Assim como seu antecessor, O Inimigo de Deus é uma obra prima de Bernard Cornwell. Se o primeiro consegue passar sensação de estar dentro de uma parede de escudos, este segundo repete a façanha e, além disso, consegue transpor diferentes emoções em suas páginas.
O livro continua a história do herói Artur, no século V, narrada por Derfel. Desta vez, a Britânia está “politicamente” unida para derrotar os inimigos saxões. No entanto, há intrigas religiosas que dividem o povo. Diante da propagação do cristianismo, Merlin vai em busca de objetos mágicos capazes de trazer de volta os deuses antigos e aniquilar tanto os saxões, quanto os cristãos.
Recheado de aventuras inesquecíveis, O Inimigo de Deus aprofunda ainda mais nas lendas asturianas com um ponto de vista mais realístico como é proposto no primeiro livro. Mas este volume é ainda melhor que o primeiro, por conta das reviravoltas, motivações e os eventos que marcam a trama, que a torna muito mais intrigante, algumas vezes revoltante, mas do início ao fim, absolutamente emocionante. Bernard Cornwell é um dos melhores escritores de ficção histórica, e este livro é a prova disso.
Há muitas sub-tramas com personagens históricos populares, como a história de amor de Tristan e Isolda, tais tramas tornam o livro ainda mais rico e fascinante, se transformando numa das histórias mais legais para quem é fã de textos históricos e de ficção, ou para quem procura uma aventura extremamente envolvente.
O Inimigo de Deus assim como seu antecessor, O Rei do Inverno, é uma história que envolve das primeiras páginas às últimas, causando diversos tipos de emoção diferentes no decorrer da trama. Com uma leitura fácil e prazerosa as 518 páginas passam despercebidas, porque é difícil parar de ler depois de começar.