Dirigido por Bryan Singer, X-Men: Apocalipse foi o terceiro filme dessa nova era dos X-Men. Contudo, esse é o primeiro filme após os eventos alterados de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido, dando margem para caminhos, até então, inéditos.
No filme, Apocalipse (Oscar Isaac), o primeiro mutante do mundo, acorda milhares de anos depois ser traído e enterrado vivo, agora, disposto a acabar com a humanidade. Enquanto vai atrás de quatro seguidores, o Professor Xavier (James McAvoy) e os X-Men devem detê-lo.
X-Men: Apocalipse como uma nova história
Nesse filme, temos a introdução de muitos personagens que já vimos na primeira trilogia de X-Men. Então, é praticamente uma nova história de origem, sobre onde esses personagens estavam e como eles se conheceram. E aqui, eles são apenas adolescentes, que ainda não têm experiência com nada.
Nesse sentido, é muito interessante ver esses personagens no início. Não sabendo controlar seus poderes e inseridos em circunstâncias onde eles devem agir. Existem momentos para essas interações acontecerem e elas são divertidas de ver em tela. Até chegarmos na batalha final e cada um se ajudar.
Uma coisa que Bryan Singer sempre soube fazer muito bem é: cenas individuais de personagens. As interações de equipe são essenciais, mas, o diretor, de fato, sempre acertou nas cenas solo. A sequência do Mercúrio na mansão é inteiramente memorável e grandiosa; assim, como a libertação de Jean Grey no final, que se torna arrepiante e épica.
Em relação ao que já tinha sido estabelecido nos novos filmes, o grande acerto (para variar) é o Magneto. Michael Fassbender é a escalação perfeita para o papel, entregando toda a força e raiva desse personagem. Pode parecer estranho o início do personagem nessa história, dado o final do filme anterior; mas, quando ele chega em seu momento catártico e entendemos o que ele estava fazendo, seu arco torna-se o mais forte do filme.
Os problemas gritantes
O vilão que dá título ao filme, infelizmente, não é nada. Primeiro, seu visual é completamente patético e artificial, chega a ser ridículo ver isso em um filme relativamente recente. Além de que, ele é só um personagem que transforma tudo e todos em areia, com discursos clichês e nenhum real impacto.
Como foi dito anteriormente, o Magneto está bem colocado no filme. No entanto, ele é o único dos quatro cavaleiros que realmente tem uma motivação. Os outros, são extremamente superficiais e só servem para as cenas de ação. Não existe vínculo ou razão para entendermos a gravidade dessas ameaças. O filme até tenta ser grande em escala, mas, executa isso de maneira incompetente.
A Mística como uma figura inspiradora é muito estranho, aliás, o que aconteceu com ”Mutante e orgulho”? Ela, foi certamente a escolha de protagonismo para esses novos filmes; no entanto, havia inúmeras outras heroínas femininas para serem construídas e assumir o posto de líder dos X-Men.
Portanto, X-Men: Apocalipse é um filme extremamente mediano, que podia ser mais econômico e ter diferentes tipos de abordagem. Você pode se divertir nessa aventura e curtir vários momentos, no entanto, esse foi o primeiro sinal de que essa franquia já deveria ter apertado no freio e desligado o carro.
A Avaliação
X-Men: Apocalipse (2016)
X-Men: Apocalipse é um filme extremamente mediano, que podia ser mais econômico e ter diferentes tipos de abordagem.
Detalhes da avaliação;
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Nota