Superman: O que aconteceu ao Homem de Aço? é aquele tipo de história extremamente ambiciosa, que tinha tudo para dar errado. Mas, olhe só, atualmente é um dos maiores clássicos dos quadrinhos.
Visando terminar a história do Superman pré-Crise nas Infinitas Terras, um grande evento que dizimou os vários multiversos da DC. Esta história explora as nuances e aspectos mais profundos do herói, respeitando tudo que foi feito com ele até então.
Publicada originalmente em 1986, escrita por Alan Moore e desenhada por Curt Swan, esta é uma leitura essencial do personagem. Que tal darmos uma revisitada?
História
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A princípio, a história começa com um jovem jornalista do Planeta Diário, que vai visitar Lois Lane em sua casa. Contudo, dez anos se passaram desde a última vez que Superman foi visto, e ao lado do jornalista, o leitor busca entender, através dos relatos de Lois, o que aconteceu ao Homem de Aço.
Lois relembra da paz suspeita que cercou a Terra naqueles tempos. Brainiac havia sido destruído, Lex Luthor havia desaparecido, e a maioria dos vilões do Superman estavam quietos. Até que o Bizarro, de forma abrupta, passa a atacar Metrópolis, e por fim, se suicida para acabar com seu sofrimento.
Em seguida, o Homem dos Brinquedos e o Galhofeiro revelam a identidade do Superman, queimando suas roupas com armas laser em forma de brinquedos. Em rede nacional, Clark Kent é exposto, juntamente com todos que ama.
Sabendo que seus adversários irão atrás de seus entes queridos, Superman se tranca com eles na Fortaleza da Solidão, e o pior de tudo, Brainiac, controlando a mente de Luthor, está indo atrás dele.
Moore e Swan
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Alan Moore faz parte daquele grupo de escritores ascendentes dos anos 70 e 80, aclamado por sua abordagem realista e adulta de suas tramas. Antes de fazer história com Watchmen, Moore já tinha um certo renome, e queria, acidamente, escrever o fim das aventuras do Superman.
Porém, para dar contexto, é preciso mergulhar no grande evento que fora Crise nas Infinitas Terras. Uma forma que a DC achou de dar um fim aos seus vários multiversos confusos, que hoje são separados pela Era de Ouro e a Era de Prata.
Hoje em dia, você deve conhecer essas histórias pré-Crise como sendo absolutamente devotas de continuidade. Não havia muito compromisso com seriedade, as aventuras e os vilões eram semanais, e algumas histórias eram até recicladas.
Dessa forma, Moore tinha a grande responsabilidade de fazer jus a este Superman e, é claro, dar um fim a sua história para uma nova começar.
Apesar de tudo isso, ele conseguiu. Na verdade, ambos conseguiram. A história contada aqui é de valor inestimável, mas é claro, contando uma boa trama em sua totalidade.
Constantemente vemos quadros fazendo referências aos anos do Superman da Era de Prata, como, por exemplo, a Fortaleza da Solidão, na qual os personagens passam grande parte da história.
Além disso, a história mescla os aspectos do Superman desta época com assuntos mais humanos, como amor, solidão, ódio, perda, morte. Por vezes vamos ver o nosso herói reflexivo, apreensivo sobre as decisões que o levaram até ali, e até chorando. O quadro do Superman chorando nesta história é um dos mais lembrados da década de oitenta.
Porém, nada disso seria possível sem a arte palpável de George Pérez, e do trabalho de Kurt Schaffenberger.
Veredito
Há também outras duas histórias neste exemplar da Panini, como: Superman e Monstro do Pântao: A Linha da Selva; e Para o Homem que tem tudo. Ambas histórias escritas por Alan Moore, e, também, tão boas quanto.
Em síntese, O que aconteceu ao Homem de Aço? ainda é uma história muito relevante do personagem. Com uma aura de término, que assume várias facetas, como: tristeza, ódio, despedida, desfecho.
Esta é uma das melhores histórias escritas por Moore e, claro, uma das melhores do Superman. Certamente, uma leitura essencial!
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