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Início » Críticas do CN42 » Críticas de Filmes » Crítica | Donnie Darko (2001)

Crítica | Donnie Darko (2001)

Karlos Eduardo Por Karlos Eduardo
13:11 qui, 10/11/2022
em Críticas de Filmes, Filmes
Tempo de leitura: 4 mins
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Divulgação / Newmarket Films

Divulgação / Newmarket Films

Roteirizado e dirigido por Richard Kelly, Donnie Darko é um dos filmes mais cultuados de sua época. Para muitos, essa história não faz sentido algum, enquanto para outros, pode significar muitas coisas. Existe espaço para interpretações e detalhes complexos que podem explicar todas as bizarrices do filme; que gerou muito debate entre público sobre suas implicações filosóficas e camadas, mistificando os espectadores ao transcender as limitações do gênero ficção científica.

No filme, Donnie (Jake Gyllenhaal) é um jovem excêntrico que tem visões, especificamente de um homem fantasiado de coelho, chamado Frank (James Duval). O tal coelho o encoraja a tomar muitas atitudes questionáveis e, um dia, profetiza que o mundo acabará dentro de um mês. Agora, Donnie precisa agir para que isso não aconteça.

A jornada de Donnie Darko

Divulgação / Newmarket Films

É curioso como Donnie é um personagem de índole questionável. Ele não se importa em dizer as asneiras que pensa e, por incrível que pareça, é exatamente por isso que ele conquista quem assiste. Seu humor ácido e a maneira absurda de lidar com as situações impostas a ele, o tornam mais do que simplesmente um protagonista estranho. Ficamos curiosos a respeito de sua imprevisibilidade e como ele vai agir; o que esperar de uma pessoa que chama a própria mãe de cadela?

E justamente por essa natureza controvérsia em relação às outras pessoas desse mundo, faz sentido ele ser o ”escolhido” para essa jornada. Afinal, ele é biruta o suficiente para engatar nesse percurso sem questionar tanto; se tornando refém de algo muito maior, que talvez nem ele compreenda direito. Mas o fato de ele aceitar essas espécies de alucinações é o que conduz nossa atenção com o que está acontecendo.

Quando adentramos mais nos motivos pelos quais essa história se movimenta dessa forma, percebemos como o roteiro é sagaz e exato em suas ideias. Embora esses motivos jamais sejam expostos de maneira didática, a interligação dos pontos tornam todas as ações necessárias à história. Ou seja, nada disso é gratuito ou desconexo, mesmo que num primeiro momento soe aleatório. Uma interpretação mais literal do que figurativa desse contexto deixa o fator ficção científica mais conciso e regrado, assim, as pistas se tornam ainda melhores de se analisar.

Um detalhe tão pequeno, como A Última Tentação de Cristo estar passando no cinema em que Donnie está, somado às suas gargalhadas ao encerrar a missão ao fim, adquire um grande significado ao enigma em sua totalidade. Desde o começo ele mostra como não pertencia a esse lugar, e todos os pedidos sádicos de Frank fazem com que as coisas voltem a ser como deveriam ser. Existe uma citação no último episódio da excelente série Dark que descreve Donnie Darko perfeitamente: ”É isso que nós somos? Um sonho? Nós nunca existimos?”

Um filme abstrato

Divulgação / Newmarket Films

É muito interessante como o filme traz aspectos surrealistas. O uso de diversos elementos visuais, que não necessariamente fazem sentido na maneira com que se movimentam ou estão em tela, deixam o espectador imerso junto com Darko nesses sonhos/alucinações. O coelho Frank, além de ser um dos principais responsáveis por esse lado místico, possui um visual assustador, que cria sua presença misteriosa em cena.

As marcações temporais auxiliam para a aproximação do ”fim do mundo”, mas conforme o coelho aparece, essa urgência fica ainda maior. O filme brinca muito bem com esses aspectos de mistério, nos fazendo questionar até onde isso está acontecendo ou pode ser simplesmente aspectos literais da loucura de Donnie. Outro ponto forte é a trilha musical, com destaque para Mad World; que está em um dos momentos mais melancólicos e catárticos do filme. O momento em que a faísca da lembrança atinge todos os personagens, mesmo que eles não saibam o que exatamente, é fantástico.

Então, a experiência tende a ser abstrata, seja pela história em si, mas também, em como ela é representada, pois há determinadas situações e personagens que simplesmente aparecem, mas terão algum tipo de relevância mais para frente na história. E talvez haja uma confusão sobre a linha do tempo desses acontecimentos, junto da concepção das realidades paralelas e a viagem no tempo. Ainda assim, quando se organiza tudo, existe essa unidade que deixa tudo com um pouco mais de autenticidade.

Portanto, Donnie Darko é uma viagem psicodélica, enigmática e muito marcante. Todas as interpretações que ele abre dão diferentes camadas à história, fazendo com que você queira assistir de novo e de novo. Os ricos detalhes na trama, os personagens, conceitos e músicas tornam essa uma das ficções científicas mais influentes de todos os tempos.

Ver trailer

Donnie Darko

Donnie Darko

Ano: 2001
Duração: 113
Direção: Richard Kelly
Roteiro: Richard Kelly
Elenco: Jake Gyllenhaal, James Duval, Jena Malone, Maggie Gyllenhaal, Drew Barrymore

NOTA

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Karlos Eduardo

Karlos Eduardo

Apesar de ainda jovem e eternamente aprendiz, completamente apaixonado por toda a beleza que compõe o cinema. Tentando sempre expandir mais o olhar cinematográfico com minhas fontes de inspiração, seja nos próprios filmes ou em quem fala sobre eles.

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