Stephanie Morganti é uma influencer digital que adquiriu cerca de 90 mil seguidores em 5 meses no TikTok, e já possuía 20 mil seguidores no Instagram.
Sua história começou sem nem ela mesma saber que se tornaria uma influencer, já que ela fez um post fazendo graça de blogueiras e falando de uma maquiagem que fizera em sua amiga. Na mesma semana uma agência do TikTok a chamou, propondo incentivos para realizar lives por lá. No entanto, ela duvidou um pouco de sua capacidade. Sua vida mudou a partir daí…
O Código Nerd 42 então decidiu realizar uma entrevista com ela, de modo a conhecê-la melhor. Confira:
Bárbara Anger (CN42): Como você começou a ser uma influencer?
Stephanie Morganti: Advogados têm muito preconceito com essa onda de influencer, eu postei uma foto de maquiagem [no IGTV], sobre uma make que eu fiz em uma amiga, então eu fui chamada por uma empresa novata para ser garota propaganda de maquiagem. Alcancei 10k rapidamente, por isso. Começou como um hobby e hoje penso em largar advocacia.
CN42: Qual foi seu maior desafio para começar?
Stephanie: Combater o próprio viés contra influencers. Além de já ter uma profissão, medo de largar a própria profissão e não ganhar nada.
CN42: Quais foram as metas usadas para chegar até aqui? Qual foi o trajeto até o momento atual?
Stephanie: Eu comecei com uma personagem para garantir seguidores, mas vi que pessoas reais atraem mais. No entanto, percebi que meu lado real atraía muito mais, então eu trouxe meus desafios do passado para as redes, mostrei que todas as pessoas são capazes de enfrentar depressão, ansiedade e diversas outras doenças com garra, determinação, e usar, muitas vezes, da era digital para isso; absorvendo as coisas boas.
CN42: Como você combate com o viés de gênero?
Stephanie: Na própria profissão de advocacia já possui muito machismo. No entanto, eu tento combater da maneira mais inteligente, tentando mostrar o currículo e não ligar para a opinião alheia. Mostrar que eu não preciso provar que sou merecedora, já que eu estou onde estou pelo próprio esforço, mesmo que, claro, possuindo meus privilégios.
CN42: Como você ajuda pessoas menos privilegiadas?
Stephanie: Quando você vive num mundo onde você é privilegiado, você acha que todos os movimentos de minoria são exageros, assim como racismo. Porém, quando tive contato digital com diversas pessoas, eu percebi o que o privilégio faz: desde quando te olham com cara feia, até como você é visto pelas outras pessoas instantaneamente, é julgada. Eu tento ser porta-voz das menos privilegiadas, mas estando ciente do meu local de fala.
CN42: Como a era digital influenciou sua vida?
Stephanie: Antigamente era difícil impactar a vida das pessoas de alguma forma e a era digital facilitou a comunicação, tanto para o lado ruim quanto pelo bom. Eu decidi, depois de tentar suicídio, que esse seria meu propósito de vida, então eu levei como meta melhorar o mundo, de pouco em pouco. Então, hoje, eu tento melhorar a vida das pessoas, tento fazê-las serem ouvidas.
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Stephanie expandiu seus horizontes, usufruindo de ferramentas da era digital, como forma de escape de muitos dos seus problemas, mas, também, uma forma de realizar seu sonho: impactar vidas.
Mesmo com os desafios de hoje em dia na era digital, onde a informação chega mais rápido e é mais difícil de ser filtrada, ela leva o lado positivo para as pessoas, lutando pelas causas em que acredita e tentando fazer as pessoas sorrirem com seu humor e a sua simpatia.
Curiosidades:
- Stephanie fez aula de desenho e curte mangá.
- Adora os heróis da DC e alguns da Marvel, como Capitão América, Homem de Ferro, Tempestade, Viúva Negra, Mística e vampira.