A nova versão live-action de A Dama e o Vagabundo, lançada como um dos primeiros títulos originais do Disney+, é uma completa releitura da animação original, de 1955.
A nova versão de um dos maiores clássicos da Disney ficou a cargo do diretor Charlie Bean, conhecido por Lego Ninjago: O Filme e As Meninas Superpoderosas: O Filme. Apesar de a pouca experiência na direção de filmes de maior orçamento, a escolha de Bean para o cargo de diretor, parece ser acertada.
A trama narra a história de amor entre uma cadela chamada Dama (Tessa Thompson) e um vira-lata chamado Vagabundo (Justin Theroux), que a salva do perigo de vaguear sozinha pelas ruas.
Diferenças entre as versões
O longa acerta em realizar uma nova abordagem à história apresentada na animação original. Diversas sequências foram alteradas por completo e detalhes que antes não eram possíveis por conta das limitações técnicas da época, foram adicionados. Esses detalhes, fazem a nova versão de A Dama e o Vagabundo ser um longa despretensioso e corajoso. A produção revive graciosamente a história tão marcada em nossa memória, mas de uma nova forma. Desse modo, longa se torna uma bela homenagem à produção original, mantendo sua essência, mesmo sob um novo posto de vista criativo.
Existem detalhes que podem passar despercebidos por quem assistiu à animação e já não se lembra. O mais visível destes: os personagens humanos que raramente apareciam por completo. Isso se devia à complexidade envolvida no processo de animação de tais personagens naquela época. Podemos também citar a sequência em que a Dama e o Vagabundo estão em um zoo para pedir ajuda a um Castor. No longa atual, a cena foi completamente eliminada, dando lugar a uma breve cena onde o castor é referenciado em uma estátua.
Além disso, a cidade apresentada na animação, localizada na região centro-oeste dos Estados Unidos, tem poucas casas e parece ser uma cidade do interior. Agora, temos uma cidade populosa e dominada pela ascensão dos EUA no início do século XX.
Os erros e acertos de A Dama e o Vagabundo
Contudo, um detalhe causa estranheza em algumas cenas: os cães falando. Sentimos um breve desconforto diante da estranheza causada pelos efeitos de CGI e do jogo de câmeras, mas logo nos acostumamos. No entanto, os personagens nos cativa de tal forma que relevamos esses pequenos “defeitos” e ficamos imersos e encantados nesse novo mundo criado para uma história com mais de 60 anos.
No entanto, para quem assistiu à animação original, é preciso ressaltar que, sem dar spoilers: o final do live-action não é o mesmo da produção original, deixando a abertura para uma continuação.
A Dama e o Vagabundo, é uma linda homenagem à produção original. O filme nos imerge na clássica história e, apesar de alguns tropeços, consegue nos divertir e nos emocionar.