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Início » Críticas do CN42 » Críticas de Filmes » Crítica | Meia-Noite em Paris (2011)

Crítica | Meia-Noite em Paris (2011)

Karlos Eduardo Por Karlos Eduardo
02:08 qua, 21/08/2024
em Críticas de Filmes, Filmes
Tempo de leitura: 4 mins
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Divulgação / Paris Filmes

Divulgação / Paris Filmes

Atenção: este artigo pode conter alguns spoilers

Roteirizado e dirigido por Woody Allen, Meia-Noite em Paris é um dos filmes mais interessantes que você pode assistir no catálogo do HBO Max, pois mistura romance, comédia e fantasia. O longa foi indicado a quatro categorias no Oscar, tendo levado a estatueta de Melhor Roteiro Original.

No filme, Gil (Owen Wilson) é um escritor apaixonado pelos artistas do passado. De férias em Paris com sua noiva (Rachel McAdams) e sogros (Kurt Fuller, Mimi Kennedy), ele sai sozinho a noite para explorar a cidade e, magicamente, volta ao passado. Então, quanto mais tempo ele passa nesse período, mais sua insatisfação com o presente aumenta.

Meia-Noite em Paris e a vida da cidade

Divulgação / Paris Filmes

O nosso protagonista se mostra uma pessoa muito apaixonada por Paris. Não é só pelos grandes artistas do século passado que ali estiveram, e que os inspira, mas por todas as particularidades que compõem essa cidade. É muito por como cada parte que ele passeia possui, em sua visão, uma aura única, com arquiteturas e ambientes perfeitamente estilizados. É aquele lugar tão deslumbrante, que sua beleza aumenta diante da chuva.

A utilização do amarelo traduz muito bem essa ideia. Isso transparece a doce e inocente visão de Gil sobre a cidade, incrementando nesse tom mais surreal e maravilhoso. Os próprios primeiros minutos, sendo apenas vários takes de diferentes locais de Paris, já nos antecipam e fazem criarmos um vínculo com esse lugar.

Nesse sentido, a trilha musical também desempenha um papel muito importante. A canção Bistro Fada, que toca diversas vezes durante o filme, é extremamente reconfortante e contribui para essa perspectiva mais pura e romântica; é claro que existem diversos instrumentos se completando com harmonia, mas a melodia do violão é a que mais se mostra bela.

Então, é interessante como, antes de qualquer coisa que a história vá ser, somos imersos nesse mundo de maneira que não queiramos mais sair dele. Passamos a compreender as tantas inspirações que Gil tem ao andar por esse lugar. Ou seja, Paris tem vida própria, ela é uma personagem à parte. E fica linda na chuva!

Um presente insatisfatório e surpreendente

Divulgação / Paris Filmes

Gil é um personagem tão característico e intelectual, que em um certo ponto ele chega a ser irritante. Mas não é aquele personagem que você sente raiva ao ver em tela, pelo contrário, queremos embarcar nessa jornada com ele. Afinal, seu relacionamento é incompatível e todos ao seu redor fazem o presente ser mais entediante. Ele vive no seu próprio mundo, e justamente por isso, as pessoas o tratam de maneira desagradável e diminuem sua empolgação com aquilo que ele tanto adora.

Assim, sua fascinação e vontade de viver no passado são relacionáveis. A viagem no tempo é tratada de maneira simples: um carro aparece e leva ele ao passado. Não precisa de mais lógica do que isso para a história atingir seu objetivo, chega até a ser elegante como esses elementos de ficção são tratados de maneira lúdica e com regras simples, porém claras. O momento em que o personagem percebe que realmente viajou no tempo, ele não precisa dizer nada, sua expressão de encanto já é o bastante.

As cenas em que Gil interage com os grandes nomes da arte e relacionados, certamente são as mais divertidas, seja pela forma com que ele os conhece ou por já ter conhecimento de suas obras, tentando entendê-las por um novo prisma. Vemos disso através da visão de cada artista sobre a vida e como eles lidavam com determinadas situações.

Dessa forma, quando ele experiencia outra situação semelhante à sua, sua jornada finalmente se conclui. Ele entende as naturais insatisfações da vida, e como ela realmente tende a ser chata, por isso a ideia de viver em outras épocas que pareciam melhores é tão atraente; embora aquelas pessoas deviam pensar o mesmo e assim por diante. E, agora, ele finalmente pode viver o presente e se afastar do que lhe fazia infeliz, já que sua própria obra refletia isso. A imperfeição e imprevisibilidade do agora acabam se tornando mais bonitas.

E não tem como não falar sobre a perfeição do final. Gabrielle, a personagem interpretada pela meiga Léa Seydoux, aparece poucas vezes no filme, mas em todas as suas cenas, a direção de Woody Allen presta atenção nela, como se não fosse somente uma pessoa gentil no dia a dia de Gil. Ao chegarmos na última cena, percebemos como ambos estão onde precisam estar, mostrando como a vida pode surpreender quando menos esperamos. E, então, eles caminham juntos na chuva — as únicas pessoas que acham Paris linda nessas condições.

Portanto, Meia-Noite em Paris é um dos filmes de viagem no tempo mais marcantes que você verá. Não é por uma história super mirabolante, paradoxos temporais ou uma urgência que filmes desse tipo demandam. É por trazer temas tão pessoais e que sempre serão universais, além do indiscutível e magnífico visual. Embarque nessa experiência e você vai se lembrar dela para sempre!

Ver trailer

Meia-Noite em Paris

Midnight in Paris

Ano: 2011
Duração: 94
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Elenco: Owen Wilson, Léa Seydoux,, Rachel McAdams, Marion Cotillard, Tom Hiddleston, Kathy Bates

NOTA

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Karlos Eduardo

Karlos Eduardo

Apesar de ainda jovem e eternamente aprendiz, completamente apaixonado por toda a beleza que compõe o cinema. Tentando sempre expandir mais o olhar cinematográfico com minhas fontes de inspiração, seja nos próprios filmes ou em quem fala sobre eles.

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