Filmes de terror com tubarões estão sempre presentes no cenário cinematográfico. Em 2022, Tubarão: Mar de Sangue chega para acrescentar na lista.
O filme, dirigido por James Nunn (Tiro Certo), inicialmente teria o título de Jet-Ski, no entanto, foi distribuído pela Paris Filmes com título de Shark Bait.
Mas, será que o longa inova ou, pelo menos, faz jus ao histórico de filmes com tubarões assassinos? A convite do Espaço Z, nós, do Código Nerd, já assistimos. Confira nossa crítica abaixo.
Terror ecológico em Tubarão: Mar de Sangue
Em Tubarão: Mar de Sangue, acompanhamos um grupo de jovens que estão se divertindo no litoral mexicano, aproveitando o fim do verão. Após roubarem dois jet-skis, um acidente acontece em alto-mar.
Agora, os jovens se veem em uma situação caótica: sem sinal de telefone, sem combustível; no meio do mar aberto com apenas um jet-ski para se protegerem dos mistérios que existem no oceano.
Assim, com essa premissa básica, temos um filme do subgênero do terror: o terror ecológico, onde um grupo de seres humanos se depara com situações caóticas enfrentando a natureza. No entanto, essa premissa é muito mal-executada.
Diferentemente de clássicos do gênero, como Pânico na Neve (2010), Caçados (2007), ou até mesmo Águas Rasas (2016) — outro filme de tubarão —, o grande inimigo aqui é a estupidez e irresponsabilidade dos personagens.
Há momentos tão clichês e escolhas tão estúpidas de roteiro, que dificilmente o espectador não se sentirá irritado com tais escolhas. Além disso, há um drama pessoal que se cria entre os personagens, que serve apenas para preencher tempo de tela, pois não leva a lugar algum.
Esses problemas seriam facilmente ignorados se as cenas do tubarão fossem melhor aproveitadas. Porém, nem isso acontece.
Um dos poucos pontos positivos no longa, é a tensão que filmes como esse podem causar, mas que se dissipa rapidamente por conta das escolhas dos personagens.
Produção e elenco
Filmes de tubarão costumam causar desconforto quando apresentam os ataques do animal. E, para isto, é necessário o trabalho de maquiagem e efeitos visuais.
No quesito maquiagem, o filme entrega bons resultados, com bastante sangue. Embora não seja nada de inovador. Já os efeitos visuais, são extremamente cafonas. Talvez, fosse mais vantajoso colocar cenas de documentários ou mostrar apenas a barbatana do bicho, ao invés de utilizar o CGI mal-executado, como foi feito aqui.
Além disso, a trilha sonora não é marcante e não ajuda a construir a atmosfera tensa que o filme exige.
Já o elenco, não há muito o que dizer, exceto pela entrega da protagonista Holly Earl. Apesar de o roteiro não exigir muito, ela é convincente e entrega o choque e o drama que a personagem precisa passar ao espectador.
Vale a pena?
Tubarão: Mar de Sangue é um clichê em todos os tipos de narrativas que se propõe e entrega um filme simples e pouco memorável, com algumas cenas de terror que causam pouco impacto.
A sensação que passa, é que já passou da hora de encerrar a ideia de filmes de tubarões assassinos. Afinal, já sabemos que essa não é natureza desses bichos.