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Início » Críticas do CN42 » Resenha | Corte de Espinhos e Rosas — Sarah J. Maas

Resenha | Corte de Espinhos e Rosas — Sarah J. Maas

Eduarda Suily Por Eduarda Suily
06:03 seg, 07/03/2022
em Literatura, Resenhas de Livros e HQs
Tempo de leitura: 4 mins
A A
Atenção: este artigo pode conter alguns spoilers

Em Corte de Espinhos e Rosas, Feyre Archeron está caçando no inverno. Sua família está com tanta fome que ela decide adentrar mais na floresta, para perto da barreira de proteção que separa o mundo dos humanos e dos feéricos, o povo que escravizou sua raça por muito tempo. Claro que seu pai e irmãs poderiam ajudá-la, mas por que fazer isso se Feyre está por perto? Após matar o lobo que pertence ao outro povo, chega o dia em que a caçadora deve acertar as contas com os feéricos.

A escrita de Corte de Espinhos e Rosas não poderia ser definida por outro objetivo senão impecável. Nossa protagonista é uma artista, e quando estamos conhecendo o reino de Prythian, vemos pelos seus olhos, as sensações, cores e formas com uma abundância de detalhes que nos deixa sem fôlego. É com uma familiaridade não esperada que você percebe que conhece muito bem esse lugar cheio de mistérios.

O riacho era um arco-íris quase invisível de água que fluía sobre pedras, tão convidativamente suave quanto seda. As árvores estavam envoltas em um brilho leve, que irradiava do centro delas e dançava pelas bordas das folhas.

Talvez uma escrita tão descritiva não seja do gosto do leitor, mas não se pode negar de que são realizadas com máximo cuidado para que não se tornem simples. A autora, Sarah J. Maas, revela toques, sons, movimentos, tons, tudo que pode ser mostrado na apresentação de um ambiente.

Feyre, sem dúvidas, é uma das personagens femininas mais completas dos dias de hoje no mundo dos livros. A garota consegue expor toda sua sensibilidade em diversos momentos, mas não deixa de mostrar sua força em nenhum momento. Na verdade, você pode perceber que é dos seus sentimentos de onde ela extrai tanta valentia em suas ações.

— Também não pode correr mais que nós, menina.

— Eu sei — concordei, o coração se acalmando, por fim. — Mas pelo menos eu não enfrentaria a morte inconscientemente.

De repente, essa jovem garota se encontra do outro lado da barreira, o local que foi sempre o centro de todas as histórias infantis ruins de sua vila. A Prythian desconhecida, que resguarda lendas sombrias e monstros feéricos. Para piorar sua situação, Feyre não está exatamente nas graças do povo de lá, já que suas ações anteriores criaram uma narrativa indesejada.

Se torna fácil entender o medo, a preocupação, e sobretudo a desconfiança com que a caçadora encara seus anfitriões. Como podem dar comida e roupas para Feyre quando ela prejudicou seu povo? Será que isso não é uma armadilha, na verdade? É com esse pensamento, e uma promessa antiga que a garota decide voltar para casa, mesmo que isso signifique fome, um lar nada amigável e uma vida miserável.

Com o objetivo de retornar às suas terras, a protagonista engata laços de amizade com um dos feéricos superiores, o Grão-féerico Lucien, um homem que de princípio a trata com respostas atravessadas e desconfiança. Mesmo assim, Lucien se prova alguém leal, inteligente e espirituoso, não demorando para se tornar amigo da corajosa e sarcástica Feyre.

É em uma das sete Cortes de Prythian, a Primaveril, que temos o privilégio de observar, como leitores, a lenta adaptação da garota raptada. Archeron não somente passa a se acostumar com o lugar, como também aprecia agora o ambiente e as companhias que a cercam. Mesmo assim, não é de maneira positiva que essa transição é vista com bons olhos, muito pelo contrário.

A opulência daquele lugar me enojava tanto quanto minha rápida adaptação do mesmo.

Mesmo relutando, quanto mais a personagem convive com Tamlin, mais ela se sente atraída. Este é o Grão-Senhor da Corte Primaveril, ou seja, o líder que comanda e cuida da região. Somos cativados pela gentileza que ele nos oferece, e torcemos por este casal. Afinal, Feyre merece felicidade depois de tudo que passou. Tamlin é proteção, aconchego e mudança.

— Alguém já cuidou de você? — perguntou ele, baixinho.

— Não — respondi, simplesmente. Havia muito tempo tinha deixado de sentir pena de mim mesma por causa daquilo.

Com o passar do tempo, Feyre vai de hóspede indesejada para a única solução de múltiplos problemas que cercam o local. É uma personagem cheia de características e se torna empolgante observar sua jornada, cheia de dores e decepções, mas também repleta de reviravoltas positivas.

Por fim, cabe elogiar o extenso trabalho que a escritora Sarah J. Maas realizou ao condensar tantos detalhes e criar um suspense envolto à paixão. Tudo é conduzido com o propósito de que o leitor sinta e absorva todo esse universo antes de se despedaçar nos últimos capítulos. E, você nem sequer pode condenar alguém por isso quando está nos momentos cruciais do fim.

Também vale a pena comentar a parte gráfica da obra, que possui uma capa que representa bem todos os sentimentos que você sentirá ao longo do livro. Dor e escuridão, mas também luz e paixão inesperadas em Prythian. No início, também é disponibilizado um mapa da terra dos feéricos, para uma melhor imersão. É preciso avisar que os capítulos são em letras pequenas, mas que estão em negrito.

Você pode ter certeza que encontrará romance, aventura, magia, drama e tudo que desejar nessas 434 páginas. Corte de Espinhos e Rosas deve ser lido por qualquer leitor, seja de fantasia ou não. É caprichado, surpreendente e uma montanha-russa de sentimentos desde a primeira página até a última.

Comprar Livro

Corte de Espinhos e Rosas

Autor(a): Sarah J. Maas
Lançamento: 2015
Editora: Galera
Edição: 34ª edição

NOTA

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Eduarda Suily

Eduarda Suily

Bookaholic, estudante de jornalismo, amante de idiomas e cultura. Gosta de ler livros e criticar. E de ler história nos tempos livres. E, no CN42 escreve sobre isso.

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