Viagem no tempo é uma narrativa muito utilizada na cultura pop em diversas mídias diferentes, principalmente no cinema, séries, quadrinhos e livros. O assunto sempre se torna algo controverso e/ou complexo quando utilizado, pois normalmente não é o centro da atenção das tramas, mas sim, apenas como plano de fundo para discussões mais complexas.
As viagens no tempo também possuem diferentes mecanismos e conceitos quando abordadas em histórias. Neste artigo, selecionamos três livros com diferentes conceitos de viagem no tempo. Confira:
O Fim da Eternidade — Isaac Asimov
Isaac Asimov, mais conhecido como o Bom Doutor, é um dos maiores nomes da ficção científica de todos os tempos. Entre suas obras mais famosas, O Fim da Eternidade é a história em que aborda viagem no tempo e muitas discussões reflexivas sobre livre arbítrio, destino e também, uma história de amor poderosa.
No livro conhecemos Andrew Harlan, membro de uma organização que monitora e controla o tempo, conhecida como Eternidade. Sua função é iniciar Mudanças de Realidade que alteram o curso da história, Harlan lida com o destino de bilhões de pessoas. As coisas começaram a mudar na vida do homem quando ele conhece Noÿs Lambent, uma atraente mulher que abala suas estruturas e o apresenta um sentimento desconhecido por ele: o amor. Agora ele terá de arriscar seu emprego, sua vida e até mesmo o curso da história para poder manter essa mulher a salvo.
A viagem no tempo de Asimov neste livro, é muito mais complexa do que parece, pois, o presente deixa de existir, visto que os protagonistas vivem se deslocando pelo tempo em futuros e passados extremamente distantes uns dos outros.
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Recursão — Blake Crouch
A ficção científica se renova constantemente e traz nomes novos para o cenário de autores. Entre estes, Blake Crouch vem ganhando destaque por suas excelentes obras, Matéria Escura e Recursão. E é sobre esse último que vamos falar aqui. O livro usa o Efeito Mandela para criar suas viagens no tempo. As lembranças podem ser trocadas por outras, de um modo que exista uma falsa memória que impeça a pessoa de saber o que é real. No entanto, o livro vai mais afundo quando coloca máquinas do tempo na discussão da história.
O livro apresenta a história de Barry Sutton, um policial que perdeu sua filha há 11 anos, e agora investiga alguns casos de SFM (Síndrome das Falsas Memórias) onde as pessoas têm lembranças de duas realidades sem saber qual é a real. Depois, conhecemos Helena Smith, uma neurocientista que dedica sua vida em busca da cura para o Alzheimer. Quando Helena conhece um dos homens mais ricos do mundo, que decidem financiar seu projeto, ela descobre que o rumo que sua invenção tomou foi totalmente de seu propósito, se transformando em algo que só pode ser descrito como caos.
E no meio de discussões reflexivas que se aprofundam na própria existência humana, há uma das melhores e surpreendentes histórias de viagem no tempo dos últimos anos.
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Periféricos — William Gibson
Considerado o pai do cyberpunk, William Gibson, retornou a ficção científica futurista com o recente livro Periféricos, onde aborda discussões profundas em uma trama policial que mergulha em uma das formas mais criativas de viagem no tempo.
A narrativa do livro acontece em dois futuros diferentes, um onde conhecemos Flynne, uma jovem garota que aceita uma proposta para trabalhar no lugar de seu irmão em um evento que acontece dentro de um videogame de realidade virtual, onde acaba presenciando um assassinato.
No segundo futuro, conhecemos Wilf Netherton um homem que vive em um mundo cheio de tecnologia extrapolada e quase sem vida humana, onde é possível alugar corpos chamados de “periféricos”. Depois de um evento chamado “Sorte Grande”, boa parte do mundo foi despovoado.
A viagem no tempo acontece quando, no futuro de Wilf, acidentalmente se descobrirá uma forma de transmitir dados de um lado para o outro no tempo, através de um constructo que liga passado com futuro. Assim, quando Flynne presenciou o assassinato no videogame, na verdade, se tratava de um assassinato real de uma cliente de Wilf, visto que eles estavam interligados no tempo através de dados.
A trama então liga Wilf e Flynne em busca do assassino em uma trama policial detetivesca, cheia de reviravoltas e discussões políticas, reflexivas e impertinentes.
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