A minissérie DMZ, baseada na HQ da Vertigo, estreou sua primeira temporada no HBO Max.
DMZ é uma ficção científica dramática que não apela para espetáculos de um mundo pós-apocalíptico. No entanto, se aprofunda em reflexões que podem ser encaixados no mundo real.
Produzida por Ava DuVernay e roteirizada por Roberto Patino (Westworld, Sons of Anarchy), a minissérie conta a história de Alma, uma médica que entra na zona desmilitarizada de Manhattan para procurar seu filho.
Na série, uma segunda guerra civil aconteceu nos EUA. Então, Manhattan se torna uma zona desmilitarizada pouco reconhecida pelo governo. Além disso, a cidade se tornou caótica e governada pelos próprios cidadãos.
Então, cinco anos após o desaparecimento do filho de Alma (Rosario Dawnson), a médica resolve ir até o último lugar onde ainda não fora antes.
Guerra e pessoas em DMZ
Embora a temática pós-apocalíptica seja o palco da série, o desenvolvimento deixa isso em segundo plano. Porém, isso é um dos acertos da produção.
Em apenas quatro episódios, a série consegue trabalhar e focar nas emoções e relações humanas, tornando essa a principal característica da trama. Além disso, traz questões reflexivas sobre o futuro da humanidade.
Visto que a série explora as más escolhas de líderes incompetentes e, através disso, mostra as consequências que isso pode nos levar. Então, consegue falar bastante com a atual situação em que vivemos, sem se desprender da temática da trama.
No entanto, há problemas que não podem deixar de ser mencionados. Por conta do pouco número de episódios, a série peca em desenvolver a principal motivação da trama: a guerra entre as pessoas.
Portanto, fica difícil construir uma conclusão mais trabalhada. O conflito entre os dois lados políticos fica um tanto batido e mal explorado, mas não tira os principais méritos da série, que além de ser muito bem trabalhada, possui um elenco bem colocado.
DMZ se encerra com bons momentos reflexivos e uma ótima história. Merece muito uma continuação no HBO Max, para fazer jus à excelente HQ de Brian Wood.