James Conklin não é um garoto comum, ele vê gente morta. Jamie não sabe de onde veio essa habilidade e nem tem certeza de quem está morto ou vivo. Já os mortos, geralmente se parecem muito com as pessoas vivas. A única coisa que nosso protagonista sabe é que eles não podem mentir, e que usarão sempre as roupas que estavam vestindo antes de sua morte. Sua mãe, Thia, pede para ele manter essa habilidade em segredo, o que não é um problema na grande maioria das vezes para Jamie. Certo dia, a parceira de sua mãe e detetive do Departamento de Polícia de Nova Iorque, Liz Dutton, apareceu na saída da escola e disse precisar muito da ajuda de Jamie, para desvendar o último segredo do recém-falecido Therriault, o maior terrorista daquela década.
É assim que se inicia a trama de Depois, escrito pelo renomado autor norte-americano, Stephen King, lançado em 2021 e publicado pela editora Suma. King dessa vez nos traz algo bem diferente daquilo que costuma escrever, uma história curta contada pelo protagonista James Conklin, que narra suas desventuras quando criança devido a sua habilidade de ver e falar com pessoas mortas, a trama toda gira em torno disso. Fala também em superação, vencer seus medos, um pouco de romance e incesto — pois é, por incrível que pareça, essa é a única coisa que choca nesse livro.
A história contém 192 páginas, divididas em 69 capítulos curtos e um tanto embaralhados, preciamos prestar muita atenção na leitura, ou corremos o risco de nos perder na história.
A pesar de ser uma obra de suspense e terror, não é o que vemos tanto em Depois, tanto que o próprio protagonista tem que ficar te lembrando durante a história “Eu disse que isso era uma história de terror“, mas aparenta ser bem mais um romance policial mal escrito. De fato o livro está bem longe do patamar do Mestre King. O enredo é fraco, personagens pouco desenvolvidos e um desfecho que não surpreende.