Baseado no livro homônimo de Stephen King — traduzido para o português como A Dança da Morte —, The Stand se passa em um mundo pós-apocalíptico onde um vírus dizimou 99% da população mundial, e quem sobreviveu tem sonhos com a escolha do seu destino, ir para o lado do bem com a Mãe Abigail (Whoopi Goldberg) ou para o lado do mal com o Randall Flagg (Alexander Skarsgård), indo de encontro a um dos dois.
A partir daí o bem e o mal começam uma guerra épica que vai definir o futuro de toda a humanidade. Alguns personagens escolhem facilmente qual lado devem seguir, mas a dúvida pelo certo ou errado ainda toma conta da mente da maioria deles. Aí vem a função de Abigail e Sr. Flagg, tentar convencer cada um dos sobreviventes a seguir o lado “certo”.
Só pelos dois nomes citados no começo dessa postagem já podemos ter uma noção do ótimo elenco que essa minissérie traz. Que conta também com nomes como Amber Heard, James Marsden, Ezra Miller, Jovan Adepo, Greg Kinnear, Owen Teague, Odessa Young e o brasiliense Henry Zaga.
Mas infelizmente a minissérie não faz jus a esse elenco de peso. O roteiro é muito fraco e atropelado, tudo acontece em pouco tempo, e o desenrolar dos personagens é algo mal desenvolvido. Alguns personagens têm histórias pouco abordadas e outros têm histórias que não ajudam em nada, histórias desnecessárias.
Vale ressaltar que os efeitos visuais da trama são muito bons, desde a mudança de ambiente entre o mundo real e os sonhos, até cenas gravadas em uma Las Vegas distópica. Com isso, a fotografia da série é bacana também, uma reprodução real de um mundo que não existe mais.
Não é a primeira vez que fazem uma adaptação desse livro. Em 1994, uma minissérie roteirizada pelo próprio Stephen King foi exibida pelo canal norte-americano ABC e rendeu até prêmio no Emmy. Com isso, a expectativa para essa nova versão feita pelo streaming CBS All Access (atual Paramount+) era enorme, mas a realidade não agradou muito quem assistiu.
The Stand se torna mais uma adaptação audiovisual dos livros de Stephen King que não dá tão certo. Não é a pior adaptação, mas fica facilmente no meio-termo.