Dirigido por Tom Holland (não é esse que você está pensando), A Hora do Espanto é um dos clássicos filmes de vampiro. O longa está disponível no catálogo da Netflix. Mas, afinal, será que ele envelheceu mal?
No filme, acompanhamos Charley (William Ragsdale), um jovem viciado em programas de terror. Ele acredita fortemente que seus novos vizinhos são vampiros disfarçados, após presenciar uma situação questionável. Ele pede ajuda a um suposto caçador de vampiros e alerta seus amigos.
O estilo contido de A Hora do Espanto
É interessante como o filme não se preocupa em fazer uma história absurda ou ambiciosa. Logo nos primeiros dez minutos, somos apresentados a esta premissa e a história nunca ultrapassa essa linha. De vez em quando, existe espaço para o filme tratar do que está acontecendo com comicidade, o que entretêm.
Charley é o típico protagonista em que ninguém acredita, mas, nós sim. Tudo que ele testemunha torna-se no mínimo assustador, além de nos preocuparmos quando ele está em perigo.
Mas, de todo o elenco, que é ótimo, quem se destaca mesmo é Chris Sarandon. O filme trata sobre tentação, então, a postura e visual adotados para esse vampiro são o ponto-alto da trama. O ator traz charme para sua figura, em um tom que assustaria qualquer um.
Dessa forma, existem ótimas e inesperadas decisões que o roteiro toma. Alguns desses personagens secundários que acompanhamos, sempre acabam se tornando alguma coisa na trama e nos surpreendem, com poucas exceções.
Contudo, este não é um filme perfeito. Existem certas contradições e inúmeras situações das quais podemos questionar. São detalhes que, por mais que não atrapalhem a experiência em sua totalidade, é fácil de notar. Além de coisas que poderiam ser melhor abordadas, além da montagem que não tem timing.
Os incríveis efeitos práticos
O filme trabalha muito bem sua pontualidade com as ameaças. As interpretações são muito convincentes, mas é indiscutível o refino no visual dos vampiros e suas formas. Os efeitos práticos continuam fantásticos, mesmo hoje em dia.
Muitos filmes recentes avançaram consideravelmente nos efeitos especiais. E, mesmo que nossos olhos saibam como distinguir o que é artificial ou não, tudo feito no terror de maneira manual se torna mais desconcertante e grotesco aos olhos.
Nesse sentido, é impressionante a criatividade dos idealizadores por trás, que trouxeram figuras realmente medonhas. Existe muita inventividade nas transformações e no processo para isso acontecer, a realidade se distorce de maneira palpável.
Portanto, A Hora do Espanto possui seus problemas pontuais, contudo, a maneira com que ele trabalha sua premissa, garante o divertimento. O filme sabe zombar de si, nos impactar visualmente e trazer bons personagens para compor esse mistério tão instigante.