Desde o lançamento de seu primeiro longa-metragem animado em 1995, a Pixar vem mudando o conceito de “animação para crianças”. O estúdio em transformando seus filmes em obras voltadas a todas as idades, estabelecendo novas formas de contar histórias. A “fórmula Pixar” se repete em Soul, animação lançada exclusivamente no Disney+.
A produção
Soul é dirigido por Pete Docter e co-dirigido por Kemp Powers, e conta com o roteiro de Mike Jones, Pete Docter e Kemp Powers.
A produção conta com nomes de peso no elenco de dublagem como Jamie Foxx, Tina Fey, Questlove, Phylicia Rashad, Daveed Diggs e Angela Bassett.
A trama de Soul
Soul gira em torno de Joe Gardner (Jamie Foxx), um professor de música que se vê longe do sonho de se tornar um músico profissional. A vida de Joe parece mudar quando ele finalmente recebe um convite para se apresentar ao lado de uma das musicistas que mais admira. Porém, tudo falha depois de Joe sofrer um acidente e ir parar no “pós-vida”. Joe, então, se vê numa enrascada entre a vida e a morte, e luta para voltar à vida e viver seu sonho.
Soul faz aquilo que a Pixar sempre faz: nos surpreender. Seja pelo roteiro criativo, personagens cativantes, nível de detalhamento da animação ou trilha sonora. Soul é o conjunto de tudo isso; um longa que usa como base a música e dilemas morais para traçar uma história cheia de personagens e diálogos que dão profundidade à história e importância às mensagens passadas pelo enredo, resultando num desfecho belo e bastante emotivo.
Esse pode ser, para muitos, um dos filmes mais fracos da Pixar por conta de seu ritmo menos apressado e sem muitas cenas marcantes, no entanto, é um dos filmes do estúdio que mais conseguem nos tocar sentimentalmente e nos passar mensagens em diversos momentos ao longo da trama, não só no seu fim.
Soul é uma produção cuidadosa, criativa e engraçada, que usa diversos elementos para entreter o público e se fazer ímpar entre os demais filmes de animação já lançados. E, sendo uma produção Pixar, traz uma carga emocional já esperada e não decepciona no roteiro.
Vale a pena?
Soul falha apenas no possível final aberto que parece deixar, além de algumas pequenas pontas soltas relacionadas a alguns personagens, mas isso se torna compreensível ao lembrarmos que o estúdio pode voltar a explorar o universo criado em Soul e seus personagens em alguma produção para o Disney+.
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