Crítica | Ruptura (1ª Temporada)

A série Ruptura, do Apple TV+, estreou sua primeira temporada no primeiro trimestre do ano.

A série, de Ben Stiller, aborda diversos dilemas em sua construção, levando a questões bem pertinentes sobre moral, ética e até sobre livre arbítrio. Contudo, Ruptura é uma das grandes produções dos últimos tempos.

Mark (Adam Scott), é o líder de uma equipe de funcionários de um escritório, cujas memórias foram dívidas entre a vida no trabalho e a vida pessoal.

Os mistérios da mente humana na primeira temporada de Ruptura

O principal tema abordado na série, a mente humana, ganha um protagonismo no decorrer da produção.

No mundo da série, as pessoas que trabalham na empresa Lumos precisam passar por um ato cirúrgico onde suas mentes são divididas. Logo, eles possuem uma vida fora e outra na empresa.

Através dos personagens que vão sendo apresentados, essa discussão é abordada de forma gradual. E levam a inúmeras discussões sobre o livre-arbítrio e até sobre existencialismo.

Além disso, essa discussão alimenta o mistério que nos é apresenado em Ruptura. Questões como, por exemplo: o que a Lumos faz? Quem são essas pessoas? E, o que existe nos corredores da empresa? Tornam a trama muito mais imersiva.

No entanto, essa imersão entra com uma dose de claustrofobia, porém com muita curiosidade, instigando o espectador durante todos os nove episódios.

A série também traz questionamentos dramáticos como, por exemplo, o luto e a depressão. Estes são pontos bem escritos na série.

Produção e elenco

Além disso, a produção é excelente. A fotografia, somada ao cenário, tornam a claustrofobia mais presente. Ainda mais quando os corredores se tornam personagens da série.

Os atores conseguem expressar essa sensação claustrofóbica e de dúvida que a trama impõe. Principalmente os protagonistas Mark (Adam Scott), Helly (Britt Lower) e a Sr.ª Cobel (Patricia Arquette).

Todo o elenco está muito bem colocado e todos possuem seus respectivos momentos e importância na construção da série.

Outro ponto interessante é o figurino e visual que a série propõe dentro da Lumos. Tudo soa como uma mistura entre o estilo retrô e futurista de uma forma brilhante.

A melhor série dos últimos tempos?

Ruptura apresenta uma história completamente diferente do que estamos habituados. No entanto, consegue dialogar com o nosso próprio mundo com metáforas.

Além disso, a série propõe uma trama complexa, repleta de mistérios que vão se desvendando lentamente na medida certa. E se entrega com plot twists de explodir a cabeça.

Embora não tenha cenas frenéticas, a série consegue prender a atenção através do diálogo e da curiosidade. Contudo, Ruptura acaba como uma excelente produção e história, digna de prêmios.

Ruptura é emocionante, tensa e misteriosa e entrega em sua primeira temporada. Está é mais uma ótima série no catálogo do Apple TV+.