Dirigido por Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, Pânico (ou Panico 5, como também está sendo chamado) finalmente chegou aos cinemas. A franquia sempre se destacou pelas sátiras e divertimento garantido, e mesmo com os altos e baixos, o primeiro filme é o melhor lembrado dentre eles.
Após 11 anos do último filme lançado, essa nova versão chega com a missão de atualizar a história para os dias atuais e, claro, não perder a essência do que foi estabelecido. Mas, afinal, será que ele conseguiu realizar determinados feitos?
No filme, um novo assassino se assume da máscara de Ghostface e começa a perseguir um grupo de adolescentes na pacata cidade de Woodsboro. Sidney Prescott (Neve Campbell), deve retornar para a cidade e descobrir o que está acontecendo.
Após tanto tempo sem Pânico
![Depois de tanto tempo sem Pânico](https://codigonerd.com.br/wp-content/uploads/2022/01/panico5.1.jpeg)
Logo na abertura, somos presenteados com uma homenagem ao filme clássico. O filme, em sua totalidade, carrega essa sensação boa de estarmos revisitando esse universo. É interessante como muitas coisas não mudam, como, por exemplo: o excelente uso da metalinguagem.
Mas, é claro, estamos em 2022 e, hoje em dia, o nosso cotidiano é diferente de quando os filmes anteriores foram feitos. Então, o filme traz muitos elementos da atualidade, conseguindo gerar tensão quando necessário. Além disso, o roteiro possui citações modernas, que qualquer fã de cinema irá pegá-las e notar o quão divertido foi o uso disso, na história.
A própria violência, se mostra graficamente impactante e pontual. O estilo das mortes é o mesmo que tanto víamos na franquia, no entanto, pode-se notar algumas inventividades dentro disso.
É claro que devemos ter suspensão de descrença em determinados momentos. Nem sempre algo irá fazer sentido na lógica, já que todos são estabelecidos como pessoas vulneráveis. No entanto, sempre existem situações de extrema empolgação e euforia, que acabam ofuscando isso.
O longa, não desconsidera em momento algum seus antecessores, trazendo personagens antigos, menções e até uma participação inesperada. Nesse sentido, os novos idealizadores foram bem felizes em contar essa nova história, honrando o universo e o atualizando de maneira criativa.
Quem é o assassino?
![Quem é o assassino no filme Pãnico?](https://codigonerd.com.br/wp-content/uploads/2022/01/panico5.2.jpeg)
Somos apresentados a muitos personagens e o filme consegue resgatar aquela dúvida a respeito do assassino (ou assassinos). Somos instigados a saber porque tudo está acontecendo novamente e quem está por trás. Esse traço imprevisível, onde todos são suspeitos em algum momento, é o que deixa esse filme tão divertido.
É bacana como o filme trabalha com muitos personagens, falando muita coisa e no mesmo momento. E quando finalmente temos a virada, paramos para pensar na história já com as intenções reveladas. Então, notamos que, de forma sutil, os indícios já haviam sido entregues.
A revelação carrega algo muito atual. Muitos debates em relação a isso são feitos e são extremamente pertinentes. Assim, o filme consegue brincar mais ainda com o uso da metalinguagem para apontar elementos reais no nosso mundo. É uma excelente crítica.
Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett sabem muito bem como nos manipular. Tudo que eles mostram, possui o espírito da franquia; ainda sim, ver um Pânico atualizado traz um bom frescor para esses filmes. Existem ótimas sequências filmadas, decisões inesperadas e grandes atmosferas de aflição. E claro, o desfecho não poderia ser mais vibrante.
Portanto, Pânico é uma excelente homenagem, que não deixa de inovar em muitos aspectos. As atuações estão no tom certo, as viradas são surpreendentes e as atualizações merecem ser ressaltadas. Podemos notar o investimento no projeto, o carinho e dedicação de quem esteve por trás. É simplesmente memorável!