Sejamos justos, Sherlock Holmes dispensa quaisquer apresentações. O maior detetive de todos os tempos, o herói dos maneirismos clássicos que definiriam gerações, uma das faces da literatura europeia.
Idealizado e criado por Arthur Conan Doyle, Holmes, ao lado de seu fiel companheiro Watson, já protagonizou muitos contos, filmes, séries, quadrinhos, e é claro, livros completos. O Cão dos Baskerville talvez seja um dos mais infames, lembrado por seu teor de suspense, terror, e um ótimo mistério a ser desvendado.
O Cão dos Baskerville e seus enigmas
A história se inicia de forma enigmática. A princípio, Holmes e Watson estão discutindo casualmente, no apartamento da Baker Street, sobre um de seus possíveis clientes que acabou de sair pela porta. Mortimer é um amigo íntimo da família dos Baskerville, que vive em uma mansão às margens de um gigantesco pântano do povoado de Grimpen, em Dartmoor na Inglaterra.
Conforme o mesmo passa a visitar Holmes, o detetive se mostra fascinado pelo caso do patriarca Baskerville. Charles Baskerville foi assassinado nas redondezas de sua casa. Aparentemente, o velho viu algo tão terrível antes de morrer, que o pavor seria o assassino.
Há boatos de uma maldição que ronda a família Baskerville, personificada na forma de um cão diabólico e monstruoso. O cão havia aparentemente assassinado um descendente séculos atrás. Desde então, ronda o pântano da região. Agora, Holmes e Watson mergulham em uma teia de intrigas e suspeitas, já que o último Baskerville vivo, Henry, está sendo seguido em Londres por uma figura misteriosa.
Decidido a proteger Baskerville, Holmes envia Watson para vigiá-lo na mansão dos Baskerville, em Grimpen, e o “jogo” se inicia.
Um clássico do início ao fim
Como resultado da ótima ambientação da história, O Cão dos Baskerville se mostra como uma das melhores narrativas já apresentadas a Holmes e Watson. Não é à toa que o livro é um clássico reverenciado até os dias atuais.
Antes de mais nada, já devem saber do formato dos contos e histórias de Sherlock Holmes. Acompanhamos tudo do ponto de vista de Watson; seu amigo, companheiro e sócio, um personagem que insere o leitor na trama através de suas anotações. Todavia, nesta história em específico, o raciocínio de Watson anda lado a lado com a trama.
A medida que os dias passam na mansão dos Baskerville, acompanhamos um Watson que se sente cada vez mais sufocado, desconfiado e assustado pela péssima aura do local. Aura, inclusive, alimentada pela ótima escrita de Doyle, que molda o pântano, o povoado, e toda a área da mansão como um ser vivo.
Além disso, os personagens são muito bem apresentados e desenvolvidos. Desde o mordomo, Barrymoore, o vizinho local, Jack Stapleton, e sua irmã Beryl.
Como dito anteriormente, o pântano tem uma identidade quase viva, pulsante, ameaçadora. Há muitos mistérios que assombram suas entranhas, desde os avistamentos de um criminoso que fugiu da prisão recentemente, até o próprio cão que assombra a área.
Eventualmente, todas essas pontas soltas se conectam com ótimas revelações. As mesmas não são exatamente geniais, porém, Doyle desvia a atenção do leitor com o mistério principal, e o distrai das respostas para surpreendê-lo.
É verdadeiramente uma sólida história de Sherlock Holmes, e da literatura em geral, beirando o fantástico, sempre com aquele ar nebuloso e assustador de suspense.
Veredito
O Cão dos Baskerville é uma das joias da longa biblioteca de Sherlock Holmes. Aqui, temos tudo que esperamos de uma história do personagem; um ótimo caso, grandes personagens, e revelações imprevisíveis. Certamente, é um livro que irá mantê-lo vidrado a cada página.
A Avaliação
O Cão dos Baskerville
É verdadeiramente uma sólida história de Sherlock Holmes, e da literatura em geral, beirando o fantástico, sempre com aquele ar nebuloso e assustador de suspense.
Detalhes da avaliação;
-
Nota