Nos últimos anos, a saga Assassin’s Creed se tornou um dos grandes destaques da Ubisoft. A cada dois anos é obrigatório um novo jogo ser lançado, em algum distinto período da história onde a Ordem dos Assassinos precisa se envolver em guerras e conflitos. Porém, voltando nove anos no passado, nos vemos em uma situação diferente para esta saga, quando Assassin’s Creed I era apenas um jogo que havia impressionado o público e a crítica em 2007 e que logo recebeu uma sequência inesperadamente superior e magnífica. Este é Assassin’s Creed II, o jogo que revolucionou a indústria dos games em 2009 e é o queridinho dos fãs.
Hoje estaremos analisando e dissecando esse clássico. Confira:
História
A história de toda a saga Assassin’s Creed gira em torno do constante conflito entre A Ordem dos Templários e a Ordem dos Assassinos que vem se arrastando nos últimos séculos. Cada grande guerra, cada grande conflito, foi uma disputa de poder entre os Templários e os Assassinos, enquanto os Templários buscam recuperar as Maçãs do Éden — artefatos de uma civilização antiga que podem controlar mentes—, os Assassinos buscam protegê-las para não serem usadas nos fins maléficos dos Templários. Isso nos leva para os tempos atuais onde uma grande companhia multi-bilionária e poderosa chamada Abstergo, usa uma máquina de ultima geração chamada Animus, que consegue emular memórias dos antepassados de indivíduos, ou seja, revisitar e reviver o passado.
A Abstergo sequestrou o jovem Desmond Miles pois as memórias de seus antepassados continham a localização das Maçãs do Éden, ou seja, a Abstergo é apenas um disfarce para os templários. No começo do segundo jogo, Desmond escapa do prédio da Abstergo, com a ajuda da secretária Lucy, que se revelou uma espiã dos assassinos. Desmond precisa usar outra Animus para reviver a história de outro antepassado seu, Ezio Auditore na Itália Renascentista, para achar a localização das Maçãs Do Éden e salva-las das mãos dos Templários.
Jogabilidade e mecânicas
A jogabilidade deu um salto desde seu antecessor. Ezio é capaz de fazer as mesmas proezas que seu antepassado Altair: escalar, pular, correr, andar, e por aí vai; além de usar a infame Lâmina Oculta, o símbolo de um assassino, para executar os seus alvos. Mas não se usa só a lâmina no jogo, você tem um grande catálogo de espadas e machados à sua disposição, que podem ser comprados em lojas espalhadas pelas cidades dentro do jogo. Você também pode comprar novas armaduras e até tingir suas roupas, escolhendo novas cores para elas. A Visão da Águia faz o seu retorno aqui também, onde você ativa um modo em que pode analisar os NPCs a sua volta, e detectar alvos e inimigos, que ficam marcados no seu mini mapa e facilita a sua vida no jogo.
O combate do jogo também foi melhorado em relação ao primeiro jogo. Além de poder contra-atacar golpes inimigos, você também pode usar várias armas secundárias durante o combate, como pequenas facas e até bombas de fumaça. Um dos principais fatores que desagradou os jogadores em Assassin’s I foi a repetição, Altair sempre repetia o mesmo processo de caçar um informante, caçar um alvo, matá-lo e então fugir de um grupo de inimigo pelas ruas. Para evitar isso, foram adicionadas várias missões secundárias e trabalhos divertidos nesta sequência, como fazer entregas, contratos de assassinato e até missões menores para parar os planos dos Templários. Além de que a campanha principal ficou muito mais variada em missões. Você também pode explorar criptas em busca de artefatos que te ajudam a liberar armaduras, ouro e páginas do códex — itens que melhoram os equipamentos de Ezio.
Gráficos e ambientação
A forma que a Itália Renascentista foi representada em Asasssin’s Creed II é de tirar o fôlego. Com um total de quatro regiões fielmente representadas da época, estas sendo Florença, Veneza, Toscana, Forli e Monterrigoni além das regiões montanhosas e do interior. Os gráficos podem ter envelhecido mal, mas cumprem seu papel em imergir o jogador no mapa. A narrativa evoluiu bastante, Ezio é membro de uma família nobre de Florença e ele logo descobre que seu pai é um membro da Ordem dos Assassinos. Que sofre uma traição de seus associados que se revelam Templários, e o matam juntamente com os irmãos de Ezio.
Furioso e em busca de vingança, Ezio precisa aprender o caminho dos assassinos para vingar seu pai, e parar os planos dos Templários de dominar a Itália. Não é a toa que Ezio é o preferido de muitos fãs da série, ele é carismático, sarcástico, mas também de bom coração e que preza pela vida daqueles ao redor dele. Você também encontrara grandes figuras históricas da época como Leonardo da Vinci e Rodrigo Borja.
Por ser um jogo da Ubisoft, a engine é bastante problemática, você poderá encontrar alguns bugs sérios que podem atrapalhar sua experiência, mas nada que te afaste muito, por sorte muitos dos bugs foram corrigidos com patchs ao longo dos anos.
Conclusão
No fim das contas, Asssassin’s Creed II é um jogo que se mantém até hoje, seja por sua história e narrativa magníficas, ambientação e jogabilidade interessantes ou pelo carisma de seus personagens. Pode ser repetitivo para alguns jogadores mais casuais, mas no geral, é uma experiência obrigatória para qualquer jogador e para qualquer fã de História. Se você já é um fã da saga, vale a pena voltar e conferir esse clássico.