Dirigido por David Leitch, Deadpool 2 continua a história do mercenário tagarela, que foi bem-sucedida anteriormente. Dessa vez, com quase o dobro de orçamento, visando um filme maior e com mais personagens. Mas será que isso deu certo ou simplesmente perderam a mão?
Nessa continuação, Cable (Josh Brolin), um viajante do futuro, aparece com a missão de assassinar o jovem mutante Russel (Julian Dennison). Então, Deadpool (Ryan Reynolds) precisa impedi-lo, mas para isso, ele deve passar por um aprendizado. Assim, ele acaba por formar uma nova equipe para ajudá-lo, a X-Force.
A expansão do universo em Deadpool 2

Como essa continuação é mais ambiciosa, muitas adições se mostram excelentes. O Cable, como personagem, funciona muito bem como contraponto do Deadpool, afinal, ele é um dos únicos personagens que leva isso tudo muito a sério. Além disso, sua motivação é plausível e a inserção dele na história faz sentido, rimando com a jornada do Wade no filme. Enquanto Dominó, encanta não só pelos seus poderes, mas, também, pelo carisma da excelente Zazie Beetz.
Uma das melhores coisas que o filme faz é subverter nossas expectativas. Existem decisões corajosas no início, meio e fim desta história. Esse é um filme muito mais íntimo para o Deadpool, já que ele está passando por uma fase completamente frágil e, na maior parte das cenas, ele está sem máscara. Existe um conceito muito interessante que a história aborda, em relação à morte, conseguindo ser bastante comovente.
Nesse sentido, há uma boa temática sobre a busca de uma família. Tudo vai sendo construído para chegar em uma conclusão satisfatória, onde os personagens já estão com suas relações estabelecidas e a jornada do protagonista fecha. As referências continuam afiadas, englobando mais assuntos e gerando a boa comicidade.
Os problemas que não tinham antes

Um dos problemas do filme é ele não ser tão balanceado como o primeiro. Algumas coisas aqui, necessitam de mais timing, tanto no drama quanto na comédia. Parece que, em muitos momentos, não souberam a hora de parar. Além disso, as cenas de ação soam mais travadas, não tendo a mesma agilidade do primeiro filme e, sendo extremamente artificiais em alguns momentos, por conta da escala presente nelas.
E embora a jornada do Deadpool seja interessante e tenha uma boa conclusão, as cenas pós-créditos anulam o filme inteiro, por mais sensacionais que elas sejam. É claro que um filme do Deadpool nem sempre precisa se levar a sério; mas, quando ele estabelece regras na história e as contradiz, além de furar o roteiro, torna toda a experiência desnecessária. Um filme do Deadpool precisa debochar de si mesmo, porém, nessa continuação, extrapolaram isso a um nível questionável.
Portanto, Deadpool 2 é um filme com muitas boas ideias, mas, que erra onde o primeiro filme acertou. Os novos elementos desse universo são ótimos, além dos temas sensíveis e as inesperadas decisões. Mesmo se atropelando algumas vezes, não deixa de ser mais um filme divertido com Ryan Reynolds, mostrando seu carinho e dedicação com o personagem.
A Avaliação
Deadpool 2 (2018)
Deadpool 2 é um filme com muitas boas ideias, mas, que erra onde o primeiro filme acertou.
Detalhes da avaliação;
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Nota