Dirigido por James Mangold, Wolverine – Imortal é o segundo capítulo desta trilogia do herói. E apesar de X-Men Origens: Wolverine ter sido terrível em muitos aspectos, trazer uma nova visão para outra história com esse mesmo personagem, era essencial. Mas será que agora deu certo?
No filme, Logan (Hugh Jackman) está traumatizado após matar Jean Grey (Famke Janssen). Ele é encontrado em um bar por Yukio (Rila Fukushima), enviada por Yashida (Haruhiko Yamanouchi), um soldado salvo por Logan em Nagasaki. Ele deseja reencontrar Logan para fazer-lhe uma proposta: transferir seu fator de cura para ele, para que, Logan possa, enfim, se tornar mortal.
Wolverine – Imortal e seu tipo de abordagem
Logo de início, é bom ressaltar que esse filme não é um desastre completo. Pelo contrário, ele tem sua identidade e estabelece uma premissa muito interessante. Uma das melhores coisas que ele faz é pavimentar cada vez mais um Logan mais exausto e desesperançoso, que viríamos melhor anos mais tarde, em seu terceiro filme.
Há um aprofundamento no trauma desse personagem, afinal, ele matou quem mais amava. Isso é personificado de uma maneira extremamente bem-vinda e se resolve bem, também. Existem boas ideias sobre como esse personagem vai se inserir na trama do filme, que, no início, parecia bem promissora e cabível.
Esse envolvimento de família, crime organizado e tradições, realmente consegue sustentar nosso envolvimento com a história, até certo ponto. Além disso, Logan está vulnerável e ainda não sabemos exatamente quem está agindo por trás e por quais motivos; então, esse ”mistério” é instigante.
Como o filme se passa em Tóquio, a ambientação e estética saltam aos olhos. Temos cenas com lindas composições, cenários, etc. As próprias cenas de ação, conseguem ser bem elaboradas e, às vezes, dar aquele ”frio na barriga”. O humor escolhido, cabe dentro de muitos momentos e geram uma diversão pontual.
Os detalhes que diminuem o filme
O filme em si, como foi dito anteriormente, tem boas ideias; no entanto, ele nem sempre sabe onde parar com elas. Ele perde muitos pontos no terceiro ato, afinal, a história tinha muitos elementos críveis, que, no final, são rebaixados a um plot muito questionável e uma luta com robô gigante. A ameaça, que parecia ter tanta presença, perde seu impacto completamente.
Esse é um universo onde: mutantes existem. Assim, muita coisa é possível e permite que tenhamos suspensão de descrença; contudo, o filme se estabelece de maneira mais ”realística”, com situações que nem sempre seriam impossíveis, mas, ele chega em um ponto completamente deslocado disso. E, claro, o filme tem inúmeras frases de efeito bregas.
Portanto, Wolverine – Imortal é um filme que se perde no processo, mas ainda possui bons momentos e amadurece esse personagem. A visão de James Mangold trouxe um ar novo para o Wolverine e o tipo de jornada que ele se encontra. Mal sabíamos que, anos depois, ele teria entregue um filme melhor ainda.
A Avaliação
Wolverine - Imortal (2013)
Wolverine - Imortal é um filme que se perde no processo, mas ainda possui bons momentos e amadurece esse personagem.
Detalhes da avaliação;
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Nota