Há algum tempo a Netflix perdeu um pouco “a mão” nos filmes de terror de produção própria. Focou em ótimos trailers, para chamar atenção do espectador, mas pecou nas tramas em si.
O filme Eli não fica muito atrás desse desfalque da gigante dos streamings. Tem um ótimo trailer, repleto de tensão e suspense, mas infelizmente não passa disso. Outros poucos momentos de susto a mais correm no decorrer do longa.
A trama mostra a vida do garoto Eli (Charlie Shotwell), que por ter uma rara doença precisa viver em uma bolha. Para ajudar ao filho a viver normalmente seus pais o levam a uma clínica, no meio do nada, com a promessa de cura. Logo de cara, já dá para perceber que algo está errado naquela clínica. Eli também percebe, vivenciando momentos estranhos e descobrindo segredos do local e até mesmo sobre a vida de seus pais.
Mesmo com um roteiro clichê e arrastado, a trama nos ganha com a fotografia e a boa atuação do protagonista, exagerada no ponto certo. Essas qualidades ajudam na falta de vários elementos importantíssimos para um bom thriller. A doença do menino é um ponta-pé inicial muito bacana, mas foi abordada de forma chata e sem muita empolgação no restante da trama.
Eli não chega a ser uma perda de tempo, é o famoso tipo ‘assistível’ de filme, ainda mais pelo fácil acesso em conseguir assisti-lo. Tinha tudo para ser um ótimo suspense, mas não foi.