Dirigido novamente por Bryan Singer, X-Men 2 é a sequência do tão bem-recebido primeiro filme, mas, dessa vez, com um maior orçamento. O longa é considerado por muitos, como o melhor filme da franquia X-Men.
Nessa sequência, um ex-comandante cruel do exército chamado William Stryker (Brian Cox), tem a chave para o passado de Wolverine e procura exterminar os mutantes. Após Magneto (Ian McKellen) escapar de sua cela de plástico, ele propõe uma parceria com Charles (Patrick Stewart) e os X-Men, para combater esse novo inimigo que ambos têm em comum.
X-men 2 e sua clara evolução
Se o primeiro filme possuía cenas de ação menores, essa continuação já inicia com uma sequência impecável do Noturno na Casa Branca. Esse é um dos pontos a serem destacados durante a experiência: as memoráveis cenas de ação, das quais, há muitas. Como esquecer do ataque à mansão Xavier? Ou do Wolverine contra a Lady Letal? E as cenas com a Mística?
Tudo no filme soa como uma expansão de seu antecessor. Os personagens possuem papéis mais interessantes a desempenhar, cada um tem sua parcela de relevância diante do que está acontecendo. Os efeitos são mais refinados, as cenas são melhores conduzidas e a história faz sentido. Dessa forma, o filme não abusa de si mesmo, tudo está perfeitamente dosado.
Um truque clássico de muitas continuações, que viria a acontecer novamente nesta franquia é: juntar os mocinhos com os ”vilões”. Nesse caso, funciona perfeitamente, afinal, ainda existe o embate entre os dois lados; no entanto, eles devem se juntar por uma causa em comum. E essa dinâmica, mesmo que pontual, rende ótimos momentos.
O elenco faz um bom retorno e passa a preocupação diante dos recentes acontecimentos. Mas, novamente quem se destaca é Ian McKellen como Magneto, sua postura e entrega do texto, transmitem a luta desse personagem. Além disso, temos mais aprofundamento para o Wolverine, que continua sendo destrinchado e possuindo tem uma excelente entrega de Hugh Jackman, equilibrando drama e bom-humor.
A constante ameaça do filme
William Stryker torna-se uma adição formidável para o filme. A motivação de destruir os mutantes pode parecer clichê, mas, conforme o filme passa, o roteiro alimenta isso muito bem e mostra o quão desprezível é esse personagem. Brian Cox entrega um vilão asqueroso e com muita presença em cena, a história põe o personagem em pontos bem interessantes.
O filme é extremamente feliz na forma com que estabelece sua ameaça. O filme todo, nossos heróis estão correndo grande perigo e, essa é a principal sensação que ele nos causa: a qualquer momento, tudo pode dar errado. Então, é urgente, perigoso e alguma atitude precisa ser tomada logo.
Muita coisa acontece ao mesmo tempo, isso nos deixa instigados e presos no filme. Afinal, nos importamos com esses personagens e temos noção do quão grave é essa ameaça para eles. O debate estabelecido no primeiro filme, ainda percorre e se mostra mais triste ainda. E mesmo quando temos a conclusão da história, ainda existe espaço para mais ser contado.
Portanto, X-Men 2 é o capítulo do meio perfeito de uma trilogia. Não esquece seu tamanho, aprimora o que já havia de interessante e, gradualmente, aumenta a história. É claramente, uma história mais segura e com ritmo fluido, balanceando: ação, humor e drama.
A Avaliação
Crítica | X-Men 2 (2003)
X-Men 2 é o capítulo do meio perfeito de uma trilogia. Não esquece seu tamanho, aprimora o que já havia de interessante e, gradualmente, aumenta a história.
Detalhes da avaliação;
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