Em uma terra dividida, uma misteriosa praga se alastra e condena a todos no seu caminho, e a confiança entre as pessoas está abalada, será possível vencer essa praga e libertar os que foram afetados?
Raya e o Último Dragão apresenta o mundo através da terra de Raya, chamado Coração, sua nação vinda da antiga Kumandra, tem a forma de um dragão — animal que foi extinto por conta de uma praga chamada Druun —, cada nação recebeu o nome de uma parte do corpo. Porém o sacrifício do último dragão deixou uma joia mágica, protegida pelo pai de Raya, mas uma discórdia acaba quebrando a joia e liberando a praga novamente.
Seguindo uma antiga lenda, Raya consegue libertar o dragão que pôs fim a praga da última vez, porém o dragão não possui poder suficiente para ajudá-la agora. Desta forma, ambos vão em busca do restante das partes da joia para tentar dar fim a praga.
Raya vai descobrir que pode fazer aliados em outras nações, mesmo achando impossível. Confiança se torna o tema central de todo filme, cada personagem possui sua própria dor, e provam que nem sempre ser ganancioso gera bom resultado.
A interação entre os personagens é bem montada, mesmo que alguns não tenham muito tempo de tela, entendemos como cada um se arrisca para trazer a paz de volta ao mundo. Outro ponto interessante, é mostrar que nem sempre a história que contam revela todos os detalhes: o dragão Sisu leva crédito por algo que não fez sozinha e mostra a Raya a importância de se ter aliados.
A história trabalha comédia e drama bem de forma dosada, e tem seus momentos de ação, apesar de não ser recheado de cenas de lutas, as poucas que temos são bem-feitas — e tem muitas cenas de parkour bem legais de se ver. O visual sempre muito bem-feito, nesse longa quase parece real, não só as roupas como a vegetação mostrada, e a água, elemento muito trabalhado no filme, não parece artificial.
Este é um filme feito para se emocionar e refletir sobre conhecer melhor as outras pessoas e a aprender a ter confiança nos outros, afinal apesar de ser um passo difícil, alguém precisa dar o primeiro.
