Código Nerd
  • Notícias
  • Especiais
  • Filmes
  • Séries
  • Literatura
  • Podcast
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Código Nerd
  • Notícias
  • Especiais
  • Filmes
  • Séries
  • Literatura
  • Podcast
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Código Nerd
Anúncio

Início » Críticas do CN42 » Críticas de Séries » Crítica | Doctor Who (2005) – 9ª Temporada

Crítica | Doctor Who (2005) – 9ª Temporada

Cauã Cardoso Por Cauã Cardoso
03:11 seg, 03/11/2025
em Críticas de Séries, Séries e TV
Tempo de leitura: 6 mins
A A
Capa da nona temporada de Doctor Who

Divulgação / BBC

A oitava temporada de Doctor Who começou uma era bastante controversa para a série atual. A estrela do programa foi substituída por um personagem mais velho, rancoroso e hostil. Assim como todo o núcleo dos episódios se resumia a sua moralidade cinzenta.

É de se esperar que muitos abandonariam a série, temendo essas novas decisões. Ainda assim, o final daquela temporada demonstrou uma maturidade de desenvolvimento que não era vista desde os anos do Décimo Doutor. Os fãs que ficaram foram recompensados, e aguardavam ansiosos por uma temporada que seguisse o mesmo rumo, continuando os questionamentos morais do agora Peter Capaldi no papel do Décimo Segundo Doutor.

Mas será que a nona temporada de Doctor Who mantêm esse nível de qualidade? Será que repete os mesmos erros?

Um doutor mais solto

Divulgação / BBC

Muita da complexidade narrativa apresentada na oitava temporada de Doctor Who tratava das difíceis relações do Décimo Segundo Doutor. Sejam elas com o universo, com seus inimigos, com sua companion, Clara, mas principalmente, com o público.

Capaldi interpretava um personagem ácido, neurótico, inumano, completamente distante de seu antecessor. Entretanto, ao longo dos episódios, víamos uma clara ascensão desse homem quebrado para um verdadeiro herói. Ou um idiota em uma caixa, como preferir.

Após um especial de natal absolutamente maravilhoso que resgatou a relação do Doutor com Clara, a nona temporada começa de forma bastante energética.

Missy, a atual encarnação feminina do Mestre, contata Clara para irem atrás do Doutor, que aparentemente desapareceu a meses. Elas o encontram em uma arena medieval, completamente escandaloso, tocando guitarra e em cima de um tanque, afirmando que estava dando uma festa de despedida, pois acreditava que iria morrer. Porém, os planos do Doutor são interrompidos quando ele, Clara e Missy são levados para Skaro, o planeta dos Daleks, reconstruído e em total funcionamento para um novo império de seus inimigos mortais.

Agora, Missy, O Doutor, e Clara precisam trabalhar juntos para escaparem do planeta e derrotarem Davros, o líder do império.

Neste cenário, avistamos um personagem bem mais divertido e, de certa forma, livre das inseguranças do arco que compôs sua temporada anterior. Dessa forma, Capaldi entrega uma atuação com mais espaço para suas nuances humorísticas, e maneirismos característicos. Ele, por exemplo, toca guitarra e substituiu sua Chave de fenda sônica por um óculos de sol sônico. Sim, isso é tão estúpido quanto parece, mas ele adora, e é hilário.

Vida, morte, e luto

Divulgação / BBC

Doctor Who é, acima de tudo, uma série de ficção científica semanal para toda a família. Muitos dos episódios são escritos e produzidos com temas diversos em mente, além de mensagens, estilos e ameaças próprias. Inclusive, alguns dos melhores episódios da série são histórias únicas e isoladas do resto das temporadas, como Blink e Midnight.

Todavia, visto que o cenário atual da televisão mudou drasticamente desde a inserção da série nos anos sessenta, os showrunners constroem mistérios e ameaças que se entrelaçam por toda a temporada. Seja em um episódio ou outro, uma cena ou outra, o season finale e o que ele aguarda sempre é lampejado de alguma forma.

Já nesta temporada, há um tema recorrente que surge em vários episódios; morte. Sejam fantasmas em uma base submarina, uma garota imortal que vive através dos séculos, ou a destruição causada pelas guerras. A nona temporada de Doctor Who prepara você e todos nós para uma inevitável e amarga perda na sua reta final, o que dá um tom bastante maduro e sombrio para a história se formos olhar com uma análise mais clínica.

É uma versão mais dosada e sofisticada da bagunça temporal e espertinha das temporadas do Décimo Primeiro Doutor, onde nada parecia fazer sentido. Aqui, mais uma vez, os sentimentos e o desenvolvimento dos personagens é posto a frente de revelações.

Tanto que os últimos dois episódios tratam do Doutor enfrentando o luto da perda de alguém importante para ele. Ambos os episódios são maravilhosos, mas Heaven Sent se destaca por sua direção e roteiro absolutamente abstratos, experimentais, e ambiciosos. Hell Bent, o último episódio, perde um pouco a linha, mas consegue dar desfecho para todo o arco de forma satisfatória.

Episódios fracos, ou não?

Divulgação / BBC

Nem tudo é perfeito, nem esta temporada. Apesar da narrativa temática bem trabalhada, a grande maioria dos episódios são fracos, para dizer o mínimo.

Uma coisa que não se pode negar sobre a era de Peter Capaldi no papel do Doutor, é que sua atuação é absolutamente fantástica, assim como as de suas companions, como Jenna Coleman. Entretanto, seus episódios sofrem com roteiros rasos, personagens nada memoráveis, e algumas histórias que não levam a lugar nenhum.

Este é um sintoma da escrita de Moffat e de forma como ele organiza suas eras. É possível ver isto com bastante força na era do Décimo Primeiro Doutor, onde seu personagem muitas vezes agia de forma inconsistente, variando de roteiro para roteiro, ficando bastante gritante na sétima temporada.

A oitava temporada abandonou as tramas longas e confusas em troca de um desenvolvimento mais coeso de seus personagens. Em troca, recebeu episódios, em sua maioria, entendiantes. Isso retorna na nona temporada, porém, de forma mais controlada.

Se comparada com sua antecessora, onde a qualidade dava saltos e pulos, pelo menos aqui a mediocridade é constante. Episódios podem ser fracos, mas pelo menos a atuação mais estabelecida de Capaldi e Coleman faz o espectador se sentir em casa.

Falando nisso, a relação do Décimo Segundo Doutor com Clara é o coração da temporada. Há quem odeie a personagem, mas é inegável a química de companheirismo que ambos os atores criam com maestria. Além disso, a adição da personagem Ashildr, de Maisie Williams, é bem-vinda como uma aliada e inimiga constante.

Há o especial de natal também, chamado The Husbands of River Song que dá um desfecho para a personagem introduzida na quarta temporada da série. Apesar de fraco em sua superfície, o final do especial é um dos momentos mais lindos de toda a série.

Veredito

A nona temporada de Doctor Who é não só a melhor temporada do Décimo Segundo Doutor, como uma das mais interessantes da série atual. Isso não faz dela uma das melhores, mas certamente uma que tenta algo novo, representando toda a gama emocional complexa do personagem de Peter Capaldi. Dando continuidade a sua psique conturbada da oitava temporada, explorando sua relação com Clara, seus demônios internos, e um retorno para casa.

Esta temporada possui um envolvimento emocional melhor, mas em troca, possui episódios não muito memoráveis. E mesmo com seus vários erros, essa é uma montanha-russa que todo fã da série vai amar.

Ver trailer

Doctor Who

9ª Temporada

Ano: 2015
Canal: BBC One
Elenco: Peter Capaldi, Jenna Coleman

NOTA

EnviarCompartilhar212Tweet133Compartilhar
Cauã Cardoso

Cauã Cardoso

Leitor compulsivo. Entusiasta de séries. Quase um cinéfilo. Obcecado por Sci-Fi e games.

Artigos relacionados

Doctor Who

Crítica | Doctor Who (2024) – 1ª temporada

Sherlock e Watson olham para a câmera, atrás deles, Londres.

Crítica | Sherlock (1ª Temporada)

Sherlock Holmes (Bennedict Cumberbatch) e John Watson (Martin Freeman) em uma imagem promocional da segunda temporada de Sherlock.

Crítica | Sherlock – 2ª Temporada

EM ALTA

  • Doctor Viscera o terror indie brasileiro

    Doctor Viscera: o terror indie brasileiro que promete dominar o Halloween

    558 Compartilamentos
    Compartilhar 223 Tweet 140
  • Halloween: entenda a ordem cronológica dos filmes da franquia

    1416 Compartilamentos
    Compartilhar 566 Tweet 354
  • Resenha | O Caso de Lady Sannox — Arthur Conan Doyle

    676 Compartilamentos
    Compartilhar 270 Tweet 169
  • Quem são as Mulheres-Aranha da Marvel?

    5379 Compartilamentos
    Compartilhar 2152 Tweet 1345
  • Resenha | Deadly Class: Vol. 3

    580 Compartilamentos
    Compartilhar 232 Tweet 145
Anúncio
Anúncio
Instagram Twitter Whatsapp Facebook Youtube

© 2025 Código Nerd — Feito com 💛 por nerds do 🇧🇷, 🇵🇹 e 🇺🇾.

Olá (de novo)! 💛

Acesse sua conta

Esqueceu sua senha?

Recuperar senha

Por favor, informe seu nome de usuário ou email para repor sua senha

Entrar
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Notícias
  • Especiais
  • Filmes
  • Séries
  • Literatura
  • Podcast

© 2025 Código Nerd — Feito com 💛 por nerds do 🇧🇷, 🇵🇹 e 🇺🇾.

This website uses cookies. By continuing to use this website you are giving consent to cookies being used. Visit our Privacy and Cookie Policy.