A popularidade de animações da DC talvez seja um problema para a expectativa dos fãs. Ainda mais, quando é anunciado uma adaptação de Injustice, que marcou os videogames e quadrinhos da editora.
O problema dessa alta expectativa, é que ela pode ser facilmente quebrada e tornar a obra não tão boa quanto deveria. Contudo, Injustice consegue superar até mesmo isso em questões negativas.
O filme segue a mesma trama do jogo e da HQ. Após Superman matar Lois Lane e sua filha, e, com isso, destruir toda a cidade de Metrópolis, por conta de um atentado do Coringa, o maior herói da Terra decide se tornar um ditador contra qualquer crime que aconteça no mundo.
Agora, a Liga da Justiça é uma força doutrinadora que tenta dominar o mundo, enquanto Batman e outros heróis criam uma resistência para lutar contra a opressão.
Essa realidade alternativa da DC é, sem dúvidas, uma das mais sombrias já criada com estes personagens. No entanto, o filme de Matt Peters passa muito longe de conseguir trazer isso para as telas.
Os primeiros momentos do filme é bem-feito, e começa a construir uma trama empolgante. No entanto, antes do fim do primeiro ato, as coisas começam a se desenrolar rápido demais.
Do segundo ato em distante, a história se perde em diversas proporções. Há personagens apresentados que logo são descartados, e personagens utilizados que não são devidamente apresentados. Além disso, a história corre tanto, que nos dificulta ter uma imersão.
Os problemas continuam quanto à motivação do Superman e a da resistência, pois são pouco exploradas, assim como as péssimas decisões quanto aos diálogos.
No entanto, há pontos positivos: a animação é ótima. Os efeitos visuais são satisfatórios e tornam a experiência um pouco mais divertida. Além disso, o elenco de dublagem está bem colocado, as vozes são boas e a edição também. Mas, não vence os méritos negativos.
Injustice é confuso, sem graça e uma grande perda para o entretenimento. Sem dúvidas, uma das piores adaptações da DC para o audiovisual.