Escrito por Matt Haig e ilustrado por Chris Mould, Um Menino Chamado Natal é um livro infantil repleto de referências aos mais tradicionais contos de Natal e tradições natalinas que conhecemos. Recentemente, a obra ganhou uma adaptação produzida pela Netflix.
Na história, conhecemos Nikolas, de onze anos, apelidado de Natal. A vida do pequeno garoto sempre foi complicada, mas ele sempre foi um garoto feliz, mesmo ganhando apenas um presente na vida. Certo dia, no entanto, seu pai parte em uma jornada para descobrir aquilo que todos os humanos duvidam existir: a aldeia dos duendes. Contudo, o pai de Nikolas desaparece e o jovem precisa partir rumo ao Polo Norte para resgatá-lo, iniciando a maior aventura de sua vida.
Um Menino Chamado Natal é repleto de momentos divertidos, magia natalina e, claro, coisas extraordinárias se tornando realidade. Portanto, se você, leitor, “é uma dessas pessoas que acredita que algumas coisas são impossíveis.”, pare a leitura por aqui.
A magia de Um Menino Chamado Natal
Você continua lendo?
Que bom. (Os duendes ficariam orgulhosos.)
Então, vamos começar…
Matt Haig se prende às principais tradições natalinas para criar o mundo fantástico visto em Um Menino Chamado Natal. No entanto, o autor se prende às ideias e significados dessas tradições e toma a liberdade de reinventá-las e introduzi-las de forma desintencionada e divertida ao longo da história, além de complementá-la com inúmeros novos elementos que não costumamos ver diretamente atribuídos ao Natal.
Não importa se você é um ávido leitor de histórias natalinas ou apenas uma pessoa curiosa, ao ler este novo e arrojado clássico de Natal, perceberá todos os inúmeros detalhes e sutis referências deixadas na trama. Desde as mais simples, como o trenó e as renas, até as mais desconhecidas — que não citaremos aqui.
A narrativa
A preocupação de Haig em criar uma história direcionada ao público infantil, torna-a simples, mas cativante do início ao fim. Graças ao vocabulário simples e estrutura fluída, Um Menino Chamado Natal se torna uma daquelas obras que conseguimos ler em uma única tarde.
Além disso, outro grande mérito da obra precisa ser mencionado: as ilustrações de Chris Mould. Apesar de o livro não ser inteiramente ilustrado, existem diversos trechos que ganham vida pelas mãos do ilustrador. Com isso, as ilustrações levemente ‘sombrias’, mas repletas de fantasia, que se assemelham bastante ao estilo de Tim Burton, nos ajudam a mergulhar ainda mais no mundo criado por Haig.
Vale a pena?
Assim como toda obra natalina, o livro é uma história leve, cativante e repleta de mensagens positivas e acolhedoras. Apesar de ser uma história curta, Haig consegue transmitir todas as ideias que parece querer apresentar ao leitor. Cada personagem recebe sua merecida atenção, e nós acompanhamos em primeira mão o desenrolar desta história fantástica protagonizada pelo jovem Nikolas e o nascimento de uma das maiores tradições ocidentais. É uma leitura indispensável para leitores de todas as idades.
Ah! E não se esqueça: “Pense em uma lembrança feliz.”, “Dê um presente a alguém: um brinquedo, um livro, uma palavra gentil ou um grande abraço.”, e acima de tudo, “Acredite.”. É tudo que você precisa para ser alegre mesmo em tempos ruins.
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