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Início » Críticas do CN42 » Crítica | Karatê Kid – A Hora da Verdade (1984)

Crítica | Karatê Kid – A Hora da Verdade (1984)

Cauã Cardoso Por Cauã Cardoso
15:02 sex, 10/02/2023
em Críticas de Filmes, Críticas do CN42, Filmes
Tempo de leitura: 4 mins
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Daniel Larusso e Miyagi em Karatê Kid

Divulgação / Columbia Pictures

Após dirigir Rocky: Um Lutador, John G. Avildsen começou a planejar sua próxima grande produção, com um estilo narrativo até parecido.

Superação, treinamento, amor e juventude, seriam os elementos que fariam parte desse protótipo. Não é atoa que sua visão tinha grande potencial, pois Karatê Kid – A Hora da Verdade, se tornou um dos maiores clássicos dos anos oitenta.

Premissa

Divulgação / Columbia Picture

À primeira vista, a premissa do longa parece bastante simplória. Daniel Larusso e sua mãe estão se mudando de Nova Jersey para a Califórnia. Na cidade de Los Angeles, Daniel precisa se reestabelecer em um mundo praticamente novo.

Enquanto joga bola na praia, ele conhece Ally, e logo se interessa por ela. Contudo, os flertes de Daniel são logo interrompidos, pois o ex-namorado de Ally, Johnny Lawrence, discute com ela. Decidido a ajudar, e a impressionar Ally, Daniel tenta intervir, mas é logo espancado por Johnny.

Em seguida, Daniel passa a ser provocado na escola pelos amigos de Johnny. O mesmo é o aluno mais promissor do Dojo de Karatê local, Cobra Kai, que ensina seus alunos meios violentos e descontrolados de combate. Para Cobra Kai, não existe piedade, para Cobra Kai, não existe fraqueza.

Eventualmente, a situação sai do controle na noite de Hallowen. A medida que Daniel passa a provocar Johnny, e vice-versa. Quando vai levar uma surra de Lawrence e seus amigos, Daniel é salvo pelo zelador do prédio em que mora, Miyagi, um senhor de idade que até então escondia suas verdadeiras habilidades de Karatê.

Miyagi propõe uma trégua ao sensei de Johnny, Kreese, que aceita a proposta. Tudo será decidido no torneio de Karatê em poucas semanas, até lá, Daniel precisa aprender Karatê.

A jornada de Daniel Larusso

Divulgação / Columbia Pictures

Antes de tudo, espera-se que Daniel seja o típico mocinho desses filmes oitentistas. Um garoto inseguro, que sofre bullying, e aprende uma lição sobre humildade no final. Mas, o filme segue uma proposta completamente inesperada.

Por muitas vezes, Daniel se mostra um garoto arrogante, teimoso, agressivo e explosivo. Não só ele provoca Johnny e seus amigos a persegui-lo, como também, sua insistência em conquistar o coração de Ally o leva ao centro da trama.

Essas mensagens ficam um tanto quanto vagas no primeiro ato, mas, após Daniel começar seu treinamento, fica claro o rumo que a história irá tomar.

Neste filme, o Karatê possui diversas faces. Ele é um estilo de luta, uma arte de defesa, uma benção ou uma maldição, um estilo de vida.

Daniel é um garoto sem equilíbrio em sua vida, e é com a ajuda de Miyagi, e do Karatê, que ele aprende a maneirar seu ser. Enquanto os garotos do Cobra Kai usam o Karatê de forma bruta, e crua.

Miyagi certa vez comenta não haver alunos ruins, apenas professores ruins, o que explica a indiferença do roteiro com bem e mal neste filme.

Direção

Divulgação / Columbia Pictures

Apesar da mensagem interessante, Karatê Kid é um produto de seu tempo. É um filme nos anos 80. E quando falamos, nos anos 80, queremos dizer que é um filme preso aos anos 80.

Por vezes, músicas sem nexo ou justificativa vão tocar sem parar no fundo, enquanto diálogos são falados, ou eventos importantes para a história acontecem. Dependendo do quão alto esteja o seu aparelho, ou do quanto você se importa com cada fala dos personagens, isso pode ser um problema.

A direção se propõe a abraçar um espetáculo visual constante na tela.

Constantemente, vamos ver ângulos glorificados de praias, ruas, palmeiras. O filme de certa forma entrega uma carta de amor para a Califórnia, o que é sentido no roteiro. Garotas bonitas, parques de diversões, por aí vai.

Como resultado, o filme possui uma identidade visual perceptível. Bem como Rocky: Um Lutador, feito pelas mãos do mesmo diretor.

Veredito

Karatê Kid – A Hora da Verdade é um filme com prós e contras. De um lado, temos uma história com uma mensagem atemporal, onde o espectador pode se identificar com as constantes falhas de seu protagonista. Do outro, temos um longa-metragem moldado pela década em que foi feito, com muitos elementos que não envelheceram tão bem.

Independente de tudo isso, Karatê Kid continua um clássico de sua época, e talvez, do cinema. A história de Daniel Larusso ainda será lembrada por gerações a vir.

A trilogia Karatê Kid está disponível na Netflix.

Leia mais sobre: Karatê Kid.

Ver trailer

Karatê Kid – A Hora da Verdade

The Karate Kid

Ano: 1984
Duração: 126
Direção: John G. Avildsen
Roteiro: Robert Mark Kamen
Elenco: Ralph Macchio, Pat Morita, Elisabeth Shue, William Zabka

NOTA

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Cauã Cardoso

Cauã Cardoso

Leitor compulsivo. Entusiasta de séries. Quase um cinéfilo. Obcecado por Sci-Fi e games.

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