Desenvolvido pela Rose-Engine, Signalis é um jogo independente disponível para Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox Series S/X, Microsoft Windows e Xbox One. Além disso, está disponível no catálogo do GamePass.
Mas será que é bom? Nós jogamos e contaremos para você neste artigo.
A história de Signalis

No game, acompanhamos Elster, uma androide — aqui chamada de Replika. Ela é uma versão de soldado clonado para exercer funções laborais, despertada da criostase após ter caído em um planeta frio, que se agarra a fragmentos de memória para encontrar uma companheira desaparecida.
A missão de Elster se passa em uma Instalação espacial governamental totalitarista em um futuro distópico onde a humanidade se aventurou longe no espaço e no desconhecido.
Lá, existem criaturas monstruosas que tentam destruí-la e uma sociedade com pessoas vivendo em abrigos de metal, constantemente observadas e obrigadas a seguir regras, castigadas e torturadas em nome da ordem.
Com uma premissa simples e um “universo” grandioso, a história se passa de forma não convencional. Não é explicado quase nada sobre o que está acontecendo e sobre quem devemos salvar.
A construção da narrativa é dada por meio de fragmentos de memórias, sonhos, e cartas encontradas pelo mapa conforme o jogador avança no jogo; o que traz uma sensação de insegurança ao jogador em descobrir o que é verdade ou não.
Contudo, embarcamos em uma jornada aterrorizante, em corredores claustrofóbicos e um lugar com uma atmosfera nada amigável.
Jogabilidade e o retorno aos clássicos

Como um jogo de visual pixelado, o jogador pode pensar que isso seja um problema, caso não seja familiarizado ao estilo. No entanto, esse visual retrata a sensação geral de desolação quanto mais você avança no jogo.
Além disso, o game possui um mapa chamativo, especialmente se você for fã de jogos como Dead Space, ou da franquia Aliens. A instalação, os locais dos mapas e tudo que você encontra no caminho, funcionam quase como um personagem do game.
Já a jogabilidade remete a clássicos de survival horror, como Silent Hill e o já citado Resident Evil. Embora seja um pouco ultrapassado, aqui funciona e, mais uma vez, ajuda na experiência e imersão de desolação do game.
Além disso, o jogo traz inúmeros puzzles que tornam a experiência mais divertida. No entanto, alguns são bem complicados e o jogador deve “fritar o cérebro” para desvendar.
Contudo, há alguns problemas no game. Há pouquíssimo espaço no inventário do jogador e uma variedade razoável de armas. Isso dificulta um pouco para o jogador, uma vez que você precisa decidir exatamente o que vai colocar no inventário sem desperdiçar nada.
No entanto, os adversários são relativamente fáceis. A mecânica para derrotá-los é basicamente a mesma, mas com um combate bastante travado que pode dificultar para o jogador.
Horror cósmico em Signalis

Signalis está muito presente em tudo do horror cósmico, uma vez que o jogo faz muitas perguntas, mas entrega poucas respostas.
Há inúmeros momentos em que entramos em uma sala e temos a sensação de estarmos sempre sendo observados por algo que não vemos e pelo que não sabemos. E, embora queremos saber do que se trata, o jogo nem sempre nos diz, o que realça a atmosfera do horror cósmico.
Isso, somado ao visual repleto de sombras e lugares escuros e à trilha sonora melancólica e suave, promete assustar o jogador não apenas com jump scare ou cenas de ação com monstros aterrorizantes, mas, também, com o medo do desconhecido que pode, ou não, estar ali.
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Signalis é um dos melhores jogos indies da atualidade. Uma grande homenagem aos clássicos de survivor horror e uma ótima leitura de horror cósmico. Tudo isso, em uma história desoladora, triste, mas que não deixa de ser também uma história de amor.