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Início » Críticas do CN42 » Crítica | Batman: Caped Crusader (1ª Temporada)

Crítica | Batman: Caped Crusader (1ª Temporada)

Matheus Ramos Por Matheus Ramos
20:08 qui, 29/08/2024
em Críticas de Séries, Críticas do CN42, Séries e TV
Tempo de leitura: 7 mins
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Batman_ Caped Crusader

Divulgação / Prime Video

Batman: Caped Crusader é uma série animada produzida por Bruce Timm, Matt Reeves e J.J. Abrams, com Ed Brubaker como roteirista principal. Divulgada como a sucessora espiritual de Batman: The Animated Series, Batman: Caped Crusader enfrenta o desafio considerável de estar à altura da sua antecessora. Críticos e fãs consideram Batman: The Animated Series uma das melhores adaptações animadas de histórias em quadrinhos já produzidas. Ela moldou fortemente a percepção pública do Batman e seu mundo. A questão é: Batman: Caped Crusader consegue capturar a essência da original e entregar uma obra que realmente seja uma sucessora espiritual da série clássica?

Sim, Batman: Caped Crusader não apenas captura a atmosfera, mas também adota uma abordagem mais madura e noir do universo do Batman. Com as suas novas interpretações dos personagens do universo do Batman, a animação oferece aos espectadores uma verdadeira visão de “Elseworld”. Ao dar novos rumos aos personagens, especialmente aos vilões, a série leva o público de volta ao início dos anos 1940, com o design do Batman remetendo à sua aparência original de 1939.

Muitos aspectos dessa série se destacam, aumentando a qualidade geral do projeto, e são os seguintes:

Animação

Batman_ Caped Crusader
Divulgação / Prime Video

O estilo de animação, por sua vez, é bastante limpo e, ao mesmo tempo, lembra a estética de Batman: The Animated Series. Nesse sentido, o visual se destaca pelos tons mais sombrios e escuros, que se alinham perfeitamente ao tom sombrio da obra.

Além disso, a influência do diretor Matt Reeves é clara aqui, pois os visuais se assemelham à estética de The Batman (2022), se o filme fosse animado e ambientado nos anos 1940.

Personagens coadjuvantes

Batman_ Caped Crusader
Divulgação / Prime Video

Outro aspecto notável da produção é como ela lida com os personagens secundários do universo do Batman. Os personagens movem a trama tanto quanto o próprio Batman. Eles não são apenas personagens unidimensionais que estão lá para complementar o Batman e seu arco — embora também cumpram essa função — mas também têm as suas próprias histórias desenvolvidas ao longo dos episódios. Eles são pessoas reais tentando sobreviver em Gotham, com falhas de caráter que acabam superando ou abraçando em seus arcos.

Personagens como Renee Montoya, Barbara Gordon, e até mesmo Flass e Harvey Bullock, por exemplo, desempenham papéis significativos na história em andamento da série. Sem dar muitos spoilers, as preparações estabelecidas para personagens como Barbara e Jim Gordon, assim como para Flass e Bullock, culminam em desfechos fantásticos e satisfatórios nos últimos episódios.

A série utiliza cada personagem ao máximo para uma narrativa atraente, e nenhum deles parece desperdiçado ou desnecessário.

Os vilões

Batman_ Caped Crusader
Divulgação / Prime Video

A série seleciona alguns membros específicos da galeria de vilões de Batman e entrega reviravoltas únicas que os diferenciam das suas contrapartes dos quadrinhos, ao mesmo tempo preservando a essência dos personagens. Algumas mudanças podem causar ruído nos mais puristas, mas se você enxergar essa produção como uma verdadeira abordagem de “Elseworld”, então elas não deveriam importar. Além disso, a animação foi vendida como sendo ambientada em um cenário particular, com uma versão distinta do Batman usada como inspiração e durante uma era específica.

Voltando aos vilões e suas releituras, a série começa com a Pinguim, também conhecida como Oswalda Cobblepot, como a vilã do primeiro episódio. Apesar da troca de gênero, ela permanece sendo uma antagonista bastante ameaçadora para o Batman. A retratam como uma mãe cruel, que usa os filhos como capangas em seus crimes — uma vilã astuta, ardilosa e fisicamente imponente.

A série apresenta versões distintas tanto dos vilões populares do Batman quanto dos mais obscuros — constrói os populares lentamente, enquanto introduz os mais obscuros entre os episódios. Para deixar claro, de forma alguma estamos sugerindo que a obra trata os vilões obscuros como “preenchimento” — eles recebem justiça e a devida atenção. Ao mesmo tempo, a animação utiliza vilões populares para impulsionar a trama principal e influenciar os personagens centrais.

Um dos melhores é o Cara de Barro. Ao contrário da maioria das adaptações onde ele é um enorme monstro de barro, Batman: Caped Crusader mostra um Cara de Barro mais realista, assustador e calculista. A série adapta Basil Karlo como o Cara de Barro e o retrata como um serial killer vingativo que pode mudar de aparência com um pensamento. Ele é assustadoramente arrepiante. O design assombroso, sua história de origem envolvente e a dublagem original dão ao personagem uma aura aterrorizante.

Os vilões são a nossa segunda parte favorita da série.

Batman/Bruce Wayne

Batman_ Caped Crusader
Divulgação / Prime Video

Finalmente, chegamos ao personagem titular — o Batman. A animação tem uma interpretação interessante do personagem. A princípio, você poderia pensar que a série adapta o Batman tradicional — a máquina de guerra sem emoções que só sabe ser Batman e age como um playboy extrovertido e charmoso quando necessário. Mas à medida que a história avança, vemos mais de perto seu caráter e descobrimos seu lado Bruce aos poucos. Não há um único momento em que se pode ver a mudança do vigilante endurecido e sem emoções para um herói um pouco mais humano, porque a transformação e a sua revelação são mais graduais. O arco geral do personagem de Bruce é complementado por Alfred Pennyworth, que é o pilar não só da obra, mas da cruzada de Bruce como Batman. Ele mantém Bruce sob controle e desempenha um grande papel no seu desenvolvimento.

Atmosfera

Batman_ Caped Crusader
Divulgação / Prime Video

O tom da animação é inspirado pela atmosfera sombria vista em Batman: The Animated Series, mas ainda mais maduro e sem filtros, com forte foco em histórias centradas em personagens que exploram os aspectos mais sombrios e complexos do mundo do Batman. Cada episódio parece um filme de gângster dos anos 1980. O tom, misturado com a trilha sonora, cria a sensação sombria que combina perfeitamente com essa versão do Batman.

O vigilante parece muito um detetive noir, desconectado do mundo, lutando uma batalha sem esperança contra o crime em uma cidade que adora ser suja. Há muitos momentos cômicos e emocionantes, mas o foco da série é alcançar um tom sombrio que combina com o detetive conturbado. E funciona perfeitamente.

O visual dos personagens

Batman_ Caped Crusader
Divulgação / Prime Video

Outro aspecto que adoramos nessa animação são os designs dos personagens. Inspirados no estilo característico de Bruce Timm. Os designs refletem uma visão atemporal, porém modernizada, de Gotham City e seus habitantes. O visual do Batman, por sua vez, incorpora elementos das suas primeiras aparições nos quadrinhos, trazendo uma figura mais clássica e sombria, que, ao mesmo tempo, mantém o foco em suas raízes como detetive. Além disso, os vilões e personagens coadjuvantes são únicos e exagerados. Cada design, cuidadosamente elaborado, reflete a personalidade e o papel de cada um dentro do mundo escuro e atmosférico da série.

Roteiro

Batman_ Caped Crusader
Divulgação / Prime Video

O roteiro é o nosso aspecto favorito da série. O design dos personagens, a animação e o tom são todos ótimos, mas, assim como em X-Men 97, é o roteiro que combina tudo isso para criar uma ótima animação do Batman. Do primeiro ao décimo episódio, o roteiro permanece consistentemente bom. Até mesmo os episódios que não são tão bons quanto os melhores episódios da temporada ainda são bem escritos, com uma boa caracterização do Batman e desenvolvimento dos vilões.

O roteiro era o que mais nos animava. Por quê? Por dois motivos: Matt Reeves e Ed Brubaker. Em 2022, Ed Brubaker foi anunciado como o roteirista principal da animação. Ed Brubaker é um escritor de quadrinhos, conhecido por Batman: The Man Who Laughs. Ele tem um bom entendimento do Batman e sua mitologia. E depois temos Matt Reeves, outro roteirista do Batman que deu aos fãs um ótimo filme chamado The Batman em 2022. Esses dois roteiristas combinaram os seus talentos para dar à série o que ela precisava — suas influências aparecem tanto no roteiro quanto nos visuais.

Batman: Caped Crusader é uma adaptação fantástica do Batman, que captura com precisão a essência dos personagens, ao mesmo tempo em que faz mudanças o suficiente para retratar a sua própria visão. A série se inspira em Batman: The Animated Series, mas tem a sua própria personalidade que a diferencia bastante da original. Tem um roteiro impecável, e cada episódio parece impactante, utilizando diferentes vilões do Batman, desde chefes do crime realistas até fantasmas de verdade.

A Avaliação

Batman: Caped Crusader (1ª Temporada)

5 Pontuação

Batman: Caped Crusader oferece uma visão madura e noir do Cavaleiro das Trevas, mantendo a essência da série original.

Detalhes da avaliação;

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Matheus Ramos

Matheus Ramos

Apaixonado por Cultura Pop. Graduado em Jornalismo e buscando o meu glorioso propósito.

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Comentários 2

  1. Josélio Bezerra says:
    10 meses atrás

    Ótimo texto Matheus, acho que ainda não tinha lido nada que tu tenha escrito para o CN, sempre me marque quando postar algo novo, ok!!!

    Falando do texto em si, concordo com quase tudo que tu diz no review, exceto nesse ponto aqui:

    “Não há um único momento em que se pode ver a mudança do vigilante endurecido e sem emoções para um herói um pouco mais humano.” (Continua).

    • Josélio Bezerra says:
      10 meses atrás

      Eu, particularmente, senti esse ponto, hoje não lembro (tô véi) qual foi o episódio, aposto tudo que foi o último.

      Mas lembro que isso ocorre no momento em que o Batman deixa de chamar o seu fiel mordomo de Pennyworth, de um jeito frio, típico da maneira que um patrão se dirigiria ao seu empregado, e passa a chamá-lo de Alfred.

      Foi exatamente nesse ponto que senti a mudança.

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