O novo longa de suspense de M. Night Shyamalan, Batem à Porta, estreia hoje (2) nos cinemas.
O filme, distribuído pela Universal e estrelado por Dave Bautista, mostra uma premissa bastante interessante em seu trailer e sinopse. Mas, será que entrega algo à altura?
Nós, do Código Nerd, assistimos ao filme a convite do Espaço/Z. Confira a crítica abaixo.
O suspense psicológico em Batem à Porta
M. Night Shyamalan é famoso por seus suspenses psicológicos. Filmes, como O Sexto Sentido, ou até mesmo Fragmentado, do universo de super-heróis do diretor, demonstram seu talento neste estilo de narrativa.
O novo filme tem uma premissa interessante quando se considera a carreira do diretor. No longa, uma família, que passa as férias em uma cabana próxima a um lago em uma mata fechada, é interrompida por quatro estranhos que afirmam que um deles deve ser sacrificado em prol da humanidade.
No entanto, o sacrifício deve ser feito pelas mãos de um deles. Caso contrário, a cada tentativa fracassada, um desastre acontecerá até o início do fim do mundo.
O suspense apresentado no decorrer do longa é o grande acerto de Shyamalan. Em alguns momentos, o espectador desconfia da veracidade nas palavras dos quatro estranhos.
Além disso, o ritmo nos instiga a questionar se tudo não passa de uma farsa. Desta forma, o diretor trabalha muito bem o mistério em Batem à Porta.
Outro acerto está na escolha do elenco. Embora não seja necessário atuações tão profundas, o elenco consegue transmitir o drama da situação e vender o suspense.
Dave Bautista, Rupert Grint, Abby Quinn e Nikki Amuka-Bird interpretam de forma muito convincente os quatro estranhos. Além deles, vale destacar também a atuação de Ben Aldridge.
O filme possui fotografia bem trabalhada e bastante contrastada em cores escuras, tornando a imersão da trama ainda maior.
E, infelizmente, os grandes acertos do diretor param por aí.
A falta de surpresa
Diferentemente dos grandes clássicos do diretor, Batem à Porta erra em não inserir nada surpreendente na trama. É possível entender o plot twist na primeira interação entre os personagens. Isto torna o filme um tanto medíocre, já que lida com discussões de temas grandiosos em sua narrativa.
Além disso, a trilha sonora não ajuda em nada quando o assunto é imersão na história. Há diversos momentos tediosos que seriam facilmente resolvidos com uma trilha sonora mais marcante.
M. Night Shyamalan propõe discussões sobre homofobia e religião que acabam ficando em segundo plano e não aprofundam a narrativa, embora esta se prenda à estas questões.
Conclusão
Batem à Porta é um bom filme de suspense para aqueles que gostam de histórias tensas e sufocantes. No entanto, entrega um desfecho nada surpreendente, e até um pouco clichê.
Mas, no fim das contas, é uma boa diversão despretensiosa para um sábado à noite.