A Disney novamente promove uma de suas atrações. Jungle Cruise traz uma aventura ao estilo Indiana Jones, numa produção estrelada por Dwayne Johnson e Emily Blunt.
O filme, apesar de divertido, não apresenta nada novo e acaba trazendo os mesmos esteriótipos de vários longas antigos. Seja na ambientação, nos personagens ou nos dialetos, mas ainda diverte o público fã de histórias de exploradores e maldições.
Jungle Cruise explora os atores principais ao máximo, quase deixando a história em segundo plano, seja o personagem Frank (Johnson) com suas piadas idiotas e sem graça, ou a Dra. Lily (Blunt) mostrando ser uma mulher a frente de seu tempo. Seu irmão, MacGregor (Jack Whitehall), tem uma boa participação, mas ainda fica de fora em certos momentos, e, mesmo a questão da homossexualidade dele, não é nada chocante no filme, apenas serve para refletir como os irmãos nasceram em épocas erradas.
O vilão e os antagonistas são muito caricatos, e quase nem fazem diferença para a trama. O alemão que deseja algo sobrenatural para mudar o curso da guerra, o italiano que explora uma pequena cidade ou um amaldiçoado que sonha em se libertar, é possível ver que o roteiro se esforça para mantê-los, mas quase não há espaço para eles, somente um deles fica em primeiro plano, raramente representam uma ameaça verdadeira aos protagonistas.
A produção do filme serve apenas no quesito efeitos especiais e figurino, porém, a ambientação não é boa e repete o mesmo erro mostrando o quão preguiçoso eles são quando se trata de geografia. O longa se passa no Brasil, especificamente em Porto Velho, Rondônia, mas, claro, não há nenhuma similaridade com o nosso país no filme. Tudo é muito caricato: os índios e até mesmo o idioma. Infelizmente, mesmo com o passar do tempo o filme ainda peca nesse quesito.
Jungle Cruise tem uma trama cheia de pontas soltas, não fica claro como o grupo de espanhóis sábia da lenda das plantas, aqui no Brasil, e como ninguém chegara a procurar antes por esse lugar. A protagonista é a primeira a tentar ir atrás, e, prontamente, ela vive no período da 1.ª guerra mundial, assim, traz o seu principal: vilão um alemão. Ou seja, a comunidade científica nunca se interessou por plantas que pudessem ajudar em pesquisas de cura de doenças, é bem desleixado o fato da mulher se preocupar tanto com isso.
O filme ainda é “assistível”, porém, não espere grandes coisas dele, já que a produção apenas diverte, mas não acrescenta nada em relação ao cinema.