Roteirizado e dirigido por Simon Kinberg, X-Men: Fênix Negra foi o encerramento dos X-Men na Fox, tendo o seu lançamento após a aquisição da Disney sobre a companhia. O filme surgiu como mais uma tentativa de adaptar a Saga da Fênix Negra, afinal, X-Men 3 também teria passeado por essa história, anos mais cedo. Mas, será que agora deu certo?
Nesse encerramento, após um acidente em uma missão dos X-Men no espaço, Jean Grey (Sophie Turner) começa a desenvolver incríveis poderes, que a corrompem totalmente. Então, os mutantes precisam decidir se a vida dela vale mais do que todas as pessoas do mundo.
O cansaço de X-Men: Fênix Negra
Infelizmente, esta é uma história completamente desnecessária. Primeiro, o projeto antes de acontecer, já era problemático, afinal, um dos roteiristas de X-Men 3 está envolvido, não só no roteiro, mas, agora, na direção. Se nem naquele filme esse arco é bem desenvolvido, por quais motivos trouxeram Kinberg de novo? Retratação?
O filme é um completo desastre. As relações não são bem sustentadas a ponto de fazer o público se importar com o que está acontecendo. Não existe aprofundamento algum na figura da Fênix ou qualquer discussão sólida de dualidade, é simplesmente mais do que já vimos antes. Dessa forma, ela só aparece para demonstrar seu alto nível de habilidades e nada mais a fundo, parece que nunca existe um real desejo ou entrega, de fato; e mesmo que gere poucos momentos agradáveis, ela soa apenas como vítima e não como uma real ameaça, com imponência e peso.
A história é vazia e sem personalidade. Pode-se listar uma série de elementos que não são absolutamente nada no filme, como, por exemplo: a Jean Grey, o Ciclope, a Tempestade, o Mercúrio, a personagem interpretada por Jessica Chastain e seu povo e, por fim, o Magneto, que já parece estar completamente desgastado.
Nesse sentido, os personagens estão inseridos nessa história de maneira preguiçosa Não tem como simpatizar da forma com que o filme quer que simpatizemos, tudo soa apático e superficial. As cenas de ação são desastrosas, elas não têm embalo ou uma geografia adequada para a quantidade de personagens. Todas fechadas, escuras e sem inventividade.
O filme tem coisas boas?
Por incrível que pareça, o atentado contra os filmes de super-heróis tem um ponto positivo, que, aliás, justifica a única estrela na nota. A discussão que gira em torno do Professor Xavier, consegue ser bastante interessante. Ela envolve uma questão de ego e atenção em relação a ele, que não tínhamos visto antes e é plausível.
Outra coisa que se pode apontar, que não é um mérito do filme propriamente dito, é a forma com que os designers foram felizes no resultado dos pôsteres principais, brincando com cores e composições que ficam em perfeita sintonia. Apenas reparem nas figuras imagens nesse artigo, elas são lindas conceitualmente falando.
Contudo, o filme continua sendo muito infeliz. Se é difícil achar consistência na história, na parte técnica é mais ainda. Simon Kinberg sequer apresenta algum tipo de identidade em sua direção. Então, o filme não tem cor, os personagens usam roupas normais e os acontecimentos são extremamente fracos. Nada emociona ou arrepia.
Portanto, X-Men: Fênix Negra é um filme preguiçoso, sem qualquer tipo de amor ou impacto. Mesmo que ele tente reciclar bons elementos dos filmes anteriores, falha vergonhosamente. É um filme que parece ter sido feito sem vontade, só para pagar os boletos atrasados e, que enterra de vez essa franquia tão incongruente.
A Avaliação
X-Men: Fênix Negra (2019)
Fênix Negra é um filme preguiçoso, sem qualquer tipo de amor ou impacto. Mesmo que ele tente reciclar bons elementos dos filmes anteriores, falha vergonhosamente.
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