Dirigido por Gavin Hood, X-Men Origens: Wolverine foi o filme que o público tanto esperava acontecer, afinal, o personagem ficou muito marcado na primeira trilogia dos X-Men. Sendo o primeiro spin-off da saga, o longa conta a origem desse personagem que tão pouco sabíamos nesses filmes.
No filme, Logan (Hugh Jackman) está vivendo uma vida normal e feliz com Kayla (Lynn Collins). Porém, sua paz é quebrada quando Victor (Liev Schreiber), seu irmão, assassina Kayla brutalmente. Querendo se vingar, Logan se submete ao programa Arma X. No entanto, ele não sabe as revelações que o aguardam.
X-Men Origens: Wolverine e o preenchimento de lacunas

Em X-Men 2, havíamos poucos vislumbres sobre a origem de Wolverine. Sempre houve esse benefício da dúvida a respeito de como ele se tornou o que é, afinal, nem mesmo ele sabe sua verdadeira origem.
Então, o filme se preocupa em nos dar algumas dessas respostas, como, por exemplo: Qual o motivo do nome ”Wolverine”? O que levou ele ao programa Arma X? Por que ele não se lembra de nada no futuro?
A parte realmente boa do filme é quando temos o adamantium sendo injetado em seu esqueleto. É nesse momento, onde conseguimos sentir a agonia daquela situação e Hugh Jackman extravasa toda a raiva do personagem. Enquanto isso, também temos Liev Schreiber, que traz uma presença intimidadora como Dentes-de-Sabre.
No entanto, esses são os poucos elementos que podemos salvar do filme e, mesmo assim, soam abrupto na trama. Algumas contextualizações são interessantes, porém, o que interliga elas na mesma história, não deixa o filme melhor. Acima de tudo, deve haver um bom desejo criativo por trás, que, não se mostra durante a experiência.
As ideias originais do filme

O filme sofre muito na forma com que conta essa história. As decisões dos personagens são tomadas facilmente, da mesma forma que são revertidas. Assim, o roteiro soa muito apressado, não dando tempo para uma motivação sólida dos personagens. A subtrama dos mutantes fugindo é vaga e o ”Deadpool” no final, beira ao ridículo, felizmente, Ryan Reynolds teve sua redenção anos depois.
Nesse sentido, os personagens aparecem, não conseguem criar relação, desaparecem e retornam em algum momento. É muito difícil se afeiçoar a tudo que está acontecendo, as coisas simplesmente acontecem. Pelo menos, tem uma única virada realmente interessante.
As cenas de ação usufruem muito de câmera lenta. Elas tentam gerar um impacto visual, com vários cortes e personagens dando o máximo de si. Contudo, elas não marcam como deveriam, mas, remetem a videoclipes. Além de muitos efeitos especiais, que já soam datados.
Portanto, X-Men Origens: Wolverine falha muito onde deveria acertar. Não tem tempo para causar impacto ou qualquer tipo de vínculo com essa história e personagens. Além de furar a linha do tempo dos X-Men, ele se torna mais um filme desnecessário. Se for para contar uma história mal-feita, era melhor ter nos deixado com a dúvida.
A Avaliação
X-Men Origens: Wolverine (2009)
X-Men Origens: Wolverine falha muito onde deveria acertar. Não tem tempo para causar impacto ou qualquer tipo de vínculo com essa história e personagens.
Detalhes da avaliação;
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Nota