguns perigos. A retrocompatibilidade, o crossplay e a o Xbox Gamepass fizeram com que a empresa fosse atrás de novas patentes, baixasse o ego e aprimorasse serviços que já oferecia.
As patentes de retrocompatibilidade foram registradas recentemente pela Sony, e parece que será possível jogar jogos de PS1, PS2, PS3 e PS4. Fica a dúvida de como funcionará essa tecnologia. Será possível jogar somente jogos pré determinados pela empresa ou todos os títulos anteriores estarão disponíveis?
O crossplay gerou polêmica no último ano, tendo Xbox, Fortnite e Sony como protagonistas. De uma lado, Phil Spencer pedindo maior universalidade e união entre empresas e, do outro, Kenichiro Yoshida afirmando que o PS4 “é o melhor lugar para se jogar”.
Durante um tempo, Sony se manteve firme em sua postura, porém não resistiu aos pedidos do mercado de crossplay e decidiu começar a abrir suas portas para a ideia. A postura “boa praça” vista no início da geração já não está mais tão presente hoje em dia. Estar mais aberta ao crossplay seria o caminho para iniciar a próxima geração de maneira mais amigável com fãs e consumidores.
O Gamepass foi um grande chamariz e grata surpresa do Xbox nessa geração. De forma reativa (como vem ocorrendo neste final de geração) a Sony começa a investir mais no Playstation Now. Na Europa e América do Norte, o serviço conta com servidores, não tão bons como o da concorrente, que dispõem de biblioteca com títulos disponíveis para download (também para computador). O fato de estar sendo aprimorado e não estar disponível em todos os países, faz com que a empresa corra para não sair atrás do Xbox na próxima geração.
O Playstation VR é um adereço que deve receber suporte para o próximo console da Sony. São necessários mais jogos que proporcionem experiências únicas, para que o aparelho não caia no esquecimento ou vire um arrependimento aos compradores.
Um novo concorrente surge no mercado: Google Stadia
Partindo do princípio de jogos como serviço via streaming, o Google Stadia tem grande diferença de seus concorrentes, não tem console!
A ideia é trazer os principais jogos para seu navegador, possibilitando jogar pelo notebook, PC (não precisa ser um “PC gamer“), celular e televisões. O único hardware necessário será o controle Stadia, oferecido pela Google, e um Chromecast para jogar na TV. A resolução dos jogos inicialmente será em 4K, com a promessa de chegar futuramente em 8K. Isso faz com que o Stadia se torne um “servidor” mais potentes que os consoles da atual geração, e talvez até da próxima geração.
O grande problema é a necessidade de internet de alta de velocidade e de servidores localizados em todo o mundo para melhor funcionamento do serviço. No Brasil, muitos lugares ainda não tem a internet necessário para se fazer um bom uso do serviço, por exemplo.
A próxima geração já começou, e, embora a Sony não participe, teremos mais novidades sobre essa nova geração na E3 2019.
Esperamos também que as desenvolvedoras deem um fim digno a atual geração, que teve tantos jogos marcantes. Os primeiros passos dos próximos consoles já estão sendo dados por de baixo dos panos, e as empresas já começam a preparar o terreno para novas apostas. Quem sairá na frente? Teremos que aguardar para ver.