Batman continua sendo um dos heróis mais populares da cultura pop, o que pode explicar o fato de seus quadrinhos venderem milhões de edições, atingir grandes sucessos de bilheteria. Seguindo essa métrica o desempenho no mundo dos games não poderia ser diferente. Desenvolvido pela Rocksteady Studios em pareceria com outros estúdios, esse clássico de mais de 10 anos de história deu início a tão aclamada saga Arkham nos games.
Acompanhe nossa análise de Batman: Arkham Asylum.
Narrativa e som
Na trama Batman se vê em um grande conflito na ilha de Arkham. Alguns dos maiores vilões do morcego são libertados, tudo planejado pelo Coringa para obriga-lo a participar de seu joguinho doentio.
A história é inspirada no quadrinho Arkham Asylum: Serious House on Serious Earth (1989), que tem uma narrativa obscura e pesada. Ao longo da história pode-se transitar por todo Asilo Arkham enfrentando as mais variadas ameaças, com uma bela pitada de ação e investigação, que toda história de Batman tem, além da ajuda de muitos de seus equipamentos clássicos para passar por obstáculos e puzzles.
A dublagem e interpretação de cada personagem é sublinhe. Cada ator foi escolhido a dedo para cada personagem do jogo. Vale destacar a participação de Mark Hamill que brilha cedendo a voz ao Coringa. Pode-se perceber a tentativa da trama de ter alcance universal, apresentando histórias do Homem-Morcego, oferecendo enigmas do Charada e em momentos em que Batman estará enfrentando os demônios internos com o soro do Espantalho.
A trilha sonora é uma obra-prima, que capta muito bem a essência do herói. É uma grande homenagem para a mitologia de Batman, o que deve agradar a toda tipo de fãs.
Jogabilidade e gráficos
Batman: Arkham Asylum revolucionou a indústria dos games na época de seu lançamento. Uma das razões disso foi seu impressionante sistema de combate, em que o Morcego podia usar o máximo de suas capacidades de artes marciais para desviar de ataques, fazer combos e finalizar oponentes, das formas mais criativas e fieis que um jogo poderia oferecer. Mas não usava apenas os punhos nos confrontos no jogo, batarangues estavam presentes podendo ser usados para atordoar inimigos, além do icônico Arpéu, que leva a outra mecânica importante do jogo o stealth.
Em vários momentos do jogo o Batman precisará usar sua furtividade para derrotar grupos de inimigos. Geralmente isso ocorre em locais fechados, com vários cômodos como laboratórios ou bibliotecas, e você deverá usar o Arpéu para se locomever através de gárgulas no teto e ir eliminando inimigo por inimigo.
Batman é poderoso mas não é a prova de balas, inimigos com armas de fogo devem ser eliminados com a maior cautela possível. O arpéu também pode ser usado para subir locais altos e prosseguir no mapa. Assim como o Gel Explosivo pode ser usado em paredes, podres ou velhas, para liberar caminho.
Os gráficos do jogo lembram, um pouco, um estilo cartoonesco, com alguns inimigos desproporcionais que lembram traços de quadrinhos. Atualmente estão ultrapassados. Por isso foi lançada a versão Return to Arkham com gráficos melhorados e correção de vários bugs. Mesmo assim ainda há bugs presentes mas não são um problema.
Conclusão
Pode-se entender a razão de muitos fãs terem imenso carinho por este jogo, afinal ele tem universo próprio e sua narrativa mescla vários elementos de outras histórias do herói, além de vilões, lutas, eventos, tudo bem retratado. O jogo propicia que ao jogador a sensação de ser o maior detetive do mundo. Apesar de seus elementos terem sido melhorados nas sequências, este continua sendo um dos melhores jogos da série Arkham.