Código Nerd
  • Notícias
  • Especiais
  • Filmes
  • Séries
  • Literatura
  • Podcast
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Código Nerd
  • Notícias
  • Especiais
  • Filmes
  • Séries
  • Literatura
  • Podcast
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Código Nerd
Anúncio

Início » Filmes » Crítica | O Lobo de Wall Street (2013)

Crítica | O Lobo de Wall Street (2013)

Karlos Eduardo Por Karlos Eduardo
23:11 sex, 11/11/2022
em Críticas de Filmes, Filmes
Tempo de leitura: 4 mins
A A
Divulgação / Universal Pictures

Divulgação / Universal Pictures

Dirigido por Martin Scorsese, O Lobo de Wall Street é uma das grandes obras-primas da década de 2010. Baseado na obra homônima de Jordan Belfort, o longa de comédia, drama, policial e biografia, dificilmente irá desagradar quem assiste, muito por saber explorar bem todas as suas categorias. É quase hilário pensar que foi indicado a cinco categorias no Oscar e não levou uma estatueta sequer.

No filme, Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio) é um ambicioso corretor da bolsa de valores, que, gradualmente, cria um verdadeiro império e enriquece rapidamente, porém, de forma ilegal. Ele e seus amigos são introduzidos a um mundo de excessos, mas é claro que seus métodos ilícitos despertam a atenção do FBI.

E lembrando: caso você ainda não tenha assistido, o filme está disponível no catálogo do HBO Max.

O glamour de O Lobo de Wall Street

Divulgação / Universal Pictures

O filme em sua longa duração poderia facilmente cair em um tom maçante. Mas justamente pelos temas tão fabulosos retratados nessa história, fica difícil desgrudar da tela. Scorsese muitas vezes retratou da máfia em sua filmografia, e aqui não deixa de ser também. Todo o esquema de lavagem de dinheiro e as alianças que podem ser traídas a qualquer momento são presentes nesse meio corporativo; que devido ao imensurável retorno monetário, faz esses engravatados viverem como reis.

E justamente por eles esbanjarem dinheiro, que há um certo descontrole em suas atitudes, permitindo que as situações mais extremas aconteçam. É tão absurdo e fora da realidade, que acaba sendo cômico toda essa libertinagem e externalização de asneiras, um idiota no bom sentido. Os personagens estão sempre falando em cima um do outro, com diálogos ágeis e abordagens distintas, mas nunca fazendo o espectador ficar perdido. E, mesmo aqueles que têm o mínimo de duração em tela, acabam por ter uma parcela de importância narrativa.

Nesse sentido, a imagem de Jordan Belfort é o prisma que conecta essa gigantesca história, e ele precisava ter um espaço de destaque. É realmente fascinante como ele se instaura nesse meio e articula suas vendas, tornando todas as ofertas irrecusáveis. Seu estilo de falar, movimentações calculadas e o roteiro que seguia não ofuscam suas inúmeras atitudes questionáveis consequentes de sua ganância e vícios. Sendo assim, suas contradições e qualidades são o que deixam-no tão complexo e multifacetado.

Então, a interpretação de Leonardo DiCaprio é visceral em todos os sentidos. Suas expressões transcendem um novo tipo de carisma, acompanhadas de doses de fúria e uma excelente comédia física. Ele passa essa confiança que o papel demanda em cada palavra dita, incorporando essa obsessão de maneira que chega a emocionar. Ele divide tela com um estupendo Jonah Hill, que pontua perfeitamente seu tempo de tela com comédia e um real convencimento de sua amizade com Jordan; e também, uma jovem Margot Robbie que transborda talento nas cenas dramáticas.

Uma romantização?

Divulgação / Universal Pictures

Mesmo com o lado biográfico tendo seu lado chamativo e a comédia garantindo a diversão, vale dizer que, no fim do dia, o filme se mostra muito realista. Jordan, que passa o filme todo agindo sem limites e voando perto demais do sol, acaba sendo consumido por suas próprias compulsões e se leva à ruína. Mesmo esse filme tendo um excepcional uso da quebra da quarta parede e consequentemente uma narração, esses artifícios, muitas vezes, ilustram a arrogância do protagonista e mostra porque não deveríamos confiar nele; afinal, ele literalmente subestima nossa inteligência.

E essa é uma assinatura típica dos filmes do Scorsese: primeiramente ele mostra o esplêndido da coisa, como aquilo pode ser elegante e benéfico para quem está enquadrado. Depois, a realidade vem à tona e ela, na verdade, é bem trágica, já que a própria obsessão humana naturalmente se sabota. Assim, uma simples cena da filha de Jordan escondida na cozinha assistindo seu pai e amigo completamente drogados, mostra o ponto de vista de outras pessoas ao redor, e como aquilo pode ser traumatizante. A sequência final com Naomi também transmite um ar de angústia, visto como aquele momento é real e cru, nos gerando medo do que pode acontecer.

Portanto, O Lobo de Wall Street é um misto de várias coisas diferentes, que graças aos envolvidos dentro e fora da tela, se torna um magnífico e singular acerto. É uma experiência bizarra e imprevisível, que proporciona desde o senso de deslumbramento até um sentimento mais aflitivo. Com um protagonista cheio de camadas, junto de uma montagem desenvolta que adentra em suas loucuras, temos um filme perfeito. Aqui surge não só o melhor filme de Leonardo DiCaprio, mas o melhor filme de Martin Scorsese.

Ver trailer

O Lobo de Wall Street

The Wolf of Wall Street

Ano: 2013
Duração: 180
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Terence Winter
Elenco: Leonardo DiCaprio, Jonah Hill, Margot Robbie, Kyle Chandler, Jean Dujardin

NOTA

EnviarCompartilhar289Tweet181Compartilhar
Karlos Eduardo

Karlos Eduardo

Apesar de ainda jovem e eternamente aprendiz, completamente apaixonado por toda a beleza que compõe o cinema. Tentando sempre expandir mais o olhar cinematográfico com minhas fontes de inspiração, seja nos próprios filmes ou em quem fala sobre eles.

Artigos relacionados

A Odisseia | Confira o elenco da próxima produção de Christopher Nolan

Crítica | Boyhood: Da Infância à Juventude (2014)

Crítica | Boyhood: Da Infância à Juventude (2014)

Pôster destaque de filmes que você precisa ver uma vez na vida

Top 11 | Filmes que você precisa ver uma vez na vida

EM ALTA

  • Halloween: entenda a ordem cronológica dos filmes da franquia

    Halloween: entenda a ordem cronológica dos filmes da franquia

    1396 Compartilamentos
    Compartilhar 558 Tweet 349
  • Quem são as Mulheres-Aranha da Marvel?

    5343 Compartilamentos
    Compartilhar 2138 Tweet 1336
  • Resenha | O Caso de Lady Sannox — Arthur Conan Doyle

    649 Compartilamentos
    Compartilhar 260 Tweet 162
  • Conheça 10 dos maiores assassinos em série dos EUA

    16757 Compartilamentos
    Compartilhar 6730 Tweet 4173
  • Review | Horizon Chase 2 (PC)

    623 Compartilamentos
    Compartilhar 249 Tweet 156
Anúncio
Anúncio
Instagram Twitter Whatsapp Facebook Youtube

© 2025 Código Nerd — Feito com 💛 por nerds do 🇧🇷, 🇵🇹 e 🇺🇾.

Olá (de novo)! 💛

Acesse sua conta

Esqueceu sua senha?

Recuperar senha

Por favor, informe seu nome de usuário ou email para repor sua senha

Entrar
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Notícias
  • Especiais
  • Filmes
  • Séries
  • Literatura
  • Podcast

© 2025 Código Nerd — Feito com 💛 por nerds do 🇧🇷, 🇵🇹 e 🇺🇾.

This website uses cookies. By continuing to use this website you are giving consent to cookies being used. Visit our Privacy and Cookie Policy.