“Há muito tempo, numa galáxia muito distante…” Com esta simbólica frase inicia-se uma das maiores obras cinematográficas de todos os tempos, que abriu as portas da imaginação para inúmeros autores, diretores, roteiristas e etc… a criarem obras que fazem parte do coração dos nerds e diversas mídias diferentes na cultura pop mundial.
Criada pela mente de George Lucas, a épica aventura espacial está presente nos cinemas, televisão, livros, quadrinhos, games e animações há mais de 40 anos, e ainda não há indícios para que essas aventuras terminem, uma vez que a obra de Lucas se tornou um universo tão vasto, que a cada nova história criada, novos núcleos para novas aventuras aparecem.
Vamos falar neste artigo, um pouco mais sobre o lançamento desta obra, e de seu vasto universo expandido, e se você ainda não assistiu aos 11 filmes lançados até aqui, este artigo pode contar um ou outro spoiler, leia por sua conta em risco.
O bem contra o mal, e a nova esperança da galáxia
Em meados de 1973, George Lucas escrevia as primeiras linhas de um conto complexo demais para ser compreendido, cujo intitulou de Os Diários dos Whills, onde Lucas contaria a história de CJ Thorpe, o discípulo “jendi bundu” do lendário Mace Windy. Inspirado em obras como “Flash Gordon” e “A Fortaleza Escondida” (1958), de Akira Kurowasa, Lucas decidiu que deveria mudar o nome de sua ópera espacial para “Guerra nas Estrelas”.
Após muitas recusas de grandes estúdios, a ideia maluca foi comprada por Allan Ladd Jr do estúdio 20th Century Fox, que apostou forte no potencial de George Lucas.
Com estreia em 1977, a história de Lucas apresentava a luta do bem contra o mal, numa galáxia comandada por um sistema opressor e totalitário, conhecido como o Império Galáctico. Para se opor as forças imperiais, criou-se a Aliança Rebelde, soldados destinados à dar sua vida para trazer de volta a paz na galáxia. Eles são surpreendidos quando o império e o temível vilão Darth Vader, apresentam uma arma com poder de destruir um planeta inteiro, a estação espacial chamada Estrela da Morte. A partir deste ponto, os rebeldes contam com a ajuda do velho mestre Jedi, Obi Wan Kenobi para a destruir a arma.
No planeta Tattooine, os droids C3PO e R2D2, levam o pedido de ajuda da Princesa Leia Organa para o velho Jedi, porém, uma raça nativa do planeta conhecidos como Jawas, os roubam para vendê-los à uma família de fazendeiros locais, sendo um deles o jovem Luke Skywalker. Luke, acidentalmente descobre a mensagem e leva à Obi Wan Kenobi, e acaba descobrindo pelo Mestre Jedi, que seu pai fora um Jedi, morto pelas mãos de Darth Vader, e que possuía também, os tais poderes da Força, como seu pai antes dele.
Luke vê sua família ser morta por imperiais que procuravam pelos droids e então decide entrar na missão junto com Obi Wan, para saber mais sobre sua história e vingar seu pai. Assim, eles contratam o contrabandista Han Solo e seu fiel parceiro Chewbacca, para levar eles até o setor imperial da Estrela da Morte. Os heróis embarcam na nave espacial Millenium Falcon para dar início a maior aventura espacial de todos os tempos.
George Lucas viu nesta história uma forma de ensinar ética as crianças, o que foi muito além, pois ensinamentos e ideias postas desde o primeiro filme até o último, ensinaram não só as crianças, mas também pessoas de todas idades.
A saga Skywalker e a explosão cultural
George Lucas sabia que o que havia feito era uma história excelente, e que seu trabalho seria lembrado por muito tempo na indústria cinematográfica. O que ele não sabia é que a aventura de “Guerra nas Estrelas” ocuparia um lugar nos próximos 40 anos de sua vida e de toda a cultura pop mundial.
Inicialmente, o objetivo de Lucas era apenas um filme sobre as aventuras de Luke “Starkiller” (que veio a ser chamado de Skywalker), mas à medida que a história dos Jedi ia se desenvolvendo, ele percebeu que poderia se pensar em mais nove filmes na galáxia muito distante, e assim, surgiu a “parte do meio”.
Em 1980, o mundo recebia o épico e fantástico Guerra nas Estrelas: O Império Contra-Ataca, o filme que trouxe uma das mais famosas trilhas sonoras e plot twists da história do cinema, sendo considerado por muitos o melhor filme pop da década — e o preferido do autor que escreve este artigo. É neste filme que aprofundamos mais na história de Darth Vader, e conhecemos os poderes da Força, além de inúmeros ensinamentos pelo icônico Mestre Yoda, o que fez o filme se tornar tão respeitado por todos os anos após seu lançamento.
Em 1983, estreou a terceira e última parte da trilogia inicial, da batalha da Aliança Rebelde contra o Império Galáctico, do bem contra o mal, dos Jedi contra os Sith. Guerra nas Estrelas: O Retorno de Jedi apresentou ao mundo o Imperador Palpatine, e toda sua vilania, além de outros personagens que influenciaram na expansão do universo da saga, como o monstruoso Jabba The Hutt, o caçador de recompensa Bobba Fett, e o charlatão galanteador Lando Calrissian. Neste filme, muitas lições e aprendizados são tirados, como o poder do perdão, da coragem e do amor. Fazendo com que a ideia de Lucas de ensinar ética fosse concretizada.
Star Wars marcou toda uma era de efeitos especiais, com os stop motion e as naves em miniaturas penduradas por fios de nylon, seus efeitos práticos foram reutilizados em muitas outras obras e blockbusters, principalmente filmes de scifi e fantasia lançados na década de 80.
A partir de então, os lançamentos se tornaram numerosos. Livros feitos por fãs, jogos de RPG e quadrinhos eram os assuntos entre os nerds e amantes de Star Wars pelo mundo inteiro.
A Ameaça Fantasma, e o retorno à galáxia muito distante 16 anos depois
Depois do sucesso do filme em 1983, George Lucas resolveu deixar seu filho prodígio em stand by por uns anos, mas em 1999 quando ninguém esperava, estreou nos cinemas Guerra nas Estrelas: A ameaça Fantasma. Depois de uma década da primeira trilogia, muitas coisas haviam mudado no cenário do cinema, e os efeitos práticos utilizados antigamente, foram substituídos por imagens geradas por computadores (CGI). Além de que a popularidade da saga havia mudado, depois dos lançamentos dos quadrinhos pela Dark Horse Comics, o que ajudou Lucas a ultrapassar muitos dos obstáculos que tinham surgido durante a realização da trilogia original.
Esta nova trilogia ficou conhecida como “prequel” e desta vez a história passa 35 anos antes de Uma Nova Esperança, e conta como nasceu Darth Vader, o Império Galáctico e a Aliança Rebelde, fazendo com que a ordem dos filmes mudasse. A trama segue o rasto do jovem Anakin Skywalker, descoberto ainda criança pelo mestre Jedi Qui Gon Jin e seu “padawan”, Obi Wan Kenobi. Qui Gon Jin acreditava que Anakin era o escolhido da Força para acabar com o lado Negro e trazer equilíbrio para a Força. Porém, aliciado pelo lado negro, o jovem acaba por fazer o contrário.
A nova trilogia seguiu com os lançamentos em 2002, com Guerra nas Estrelas: O Ataque dos Clones, e em 2005 com o excelente Guerra nas Estrelas: A Vingança dos Sith. Embora os filmes apresentem tramas bem construídas e diálogos políticos muito bem elaborados, a nova trilogia não foi muito bem aceita por antigos fãs, que esperavam muito mais da história de origem daquele que viria a ser o vilão mais temido da galáxia. Por outro lado, muitos jovens puderam ter a sensação de assistir a nova trilogia no cinema, e conheceram uma nova galáxia, cheia de ótimos personagens e com o fechamento emocionante do último filme que aumentou ainda mais o conteúdo do universo expandido da saga.
Além disso, nesta trilogia finalmente vemos o icônico mestre Yoda lutar com seu sabre de luz, o que deixou qualquer fã no mínimo muito feliz.
Um novo despertar, e a divisão de fãs
Durante quase 10 anos, George Lucas jurou que a história da “galáxia muito distante” havia terminado no Episódio III: A vingança dos Sith, contudo em 2012, a Walt Disney anunciou que havia comprado a Lucasfilm (empresa de George Lucas), e que Guerra nas Estrelas iria regressar, mas dessa vez, sem George Lucas.
Com produções muito maiores, a casa do Mickey Mouse, produziu três filmes para a saga Skywalker, dois spin offs e mais uma série de televisão, sendo o primeiro filme lançado em 2015, intitulado Star Wars: O Despertar da Força.
A nova aventura espacial contaria uma história “sequel”, passando 30 anos após a queda do Império no Episódio VI: O Retorno de Jedi, desta vez, Luke Skywalker está exilado, e a Primeira Ordem comandada pelo Supremo Líder Snoke, cresce espalhando terror e medo pela galáxia. Assim os soldados da Resistência liderado pela General Leia Organa, procura desesperadamente pelo mapa que os levaria até o Mestre Jedi Skywalker, como esperança de deter Kylo Ren, Snoke e a Primeira Ordem.
Conhecemos nesta história a jovem Rey, o ex-stormtrooper da Primeira Ordem, Finn e o simpático droid BB-8, além do piloto Poe Dameron, e os acompanhamos embarcar na Millenium Falcon em busca de Luke Skywalker. Os novos heróis contam com a ajuda de Han Solo e Chewbacca, que precisam parar Kylo Ren ou Ben Solo, o filho de Han Solo e Leia. A Primeira Ordem apresenta uma nova arma, muito maior e mais poderosa o que a Estrela da Morte, então mais uma vez, os bravos soldados precisam deter esta arma para salvar a galáxia do medo e da destruição.
O início da nova trilogia, embora apresente excelentes personagens e uma boa ideia da nova aventura em que estamos ambientados, é inegável que o roteiro da primeira parte seja muito parecido com o Episódio IV. O que gerou um desconforto grande entre os fãs antigos da saga, que sabiam exatamente o que esperar no final da história. Mesmo assim, o filme foi campeão de bilheterias e vendeu mais de 1 bilhão de ingressos para os cinemas em todo o mundo, trazendo inúmeros novos fãs.
A sequência deste filme talvez seja o maior divisor de fãs de toda a saga, em 2017 o diretor Rian Johnson entregou Star Wars: Os Últimos Jedi. O filme mais diferente de toda a saga, que mudou muita coisa que todos os fãs estavam acostumados. George Lucas costumava dizer que os filmes eram como poesia, e rimavam entre si, porém este é totalmente diferente, até a trilha sonora ficou diferente dos demais, fazendo com que os fãs perdessem um pouco o gosto pela nova trilogia, e dividindo de vez os fãs de forma geral. Mas, ainda é um filme muito bonito, com as mensagens éticas passadas pelo mestre Yoda e uma nova visualização para os poderes da Força, o que fã nenhum pode botar defeito.
E então o mais controverso filme de toda a saga, considerado por muitos o pior já lançado, Star Wars: A Ascenção Skywalker, teve sua esteia em 2019 e foi dirigido pelo diretor J.J Abrams, o mesmo que dirigiu o Episódio VII. O filme desagradou muitos fãs pela história corrida, e pela alteração de muitas coisas estabelecidas na franquia. O que não faz o filme ser exatamente ruim, apenas o pior entre os nove lançados, pela opinião de muitos críticos e fãs — e o do autor deste artigo.
As animações, televisão e a expansão do universo
Em 2016, a Disney lança o filme Rogue One: Uma História Star Wars, sem dúvidas uma das melhores coisas sobre a saga já lançadas até hoje. Uma aventura que se passa entre os Episódios III e IV, e conta como os Rebeldes conseguiram os segredos da falha na Estrela da Morte, o que os ajudou a vencer a batalha no final do Episódio IV.
Além deste, a empresa do ratinho bilionário, também lançou o spin off Solo: Uma História Star Wars em 2018. Apesar de ter sofrido um pouco nas mãos dos críticos e de alguns fãs do contrabandista mais famoso das galáxias, o filme ainda é uma divertida aventura. E também não podemos esquecer do clássico Caravana da Coragem (1984), que se passa no planeta Endor, onde acontece a batalha final do Episódio VI, e também é considerado parte do universo de Star Wars.
Além dos filmes, a Star Wars também está presente nas séries animadas produzidas pelo canal Disney XD, sendo elas Clone Wars, que se passa entre os Episódios II e III, apresentando mais da antiga República, a Guerra dos Clones e um pouco mais do lado pessoal de Anakin Skywalker, além de trazer grandes arcos para o universo da saga e ótimos personagens.
Além dessa, a excelente série Rebels, que nos apresenta os tripulantes da nave Ghost e o início das células rebeldes que lutavam contra as forças imperiais. Rebels é uma das coisas mais fascinantes do universo canônico de Star Wars.
Além destas, ainda tivemos as séries Star Wars: Forces of Destiny que conta histórias paralelas das heroínas da saga, e Star Wars: Resistence que se passa entre os Episódios VII e IX. Porém o aspecto mais “infantil”, fez que com que os episódios fossem menos conceituados entre os fãs.
No ano de 2019, chegou pelo Disney Plus, a nova série do universo de Star Wars, a primeira exibida em live-action, The Mandalorian. A série que se passa pós a queda do Imperador e antes do nascimento da Primeira Ordem, conta a história de um caçador de recompensas Mandaloriano, que precisa decidir em tomar a decisão entre o certo e o errado, quando encontra uma criança que possuí ligação com a Força.
Além das animações, spin off’s, e seriados, a saga de Star Wars também é muito rica nos games, livros e quadrinhos, tendo muitos lançamentos considerados canônicos, e muitos considerados Legends — histórias que não fazem parte da trama original da saga, mas que não deixam de ser de muita qualidade. Bom, pelo menos na maior parte das vezes…
Ordem cronológica dos filmes e séries:
É, podemos afirmar que com estes tantos lançamentos fica meio confuso se achar na hora de assistir e como assistir. Para quem gosta de acompanhar o universo em sequência, separamos abaixo a ordem cronológica dos filmes e séries, onde se passam cada uma das histórias.
Episódio I – A Ameaça Fantasma (1999)
Episódio II – O Ataque dos Clones (2002)
Star Wars: Clone Wars (animação 2008 – atualmente)
Episódio III – A Vingança dos Sith (2005)
Solo – Uma História de Star Wars (spin off 2018)
Star Wars – Rebels (animação 2014 – 2018)
Rogue One – Uma História de Star Wars (spin off 2016)
Episódio IV – Uma Nova Esperança (1977)
Episódio V – O Império Contra Ataca (1980)
Episódio VI – O Retorno de Jedi (1983)
A Caravana da Coragem (spin off 1984)
Mandaloriano (série 2019 – atualmente)
Star Wars – Resistence (animação 2018 – atualmente)
Episódio VII – O Despertar da Força (2015)
Episódio VIII – Os Últimos Jedi (2017)
Episódio IX – A Ascensão Skywalker (2019)
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