Alien: Romulus é o sétimo filme da franquia Alien, este dirigido por Fede Àlvarez. O filme, protagonizado por Cailee Spaeny e David Jonsson, traz o icônico xenomorfo de volta às telonas dese sua última aparição em Alien: Covenant (2017).
Os dois últimos filmes da franquia, os prequels Covenant (2017) e Prometheus (2012), não foram tão bem recebidos pela crítica e pelo público. Além disso, o terceiro e quarto filme da saga original, também ficaram bem abaixo dos dois primeiros.
Então, será que Alien: Romulus é um bom filme? A convite da Espaço/Z, nós do Codigo Nerd já assistimos ao filme. Confira nossa crítica abaixo.
Alien: Romulus é um aglomerado de toda a franquia
No filme, acompanhamos um grupo de jovens colonizadores espaciais que se aventuram nas profundezas de uma estação espacial abandonada. No entanto, eles descobrem na estação uma forma de vida aterrorizante, forçando-os a lutar por sua sobrevivência.
Diferentemente de outros filmes da franquia, este nos mostra um pouco da vida civil no universo de Alien, como o povo proletário, que vive sob às custas da mega corporação Weyland-Yutani e as precaridades impostas por estes.
Além disso, temos também um filme protagonizado por um elenco inteiramente jovem. Não são cientistas ou militares como os anteriores, mas, sim, jovens em busca de uma vida melhor.
O interessante de se trabalhar com personagens jovens é a justificativa de escolhas ruins entre eles. Diferente de Prometheus, onde cientistas preparados tomam decisões burras com justificativas péssimas.
Alien: Romulus é muito bem montado. Todo o trabalho de som é impecável. A direção de Fede Álvarez, para escalonar os momentos de tensão, torna o filme extremamente imersível; algo que o diretor faz muito bem, tendo em consideração seus trabalhos anteriores.
A ótima direção, somada ao enredo do filme, que passeia pelos seis filmes da franquia — com referências aos jogos e quadrinhos também —, funcionando quase que como um aglomerado de tudo, tornam este filme uma excelente experiência para os fãs da franquia.
Erros e acertos
Embora este seja muito melhor que os anteriores, Alien: Romulus tem alguns erros no decorrer do longa. No terceiro ato, por exemplo, há muitos momentos frenéticos recheados com Deus Ex-Machina e fan service que acabam ficando grosseiros e tiram o tom tenso e sinistro que o filme constrói durante todo o decorrer da história.
Entretanto, isso não tira os méritos dos acertos do longa. O visual, que mistura o cyberpunk retro-futurista da franquia, a arte biomecânica de H.R. Giger, a trilha sonora muito inspirada nas músicas da franquia original, a ambientação claustrofóbica e os excelentes efeitos visuais e sonoros, tornam este um dos melhores filmes da franquia e uma das melhores ficções científicas do ano — até o momento.
Vale pontuar também o elenco do filme. Principalmente o sintético Andy, interpretado por David Jonsson, que entrega muito bem seu personagem, tanto em sua postura corporal, como em sua dramaticidade.
O resto do elenco está bom, mas sem grandes atuações; nada que seja ruim ou descaracterizado. Vale a menção a protagonista, Rain (Cailee Spaeny), e Tyler (Archie Renaux).
Outro ponto bastante importante está nos efeitos práticos. O filme recorre a muitas cenas com efeitos práticos, tornando ainda mais real e assustador os momentos de terror e tensão. Esta produção, provavelmente, tem alguns dos melhores momentos de tensão da franquia, devido à excelente montagem que mescla efeitos visuais e práticos — e graças à excelente direção de Fede Álvarez.
Veredito
Alien: Romulus é assustador e visceral, violento e traz muita tensão sem deixar de fazer crítica às mega-corporações que fazem pouco caso da população e só se atentam ao lucro e benefícios próprios.
Este é, sem dúvida, o melhor Alien desde Aliens: O Resgate (1986), e, também, um dos melhores filmes de ficção científica de 2024.
A Avaliação
Alien: Romulus (2024)
O melhor Alien desde Aliens: O Resgate (1986), e, também, um dos melhores filmes de ficção científica de 2024.
Detalhes da avaliação;
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Nota